Cheguei no quarto da lavanderia como combinado, abri a porta a passos lentos, como se quisesse adiar o máximo possível aquele momento. Gastón já estava lá sentado. Olhar pra ele só me trazia duas coisas: medo e repulsa. Assim que me viu ele sorriu maquiavélico. Ali eu era a presa e ele o predador.
- Pontual - ele levantou da poltrona caminhando até mim. Eu arrepiei com a proximidade.
- Eu disse que viria, e estou aqui.
Ele então se postou atrás de mim e meu corpo já reagia a aquele contato. Já sentia meu corpo embrulhar tamanho era o nojo que eu sentia por aquele homem sem escrúpulos. Eu já havia feito isso inúmeras vezes, em troca de notas, favores ou entradas vip para alguma festa, mas agora, nesse momento, meu coração pertencia a Alfonso, e aquilo tudo doía demais.
Gastón cheirou meus cabelos, saboreando o cheiro doce que vinha deles. Eu queria gritar.
- Sabe senhorita Portilla, eu a imaginei tantas vezes nua em meus braços enquanto gemia meu nome - ele afastou meus cabelos depositando um beijo em meu pescoço. Algumas lágrimas começavam a escorrer pelo meu rosto - E no entanto agora estamos aqui...e tudo isso vai se realizar.
Eu nada disse, apenas comecei um choro baixo e doído.
- Quando vi Alfonso enfiar os dedos na sua buceta e depois lambe-los daquela forma ousada...devo admitir que senti inveja - alisou minhas costas sobre a camisa - Foi ali que eu me dei conta de que você era mesmo uma vadiazinha como todos falavam - e chupou minha orelha. Eu suspirei agoniada, tentei me afastar mas as mãos dele eram ágeis de mais e antes que eu pudesse dizer algo, elas já abriam os botões da minha camisa.
E então, ele começou a apertar meus seios, ainda sobre o tecido do sutiã. Era nojento, repugnante. O perfume dele e as mãos gélidas quase me faziam vomitar.
Ele entao subiu com os lábios pelo meu colo, transcorrendo o caminho entre o vão dos meus seios e o meu pescoço. Foi então que eu não suportei mais! Eu estava fazendo isso única e exclusivamente pela dignidade de Alfonso. Mas eu o amava tanto.. não podia engana-lo daquela forma. Não era justo com ele. Não era justo comigo.
- Gastón, ja chega - tentei me afastar mas as mãos dele voltaram a me prender.
- Aonde você pensa que vai? - ele olhou furioso.
- Eu não quero, eu não posso - neguei me escondendo atrás da poltrona onde antes ele estava sentado.
Ele se aproximou novamente me encurralando entre a parede e a estante de livros. Ele precionava novamente o corpo sobre o meu. Meu coração parecia querer saltar do meu corpo... Eu estava em pânico e ele não parecia ter a intenção de desistir.
- Você não vai a lugar nenhum - ele disse sério, enquanto tirava o cinto.
- Gastón, por favor - eu implorei.
- Não torne as coisas mais difíceis Portilla! Prometo que será bem prazeroso - e então voltou a distribuir beijos pelo meu pescoço.
- Por favor Gastón, me deixe ir...por favor - supliquei - Eu juro que não vou contar nada a ninguém...mas por favor.
E sem dar ouvidos ele soltou o fecho do meu sutiã. Em um movimento rápido consegui segura-lo sobre os meus seios sem que eles fossem revelados.
Foi então que percebi sobre a mesa que meu celular vibrava. Era Alfonso. Havia uma saída, quem sabe ele não pudesse me ajudar? Então me aproximei da mesa, pensando em como sair dali o mais rápido possível. Gastón não demorou a vir atrás de mim e enquanto ele subia uma mão pela minha perna completamente distraído eu atendi a chamada de Alfonso, afim de que ele escutasse tudo o que estava acontecendo e pra isso, passei a falar muito mais alto, como se implorasse socorro.
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Paraíso Proibido
FanficEu chupava o pirulito vermelho lentamente sem desgrudar os olhos de Alfonso, o novo professor de Biologia. Eu nunca havia me interessado por teias alimentares ou genética, mas depois que ele assumira aquela classe, esses haviam se tornado meus assun...