Maite e sua boca grande sempre insistiam em atrapalha meus planos. Sai catando minhas roupas enquanto o professor Herrera parecia cair na real do que estava prestes a acontecer ali naquele vestiário.
O silêncio pairou e ouviu-se o salto da bota de Maite ecoar sobre o assoalho do ginásio. Empurrei Alfonso para dentro do box do banheiro assim que ouvi a voz dela ficar mais próxima.
- Anahí! Cadê você? - gritou.
- Shiii.....a peguei pelo braço enquanto terminava de fechar os botões da minha camisa - O que você quer? - cruzei os braços com cara de poucos amigos.
- Como o que eu quero? Seu pai está la na recepção...ele e a nova namorada, eu já estava ficando sem desculpas quanto ao seu paradeiro...aliás, o que é que você estava fazendo aqui? - ela estreitou os olhos vendo meus cabelos bagunçados.
Eu riria se a situação fosse outra.
- Nada, eu disse que tinha que resolver algumas pendências - resmunguei jogando meus cabelos para o lado e penteando-os com os dedos - Quer saber...vamos de uma vez, pro papai vir até aqui só pode ser encrenca - Eu despachei Maite na frente e eu aproveitei pra me despedir.
Voltei até lá e Alfonso estava sentado em um banco que havia ali fitando as mãos com a cabeça baixa. Parei na frente dele com as mãos na cintura, eu não podia acreditar que ele estivesse arrependido.
- O que houve?
- Anahí, isso está errado, não podia ter acontecido...é um equívoco! Você é uma aluna e eu um professor...Eu sou casado, tenho uma família! Isso não pode voltar a acontecer - ele fez menção a levantar e eu o segurei.
- Ok, você ta dizendo que isso não significou nada? Que você não gostou? Não sentiu nem um pouco de tesão por mim? - o olhei enquanto sussurrava ao pé do ouvido.
- Anahí, por favor - ele fechou os olhos provavelmente tentando afastar os pensamentos pecaminosos que a minha voz de ninfeta provocava nele.
- Eu senti professor...eu vi o seu pau pulsando na minha mão, louco pra me comer...não se faça de inocente - eu ri ironicamente deslizando minha mão pelo peito dele até pausar em seu cinto. Minha unha roçou no cós da cueca dele.
- Já chega - ele retirou minha mão dando as costas, eu bufei irritadissima.
- Vai mesmo me deixar aqui? Assim?
- Você já foi longe demais - ele afastou-se - Já chega!
Eu então postei em frente a ele batendo bem minhas botas no chão como se quisesse marcar território então subi meu olhar dos pés a cabeça dele e o encarei com sarcasmo.
- Pois pode apostar professor...você ainda vai implorar de joelhos pra me ter nos seus braços outra vez. Ninguém me rejeita dessa maneira ouviu? Ninguém.
E assim que pronunciei as últimas palavras virei as costas e sai dali a passos largos. Se eu bem conhecia Maite, ela já deveria estar furiosa por ter que fazer sala pro meu pai e aquela bruxa da Viviana.
- Até que enfim Anahí - meu pai disse assim que entrei no saguão, prendendo meus cabelos em um rabo de cavalo.
- Ai Daddy, desculpa...Eu acabei me atrasando - beijei-o - Mas a que devo a honra dessa visita?
- Você não vai cumprimentar a Viviana? - ele me repreendeu eu rolei os olhos.
- É mesmo necessário? - a olhei com cara de nojo. Eu simplesmente não a suportava. 1 porque não passava de uma golpista barata e 2 porque ela era um ser irritante que só poderia ter vindo de outro planeta.
- Henrique, deixe ela - Viviana murmurou a contragosto.
- Então Papi - me voltei a meu pai ignorando completamente a presença dela - Você ainda não me disse o que veio fazer aqui?
- Bom Annie...nós viemos comunicar que estamos indo para Paris no final de semana e que caso você precise de alguma coisa Peter estará a disposição...já assinei sua autorização de saída, e você pode ir para casa se quiser.
- Hmmmm - murmurei sem muito entusiasmo, quer dizer que tinham interrompido meu sexo com o professor Herrera pra isso? - Então era isso?
- Como era isso? - meu pai reclamou e eu ri.
- Desculpa Daddy...é que eu acabei de lembrar que nós temos ensaio de dança e a professora Gigi deve estar furiosa comigo - beijei-lhe o rosto - Ya me voy.
- Como assim...Anahí, volta aqui! - eu fingi não ouvir. Tolerar as broncas do meu pai era tudo o que eu menos queria.
- Nossa, eu já tava achando que você não vinha mais - Maite disse enquanto se alongava.
- Você sabe que eu não sou de dar balão.
- Com quem é que você estava no vestiário do ginásio? - ela arqueou uma das sobrancelhas desenhadas.
- Não que seja da sua conta - brinquei rindo e ela bufou - Eu estava com o professor Herrera - falei baixo.
- Você o que? - ela quase gritou arrancando alguns olhares.
- Na próxima vez, aproveita e anuncia nos auto falantes da escola - a fuzilei.
Ela correu novamente para o meu lado.
- Você é louca...quer dizer que vocês transaram no vestiário do ginásio?
- Não, porque alguém nos interrompeu - fiz cara feia.
- Você não vai desistir não é? - me olhou ja sabendo a resposta.
- Mai, você está vendo isso aqui? - apontei os meus olhos - Chama-se foco. Lentes de contato e foco.
Nós ensaiavamos para o festival de final de ano do Colégio. Era nosso último ano e então éramos os responsáveis pelo espetáculo. A professora elegera a música latina como elemento central do show. Eu estava bem a frente, terminava um giro e um balançar de cintura quando me virei e dei de cara com Herrera. Ele conversava novamente com a professora de Literatura, pareciam bem íntimos e aquilo me irritava. Mas eu ensinaria a ele uma lição pra que ele nunca mais fosse capaz de esquecer.
Eu usava um short curto e colado que deixava meu bumbum enorme, minha barriga estava completamente de fora, e meus seios eram cobertos por um top branco com decote em formato de gota, preso ao pescoço. Modéstia parte eu estava muito gostosa.
Então a música trocou e o ritmo caribenho começou a tocar. Eu passeava as mãos pelo meu corpo e então percebi que os dois, Alfonso e a professora de Literatura, observavam a dança. Resolvi provocar, rebolava com vontade quando a coreografia exigia, e fazia caras e bocas bastante sensuais. Alfonso não parecia nem um pouco desconcertado como a algumas horas atrás, ele olhava tudo com muita atenção. Estava desfrutando do meu pequeno show.
Assim que o ensaio terminou, eu enxugava meu rosto com uma toalha enquanto ouvia Maite falar sobre o baile da escola do dia seguinte. Não percebi, mas ao ver Maite se retirar, me virei e o vi atrás de mim. Eu já estava prestes a esboçar um sorriso quando ele disse de maneira irônica.
- Pelo visto seu tornozelo ja está bem melhor...não é senhorita Portilla?
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Paraíso Proibido
FanfictionEu chupava o pirulito vermelho lentamente sem desgrudar os olhos de Alfonso, o novo professor de Biologia. Eu nunca havia me interessado por teias alimentares ou genética, mas depois que ele assumira aquela classe, esses haviam se tornado meus assun...