Mamãe!Papai! voltem pra mim!

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A noite foi chegando ao seu fim e por fim o garoto acordou, com muito medo ele olha em direção à mulher que estava assentada ao seu lado e ela estava em sono profundo, ele a cutuca buscando acorda-la e ele consegue, com uma voz sonolenta ele logo indaga.

- Com licença minha senhora, desculpe incomodar, mas onde eu estou?

- Como assim? Não se lembra?

- Não me lembro de que?

- Ontem pela parte da noite, você chegou aqui correndo e eu lhe indaguei o que havia ocorrido, você estava chorando muito e me disse que seus pais haviam morrido, eu fiquei com muita pena e lhe ofereci que passasse a noite aqui, logo você entrou debaixo do meu lençol velho e dormiu profundamente, pelo jeito aquela foi uma noite muito corrida pra você!

Os olhos do garotinho se encheram de lágrimas e ele perguntou.

- Mas não era só um sonho?

- Sinto muito, mas isso ocorreu realmente.

O menino começou a chorar, esperniar e se lamentar de sua perda, foi muito traumatizante para o garoto ver seu pai esticado no chão morto e sua mãe ser atravessada por um punho de metal, cada vez que aquelas imagens vinham a sua cabeça lágrimas escorriam dos seus olhos.

Ele olhou fixamente para os olhos da humilde feirante e a indagou.

- Mas então onde eu irei morar?

- Você não tem mais nenhum parente em sua família não?

- Não, só tinha minha mamãe e meu papai, eu nunca tive tios e vovô e vovó estão com papai do céu.

- A feirante olhou para o menino simpático e tão humilde perdido nesse mundo e logo decidiu leva-lo ào orfanato naquela manhã mesmo, ela segurou-lhe pela mão e o levou até lá e o entregou a porta, o garoto ainda estava muito abalado com o acontecimento e com tudo que havia ocorrido naquela noite. A feirante saiu andando de volta para sua humilde barraca, mas sem motivo algum ela resolve olhar para trás. Ela vê o pobre menino chorando com aquela carinha de que sua vida havia acabado e de muito sofrimento. Ela não resiste, sai correndo em direção ao garoto.

- Espere! Espere! Não o leve, ele fica comigo.

Ela segurou novamente as mãos do garoto e lhe entregou um velho trapo para que enxugasse suas lágrimas e aquietasse um pouco o seu coração abalado.

Ela o levou até o lugar onde ficava sua barraquinha e lá ela assentou o garoto.

- Você já está mais calmo garotinho?

- Um pouco minha senhora.

- Ok, mas me conte por favor o que aconteceu naquela noite em que nos conhecemos.

- Está bem - o menino enxugou as lágrimas e começou - bem... Eu estava dormindo e de repente ouvi gritos e coisas se chocando, então eu me escondi no cobertor, mas o barulho não parou então eu morrendo de medo fui ver o que estava acontecendo, então eu abri a porta que quarto dos meus país e meu papai estava no chão cheio de sangue e pelo jeito estava morto, e minha mamãe estava cheia de sangue lutando com um robô gigante, ela me viu na porta e gritou para que eu corresse, e logo após isso o robô malvado atravessou seu punho na barriga da minha mãe e olhou para mim como se fosse me matar também... Entao eu saí correndo estrada a fora sem rumo até que a senhora me achou... Eu achei que isso tinha sido só um pesadelo de tão cruel mas infelizmente foi realidade.

- Nossa! Então não fui só comigo. Bom... Faz um tempinho que os cientistas estão tentando criar robôs para ajudar as pessoas e eles soltam alguns nas ruas pra teste, e pelo jeito foi isso que aconteceu com o que atacou sua mãe, ele saiu para teste e deu defeito e acabou fazendo uma bobagem enorme. Comigo não foi diferente, eu e meu pai estavamos indo comprar meu presente de aniversário e comemorar mais um ano de vida que eu completei... E do nada chega um robô desses e para na frente do meu pai, ele tenta desviar ou sair da beira mas o robô o seguia, de repente o robô acerta um soco muito forte no rosto do meu pai e ele cai desmaiado, mas o robô não parou, ele se abaixou e continuou batendo e batendo nele até a sua morte. Naquele dia eu vi meu pai morrer a socos na minha frente. Eu sai correndo sem rumo igual você e acabei parando em um orfanato no qual fui liberado com dezoito anos. Bom, como você percebeu, nós dois sofremos muito por causa desses robôs então não vamos nos meter e nem chegar perto de um desses de novo. Então vamos fazer um trato?

- Que trato minha senhora? - indaga o menino chorando -

- É o seguinte, eu tomo conta de você, te ensino o que eu sei e cuido de você e você cuida de mim, pode ser?

- Então a senhora vai cuidar de mim?

- Claro que sim, com muito prazer!

- Então ta, pode ser sim!

Os dois se abraçam e a feirante continua tentando animar o garoto e fazer ele esquecer por um tempo o que havia acontecido... Em parte deu certo... Eles passaram o dia brincando e se divertindo.

A noite é chegada e os dois se acolhem entre um cobertor velho e rasgado que havia lá, abraçam-se e dormem profundamente, descansando de mais um dia cansativo de lutas.

Em busca de um final felizOnde histórias criam vida. Descubra agora