Dimas***Após ter terminado a faculdade dos meus sonhos, a de Administração de Empresas,( adm ), como falamos por hábito, não tive muita sorte na área, por mais que sabemos que a profissão é de uma enorme necessidade em todos os lugares, mas, temos que contar com o fator "sorte". Ou o QI!, alguém para indicar a pessoa. Eu porém, não tive nenhum dos dois.
Este ano de Dois Mil e Onze, tem sido muito difícil no Brasil em geral, o Lula passou a presidência da república para a Dilma e está havendo uma certa divisão na política, os investidores estão bastante inseguros para poderem aplicar aqui dentro do país.
As expectativas de melhoras não são nada boas e isso acaba afetando todos na cadeia de sobrevivência, mas, não podemos perder as esperanças em momento algum, devemos continuar buscando o melhor para nós e para o nosso país.
Bem, eu me chamo Dimas Dias e tenho vinte e cinco anos, sou de cor branca, olhos claros, corpo malhado e com um metro e oitenta de estatura, dizem que eu sou bom de papo, moro com minha mãe dona Rita Nogueira Dias e meus dois irmãos mais novos, Demétrius e Dennis, já tem alguns anos sem ao menos trabalhar na minha área, inclusive tenho ficado em casa por muito tempo desanimado, pois, já procurei emprego e mandei currículo para todos os lugares e nada...
Moro em uma comunidade joseense, onde todos somos lutadores pela vida, buscamos sempre o melhor para a comunidade...nossa casa fica no fundo do terreno, deixando a frente para plantar algumas coisas básicas, tais como: couve, cheiro verde, cebolinha, coentro, alface, tomate e mais algumas coisinhas.
Na verdade, a vida não está sendo gentil conosco, temos lutado muito para poder sobreviver, minha mãe e meus irmãos trabalham para mantermos as despesas de nossa casa, apesar das idades dos meus irmão.
Não uso drogas, pois, sei que elas fazem mal e nem faço nada de errado, não na minha concepção, é lógico. É que às vezes, o que é errado para mim, talvez não seja para outra pessoa, essas coisas são muito relativas.
Mas, para aproveitar as oportunidades, temos que estar na hora certa, no lugar certo e ser a pessoa certa...pois bem...
Eu na verdade, não sei bem contar a história de como começou, mas, foi mais ou menos assim:
Estava assistindo a TV Vanguarda em casa, quando o apresentador disse:
- Cai o número de vítimas fatais em acidentes de trânsito
A Secretaria de Transportes de São José dos Campos fechou o balanço de multas e acidentes de trânsito ocorridos em 2010 na cidade. O número de vítimas fatais caiu 11%, se comparado com 2009: foram 51 mortes em 2010 contra 57 no ano anterior. As multas aplicadas e os acidentes também tiveram queda. Em 2009 foram registrados 8.820 acidentes e em 2010, 8.669, uma queda de 2%.
Os acidentes sem vítimas também apresentaram queda de 4%. Entre as vítimas fatais, a faixa etária entre 18 e 40 anos teve 29 mortes em 2009 e 2010; já entre 0 e 17 anos, ninguém morreu no trânsito da cidade. Em 2010, entre total de vítimas fatais cinco foram ciclistas. Em 2009, nove ciclistas perderam a vida em acidentes de trânsito.
Entre os motociclistas e caronas de motocicletas, o número de mortes passou de 23 no ano de 2009 para 25 em 2010, um aumento de 9%. Já na faixa etária acima de 60 anos, as mortes passaram de 6 em 2009 para 12 em 2010...
A notícia foi interrompida e a vinheta de plantão foi jogada ao ar...
Tam! Tam! Tam! Tam! Tam! Tam!
Assim terminou a música...
Logo apareceu uma imagem em que o Banco do Brasil, aqui perto havia sido assaltado, final do expediente de trabalho e a polícia estava correndo atrás dos assaltantes....
Ao ouvir esta notícia escutei um barulho no quintal de casa, alguma coisa havia caído em uma lata que estava lá na frente, olhei de longe e notei que alguém havia jogado alguma coisa aqui, em seguida vi alguns policiais correndo, sem pensar nada, corri até à frente de casa e fui ver o que eles haviam jogado, o qual foi a minha surpresa, que os bandidos haviam jogado três sacos com malotes de dinheiro que tinham acabado de roubar do banco e estavam fugindo.
Peguei os malotes, olhei e confirmei se era dinheiro mesmo, para a minha surpresa, era de fato dinheiro, muito dinheiro, entrei correndo em casa com os sacos de vários malotes e peguei uma mochila e uma mala grande, tirei algumas notas de um dos malotes e saí do jeito que estava, só peguei os meus documentos e deixei um bilhete para os meus familiares, avisando que eu estava bem e que um dia eu voltaria e assim tentei acalmá-los e peguei um táxi que estava passando por um acaso e fui para a Rodoviária Nova e dei sinal para o primeiro ônibus que vi que estava saindo, coloquei a mala grande no bagageiro e paguei para o motorista, sentei na poltrona dos fundos do lado da janela e estava suando frio, mas, com o passar do tempo, fui acalmando- me e não disse uma palavra com ninguém, só deixei o ônibus levar- me para onde estava o meu destino.
Passaram milhões de pensamentos na minha cabeça, mas, o principal era que...
- Vou mudar de vida...um dia eu voltarei para ajudá-lo - los e que eles perdoem- me, mas, oportunidades são assim, muitas vezes não dá nem para dar tchau.
Pena que a Sandrinha vai ficar aí sem mim, mas, ela sempre está sem a minha pessoa mesmo, pois, ela não me quer...
Sandrinha, é uma garota que eu gosto muito, mas, ela não me dá bola, talvez é porque não arrumo emprego e nem tenho dinheiro, mas, agora eu tenho...Porém, não posso falar para ninguém.
Eu não posso nem dizer adeus para ela, aliás eu não disse adeus para ninguém, muito menos para a minha mãe e nem para os meus irmãos.
Seja o que for, agora eu devo seguir em frente e ver no que vai dar...
- Adormeci agarrado a mochila com o dinheiro dentro.
Senti uma mão chacoalhando- me, e ouvi:
- Boa noite amigo, já chegamos! Fim da linha.
Eu ainda estava agarrado à mochila, meio assustado disse ao limpar os meus olhos:
- Já chegamos? Rápido!
A pessoa que acordou- me foi o motorista e ele disse, dando- me às costas:
- Também, você dormiu a viagem toda...
Levantei e fui posso a passo sentido a porta de saída do ônibus, olhei para todos os lados, para ver se eu conseguiria identificar o local, a minha nova morada, mas, não reconheci de forma alguma.
Desci, ajeitei a mochila nas costas, peguei a mala, notei que havia muita gente na praça, a praça que dava de frente onde o ônibus deixou- me, depois de ter dado uma olhada de trezentos e sessenta graus, avistei uma padaria na esquina, sentei ao lado de um rapaz, pedi uma cerveja e a garota serviu- me uma cerveja bem gelada, pensei:
- Era tudo que eu precisava...
O rapaz do meu lado, disse sorrindo:
- Realmente, de vez em quando, é tudo que precisamos.
Eu olhei assustado e disse:
- Tá falando comigo?
O rapaz abriu as mãos e respondeu:
- Claro, você começou a falar comigo primeiro...
Aí eu me toquei que havia pensado alto, mas, não importei- me e disse:
- É verdade mesmo, estou tão empolgado com tanta gente que nem percebi que o senhor ouviu- me.
Sorrimos...
Eu estiquei a minha mão direita e disse, após ter tomado mais um gole de cerveja:
- Prazer, eu me chamo Samid, Samid Said
Apenas repeti o que eu dizia quando era criança e não queria dizer o meu nome, eu dizia Samid, que é Dimas de trás para frente.
O Rapaz estendeu - me sua mão e disse:
- Prazer em te conhecer Samid, sou conhecido como Zé Mentirinha, isto não quer dizer que eu conto mentiras...
Após o seu comentário, rimos e eu disse para a moça do balcão:
- Por favor, mais uma bem gelada e um copo para o meu mais novo amigo, o Zé Mentirinha!
Ao que a garçonete atendeu- me prontamente e disse:
- Algo mais?
Eu sinalize que não.
Enchi o copo do meu mais novo amigo aqui.
-Zé Mentirinha...
Eu quis saber:
- O quê está acontecendo aqui hoje, meu amigo?
Ele olhou para mim meio desconfiado e disse:
- Já tinha imaginado, você é um forasteiro?
Dei muito na pinta que eu não sou desta cidade...
Tomei mais um gole e disse, respondendo a sua pergunta:
- Sim, sou um forasteiro desiludido com as mulheres...
- Logo percebi que você não é daqui mesmo, pois, esta festa é a mais esperada do ano, aqui vai lotar.
O Zé Mentirinha disse isso e tomou cerveja.
Fiquei com uma outra dúvida e quis saber:
- Fala- me, que festa é esta?
Aí que o Zé ficou com espantado mesmo, olhou com um olho só e perguntou:
- Como assim, você não sabe nem onde está?
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Amor e Sexo no Paraiso
RomanceSinopse Amor e Sexo no Paraíso, é uma ficção baseada em fatos reais, onde podemos sentir o prazer de se viver a vida como ela é, sem culpa ou remorso. Entre nesta festa você também e desfrute desta emoção que te levará diretamente ao Paraíso. Dimas...