5.2. This Time

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N   I   C   H   O   L   A   S

Percorremos ao menos 25km depois que saímos da casa de Daniely, a garota desaparecida ou o que eu suspeitava agora, sequestrada, e a troco de quê?
O cara era simplesmente um médico de renome com uma carreira de dar inveja, especializado em doenças crônicas, virologia, infectologia e cardiologia, vocês querem mais? Ele se formou na Universidade de Oxford, fez Pós na Universidade de Yale e Doutorado em Harvard, essas são simplesmente as melhores faculdades do mundo e jogar fora por uma menina? Não é compreensível, tem algo que não estou vendo.

Chegamos em silêncio no local, sirenes desligadas,  deixamos os carros longe da suposta cabana onde a garota poderia estar. Estávamos todos de coletes à prova de balas, armados até o pescoço e com um sentimento de força no peito, estávamos fazendo o que escolhemos para a vida, salvar pessoas.

Estava escondido junto aos demais atrás de grandes árvores que rodeavam a cabana, fiz sinal com as mãos para permanecermos em posição, logo em seguida percebemos uma grande movimentação dentro da cabana, estavam indo todos para o mesmo lugar, isso facilitaria muito a nossa entrada.

Faço sinal para nos aproximarmos da casa e enquanto vou na frente junto com Rob, alguns dos meus homens vão pelas laterais e outros vigiando a retaguarda, como combinamos ficariam por ali para caso chegasse mais alguém que os pudesse alertar da nossa presença.

Continuo andando pela terra até que encontro a varanda da cabana, subo com cuidado para que não faça barulho e olho bem ao redor para ver se não tem nenhuma madeira solta, com tudo certo sigo em frente levemente abaixado, checo uma janela e faço sinal de que está limpo, outro policial do outro lado faz o mesmo, como eu previa estão no mesmo cômodo por alguma razão, temos que agir rápido.

Faço sinal avisando que vou entrar e vou até a porta a abrindo devagar e preciso sem fazer barulho algum, passei pela porta e fui seguido por no mínimo dez policiais, algumas luzes estavam apagadas então checamos os cômodos mas já sabíamos onde estavam, ouço vozes de uma garota, será que é a Daniely? Continuo em frente e paro abruptamente ao ouvir um tiro, meu coração gela, será que a perdemos? Minha equipe olha para mim e eu não perco tempo, todos com armas em punho ordeno para que entrem no ambiente.
Eram seis homens no total e duas garotas, quatro estavam alinhados em um canto olhando para a garota morena que estava apontando uma arma para loira a sua frente, um cara de cabelos claros estava com os pulsos amarrados junto a eles e outro mais longe tanto da garota morena quanto dos outros caras.

Entramos e com armas apontadas para o que presumi ser os capangas meus homens se mantinham firmes, corro e desarmo a morena a segurando pelos pulsos, Rob segura o outro cara que estava isolado, eles nem tiveram chance, foram pegos totalmente de surpresa e fico feliz por isso.

Logo vejo que o médico era quem estava com os pulsos amarrados e também identifico a loira no colchão, Daniely.

Meus homens são rápidos e logo todos estão de algemas deixando de fora é claro a loira que estava deitada no colchão encolhida de dor, eu conseguia ver vários ferimentos facilmente .

— Declaro que vocês estão presos por sequestro de menor e tem o direito de permanecer calados, tudo o que disser pode e será usado contra vocês no tribunal — Digo em alto e bom som para que todos no recinto escutem.

— Quem você pensa que é? — A morena pergunta transtornada de fúria, ela não estava nada feliz por seus planos terem fracassado.

— Não que seja da sua conta, mas sou o Detetive Nicholas Buckhardt, no entanto não precisa me dizer quem são vamos descobrir quem são vocês rapidinho — sorri e a algemei

Os policiais que estavam comigo foram levando os presos para fora e entreguei a garota morena para eles também, assim que a levaram me dirigi até a loura que estava deitada no colchão, a virei para mim e ela gemeu baixinho de dor.

— Ei, está tudo bem agora — Tiro alguns fios de cabelo de seu rosto que apresentava múltiplos corte e hematomas, ela estava com os olhos marejados e as lágrimas começavam a escorrer, soluços começavam a escapar de sua garganta.

Analiso com cuidado seu corpo para checar onde os ferimentos estavam, aparentemente a bala que tinha sido disparada tinha acertado seu braço direito de raspão e um pouco de sangue escorria da ferida, meço com cuidado e a pego em meus braços levando ela pra fora da cabana e me dirigindo ao meu carro, os presos já estavam todos dentro dos carros com alguns policiais, quando chego ao meu carro Rob atentamente abre a porta e eu a coloco no banco de trás, retiro meu casaco e a embalo, ela tremia, não sei se era de frio ou de terror.

Todos ligam os carros e seguimos agora com as sirenes ligadas, Rob e eu seguimos para o Hospital e o restante seguiu para a delegacia. Em menos de vinte minutos já estávamos no estacionamento do hospital, saímos do carro e Rob abriu a porta traseira para que eu a pegasse, sigo com ela a passos rápidos para a entrada da emergência, como eu já havia ligado avisando que estava a caminho, uma maca e enfermeiros me esperavam para cuidar da garota.

— Ela é a desaparecida? — Uma das enfermeiras me questiona depois que a coloco na maca.

Todos os outros enfermeiros ali estão trabalhando na menina, checando pulso, pressão e temperatura, essa está com uma prancheta na mão e a olho rapidamente.

— Sim, Daniely é seu nome, eu mesmo ligarei para os familiares dela, muito obrigado Silvia — Ela assente e anota algumas coisas na folha da prancheta.

— Eu que agradeço Nick, bom trabalho! — ela se afasta de mim e eu vou para um dos bancos de espera do hospital.

Tiro meu telefone do bolso e procuro o número de Rose, assim que o acho coloco para chamar.

Z   A  Y  N

Eu estava de mãos dadas com Rose, todos que considerávamos próximos ainda estavam ali nos dando força. Já tinha um bom tempo que todos estávamos em silêncio e não era um clima estranho, era apreensão. Até que o barulho do celular de Rose desperta a atenção de todos ali, ela se assusta um pouco e logo estica a mão alcançando o celular.

— Alô — ela diz fungando — Sim, sou eu, ah Nicholas, sei — Todos na sala se levantam ao ouvir o nome do detetive — Vocês...? Oh meu Deus, onde? Estou a caminho!
A ligação foi breve e ela estava agitada ao final da mesma, todos tinham os olhos fixos em minha sogra, ela abriu um sorriso tão sincero que todos relaxaram mesmo antes de ouvir a notícia.
— Eles a acharam! A acharam Zayn — Ela se vira para mim e me abraça — Vamos! Ela está no St. Mary Hospital.

Meus olhos se encheram de água, era choro de felicidade, eu estava tão feliz que parecia ser um sonho, se for por favor não me acordem.
Sem delongas todos se dirigem a porta prontos para irem ao hospital, eu estou a frente, mal posso esperar para colocar meus olhos nela novamente, só assim meu coração vai se sentir confortado.

Heaven • ZAYN MALIKOnde histórias criam vida. Descubra agora