Que venha a puberdade! (parte 2)

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Como eu ia dizendo no capítulo anterior, seus olhos se encontravam em um olhar apaixonado até que seus rostos foram se aproximando, se aproximando até que seus lábios se encontraram em um beijo apaixonado de amor verdadeiro.

Mas o prazer não durou muito, logo a garota se afasta do menino e ele a olha com um sorrizo deslumbrante e ela o olha com um olhar de tristeza e de decepção.

- Desculpe, esse foi meu primeiro beijo, e é verdade, quase todo primeiro beijo é um lixo! Tchau! - disse a garota decepcionada

A menina começa a sair da beira dele e ao mesmo tempo começa a chorar. De repente ela já estava correndo de lá e levando consigo sua decepção tremenda.

- Espera! O que eu fiz de errado? Desculpa! Volta aqui por favor! - exclamou o garoto desesperado

A menina estava tão triste que nem olhou para trás, ela logo sumiu das vistas do garoto campo afora.

O garoto ficou triste pensando em que ele poderia ter feito de errado que fez com que a garota ficasse daquele jeito. Sim, foi o primeiro beijo dos dois, mas isso não era motivo para ela sair chorando, será que tinha sido tão ruim assim?

Ele desamparado e chorando muito resolve voltar para sua barraca, então ele vai em direção a ela desamparado.

No meio do caminho ele avista uma pessoa deitada em uma árvore. Ele chega mais perto e percebe que é sua garota, ou era sua garota, não sei. Ele vai até lá e ela se encontra chorando muito. Isso foi devastador para ele, afinal ela estava se derretendo em lágrimas por causa dele.

- Olha, eu sei que você está muito triste, porém eu preciso saber porque você está triste, eu nunca vou me perdoar se eu não souber o que aconteceu. Você poderia por favor me dizer o que está acontecendo? - disse o garoto triste e confuso

A garota senta-se no galho da árvore, com muita tristeza no coração e logo enxuga suas lágrimas de amargura e começa a explicar.

- Bom, primeiramente me desculpe por sair desse jeito, é que tipo foi meu primeiro beijo e eu não me senti muito a vontade, sei lá, foi nosso primeiro encontro, a segunda vez que nos falamos eu acho que foi um pouco precipitado da sua parte tentar, sem ofensa mas é a verdade.

- Me desculpe, foi meu primeiro beijo também, tipo, eu fiz o que meu coração mandou, eu assumo, nem eu esperava isso de mim mesmo, ainda mais eu, a timidez em pessoa. - risos - Então, eu acho que começamos com o pé errado, mas então já que começamos muito mal e temos a noite toda pela frente você poderia me dar outra chance?

- Hm... Não sei, eu não quero acabar me magoando de novo.

- Por favor! Eu prometo que não tentarei nada de mais! Hoje seremos apenas dois amigos saindo. Você aceita?

- Só amigos por hoje então né?

- Sim, só amigos.

- Então tudo bem, vamos lá! -respondeu a garota um tanto quanto cansada e triste mas ela estava disposta a investir nessa amizade que em um futuro próximo pode virar algo mais sério -

O menino muito simpático oferece sua mão para ajudar a menina a descer da árvore e eles caminham juntos pelo campo afora. O menino estava curioso para saber um pouco mais sobre a vida da garota e logo começou a conhece-la melhor

- Então, como você veio parar aqui, nesta feira?

- Na verdade, há algum tempo atrás o Brasil estava em crise, faltou até água e tudo, e a economia estava péssima, e meu pai tinha uma loja muito grande de móveis. Com a crise ele teve de fechar a loja e com o dinheirinho que sobrou e mais uns empréstimos que ele pegou, ele começou a vender essas coisas na feira, são coisas simples mas que ajudam um pouquinho já. E eu acho que esse mês ele finalmente ele acaba de devolver o dinheiro que ele pegou emprestado para abrir sua barraquinha.

- Poxa, que pena, sinto muito pela loja de seu pai, mas que bom que ele conseguiu se restabelecer e continuar a sua luta sem fim trabalhando com muita justiça e honestidade até hoje.

- Pois é - risos - mas e você? Como veio parar aqui? - indagou a garota

- Bom, por onde eu começo? São tantas histórias - risos -

- Estou ouvindo - disse a menina muito empolgada em ouvir as histórias do menino. E enquanto ela dizia isso eles se sentaram em um banco que havia ali por perto. Ele se assentou primeiro e depois ela foi se assentar mas ela resolveu deitar no colo dele que era o que lhe parecia mais confortável, aconchegante e acolhedor. E o garoto ao ver isso ficou mais empolgado ainda com suas histórias e começou. Fazendo cafuné na cabeça da linda garota ele começa a sua história.

- Bom, já faz um tempinho que eu vim para cá, mas eu não nasci de nenhuma pessoa daqui não e nada disso. A minha história começa quando eu estava lá na minha cama confortável deitado e ouvi gritos da minha mãe e meu pai, me escondi por um tempo, mas o barulho continuou e eu fui investigar, quando abri a porta do quarto deles eu vi meu pai morto no chão, e minha mãe gritou para mim correr e eu vi um robô gigante atravessar sua mão metálica pelo corpo dela, foi uma cena terrível, depois disso eu...

Quando o garoto olhou para a menina ela estava dormindo em seu colo aconchegante e em um sono profundo com um lindo sorrizo estampado em seu rosto, pelo jeito estava sonhando com o garoto. Lágrimas? Se foram todas! Não parecia nem que a menina havia chorado aquela noite.

Logo o menino com cuidado segura a menina em seus braços com muito carinho, lhe dá um beijo na testa e a leva em direção à barraca dos país dela.

Chegando lá a mãe dela estava a esperando. Sentada em uma cadeira a senhora não muito idosa observava o garoto chegar com sua filha em meus braços.

- Obrigada por trazer minha filha, você é um menino gentil. Não quer ficar para tomar um chá?

- Desculpe me senhora, está um pouco tarde e amanhã tenho que acordar cedo para mais trabalho duro. Mas não pense que vou ficar sem seu delicioso chá não! Qualquer dia desses a senhora pode ter certeza de que eu volto aqui para tomar um chá com a senhora, está bem?

- É claro! Pode ir, você deve estar tão cansado quanto minha filha, e obrigada de novo por trazer ela.

- Que nada, não fiz mais do que minha obrigação! Se eu levo tenho que trazer também - risos - tchau minha senhora, me convide para o seu aniversário de vinte anos!

- Tchau meu filho! - diz a senhora super feliz e rindo muito do que o menino disse.

Bom, o jovem conquistador já havia conhecido um pouco melhor a menina dos seus sonhos, já havia criado um vínculo de amizade com ela e melhor ainda, ele já havia criado uma amizade forte com a mãe da garota, nesta noite ele podia descansar feliz e orgulhoso de seus feitos.

Em busca de um final felizOnde histórias criam vida. Descubra agora