1.0. Ended

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No dia seguinte acordo com o despertador do meu celular tocando Rockstar do Nickelback, ouço um pedaço da música enquanto me espreguiço e desligo em seguida, me levanto e vou para o banheiro seguindo a rotina que eu conhecia bem e desfrutando de um banho quente e demorado pela manhã para acordar meu cérebro preguiçoso, e quando termino me visto habitualmente com a blusa de uniforme do colégio, jeans escuros e um tênis branco da nike. Penteio meu cabelo e já desço as escadas, a mesa estava posta então me sento de frente para minha mãe e começo a colocar meu café.

— Bom dia Mãe — Minha boca se abre bocejando.

— Bom dia — Rose sorri e dá um gole em seu café.

— Alguma novidade? — Pego a faca e espalho geleia de amoras em uma torrada.

— Ah sim, vou precisar visitar a agência de Nova York, eu e seu pai temos uma reunião importante com alguns acionistas da empresa — Ela pousa a xícara sobre a mesa.

— O que? Quando você vai? — Pergunto aflita com a notícia.

— Ainda não sei, minha secretária vai me passar os horários hoje, você pode vir comigo se quiser, não vou ficar muito tempo por lá — Ela leva sua xícara a boca novamente.

— Quanto tempo? — Questiono mordendo a minha torrada.

— Algumas semanas ou um mês — Mamãe fala normalmente.

— Mas eu posso ficar em casa né? Eu tenho essa opção? Não tenho o mínimo interesse em ir, fora que vou perder muitas aulas se for — Suspiro implorando mentalmente pra ela não me obrigar.

— Imaginei que não e é claro que você pode ficar, mas com uma condição — Ela me encara fazendo certo suspense.

— Lá vem — Mentalmente me preparo e rezo para que não seja nada demais.

— Você tem que ficar na casa da Maura — Rose diz sorrindo sem mostrar os dentes.

— Mãe eu não quero incomoda-la, além disso ela nem vai querer que eu fique lá.

— Claro que vai! Ela que se ofereceu, e como eu imaginei que você não iria aceitar ir comigo já até combinei com ela — Minha mãe sorri satisfeita

Por um lado, eu estava apreensiva por minha mãe viajar e pelo outro estava feliz que ia ficar na casa do Niall.

Acabo de tomar meu café e me levanto já pegando minha mochila, me despeço rapidamente da minha mãe e saio de casa rumo a escola, Bianca mandou uma mensagem avisando que não iria comigo, então passei pelo caminho mais curto para chegar a escola, adentrei os portões e fui direto para minha sala, me sento no meu lugar e fico esperando a aula começar.

— Licença, meu livro caiu debaixo da sua cadeira, pode pegar para mim por favor? — Diz uma garota de longos cabelos pretos presos em um rabo de cavalo.

Eu a conhecia pouco, mas dividíamos algumas matérias e eu lembro do dia da sua apresentação, ela veio do Brasil, e desde então não a vejo rodeada de muitas pessoas, suponho que ela não fez muitos amigos por aqui ainda.

— Claro — me levanto da cadeira e me abaixo pegando o livro, era um Best-Seller que eu amava "Para Sempre".

— Obrigada — Ela segura o livro quando a entrego.

— Não há de quê, a propósito eu adoro esse livro — Comento olhando para a capa.

— Sério? Você lê? — Ela questiona surpresa.

— Sim! Eu amo ler! Qual seu nome? O meu é Daniely — Perguntei tentando ser simpática.

— Victoria, aliás eu já sabia seu nome, você é bem popular por aqui, é difícil não saber — A garota sorri — Vou ser sincera, estou surpreendida por você, achei que fosse igual as outras...

— Ignorante? Sem educação? Soberba? — Sugeri.

— É — Ela morde a língua entre os dentes.

— Felizmente posso dizer que não faço parte desse clube!

— Ao que parece não — Victoria se escora na mesa.

— E tem bastante gente legal aqui, o que acha de eu te apresentar meus amigos? Passa o intervalo com a gente hoje!

— Não sei, eu nem conheço seus amigos — Ela faz uma careta.

— Justamente, então vai conhecê-los hoje — vejo o professor entrar na sala — Bom, o convite está feito vê se aparece lá — Abro um sorriso sincero e ela retribui em seguida volto para o meu assento e o Harry para em minha frente.

— Oi meu amor! — Harry fala e me abraça.

— Oi meu anjo — Retribuo seu abraço sentindo seu perfume tomar conta de meu olfato.

Sr. Stanney começa a explicar a matéria e nós ficamos em silêncio tentando assimilar as fórmulas físicas que pra mim mais pareciam um bicho de sete cabeças. 


Z   A   Y   N


Mais um dia de aula começava e minha cabeça estava bem longe, estava ficando louco com esse relacionamento me prendendo quando o que eu mias queria era estar com ela...

Ontem acabamos ficando na casa do Louis e cara, era tão ruim não poder beijar a garota que eu amo a qualquer momento sem esconder de ninguém. Eu sabia que era nítido para a maioria que a gente sempre se gostou, mas ter liberdade pra gritar ao mundo que essa garota é tudo pra mim era o que faltava.

E no meio disso tudo querendo ou não eu estava em um relacionamento e eu sabia que era errado fazer isso com alguém, mesmo que eu não amasse a Laura dessa forma, ela sempre foi minha amiga e desde criança ela sempre esteve por perto, mas ultimamente ela tem se tornado artificial e mesquinha o que acabou nos distanciando ainda mais.

A vejo vir ao meu encontro e suspiro pesadamente, para o bem da minha sanidade mental eu iria falar com ela, era agora ou nunca. Eu sabia que não ia ser fácil, mas tinha que o fazer.

Ela se aproxima de mim e antes que eu possa fazer algo ela me beija, tento me desvencilhar rapidamente e ela franze a testa.

— Preciso conversar com você, pode ser agora? — Falo e ela assente sem entender.

Puxo ela pela mão e sigo até as escadas da quadra, não tinha ninguém por ali o que já era ótimo.

— Laura eu sei que você me conhece e sabe que eu não tenho me sentido bem ultimamente com tudo, você sabe que nossa conexão praticamente nem existe mais – Suspiro e vejo ela me olhar atentamente.

— Aonde você quer chegar com isso Z? — Laura pressiona seus lábios um no outro em sinal de nervosismo.

— Eu não consigo mais continuar assim, estou tentando enganar a mim mesmo e quanto mais tempo ficarmos juntos vai ser pior, Laura eu quero terminar nosso namoro, espero que me entenda, eu não quero seu mal de forma alguma, mas eu preciso priorizar meu psicológico e meus sentimentos – Solto o ar que prendia em meus pulmões, era libertador.

— Você não pode fazer isso comigo Zayn, não assim – Seus olhos estavam cheios de lágrimas e me partia o coração vê-la assim.

— Laura eu sinto muito, mas não posso mais enganar meu coração.

— SAI DAQUI! — Ela grita com a voz esganiçada em meios as lágrimas.

Respiro fundo e saio dali em passos rápidos, era triste ver sua reação mas eu não podia negar que me sentia mais leve, aquele relacionamento era uma distração para meu verdadeiro objetivo e se eu continuasse podia perder quem realmente amo, eu sabia muito bem que para Laura era muito mais, ela sempre dizia que me amava, meu coração pesa um pouco em deixa-la magoada, mas términos nunca são fáceis e alguém de um jeito ou outro iria sofrer com isso.

Por outro lado, eu não poderia estar mais feliz, eu estava livre e nada podia me separar dela agora, tudo o que eu mais queria era contar a ela isso o mais rápido possível. 

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Heaven • ZAYN MALIKOnde histórias criam vida. Descubra agora