A era robótica começa

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Após mais uma noite reparadora de sono o menino acorda um tanto quanto sonolento e vai ler seu jornal na banca como de costume.

Quando ele fixa seus olhos nas páginas um pouco empoeiradas do jornal ele logo se depara com a frase enorme escrita em negrito: " A ERA ROBÓTICA COMEÇA!"

No decorrer da reportagem dizia: "Nossos cientistas deram muito duro para isso e é hora de fazer o lançamento oficial! Já faz muito tempo que eles vêm trabalhando e testando vários pequenos detalhes para lançar para nós a mais revolucionária e a mais correta geração de robôs, alguns apresentaram erros nos testes, porém nós consertamos os erros e testamos e testamos várias vezes para garantir que ele tivesse o melhor desempenho em suas mãos. Em breve serão distribuídos gratuitamente um para cada família para a auxiliar em suas atividades e serem totalmente submissos aos seus donos, mas sem desrespeitar as 4 leis da robótica:

* nunca cometa um crime ou seja cúmplice de algum crime

* nunca desrespeite alguma pessoa

* sempre proteja sua raça mas desde que não quebre a primeira a segunda lei

* se você cometer algum erro, assuma-o e você levará sobre si toda a culpa"

Na hora que o menino se deparou com aquela reportagem estrondosa na primeira página do jornal ele toma logo um susto. Será que aquele monte de robô solto pelas ruas poderiam causar algum problema de novo? Eles estão cheios de regras e coisas do tipo, porém são máquinas, cometem erros e podem sim acontecer falhas do sistema e o robô fazer bobagens.

Ele corre até sua tenda e mostra a reportagem para a feirante e ela logo fica imprecionada e ambos começam a chorar incessantemente.

- Mas como isso pode ser possível? Vao liberar esses robôs quando? - indagou a feirante

- Pelo que diz aqui vai ser daqui uma semana

- Então temos uma semana de paz até que aquelas máquinas venham nos atormentar.

O garoto teve seu dia de trabalho como de costume, vendas, sorrizo para Luísa, vendas, e por aí vai.

A noite se aproxima e ele vai para a velha cabana onde ele e Luísa colocaram as peças dos robôs que eles pegaram no depósito.

Por sorte naquele dia que ele foi no depósito com sua amada, eles acharam um braço mecânico completamente montado, só não sabiam se funcionava.

Logo ele começou seus testes. Foi observando a sequência de fios e encontrou vários fios de várias cores e funções, porém lá só tinha um fio vermelho e um fio preto, pelo jeito era o lugar onde ele deveria ser ligado.

Ele pegou uma bateria um tanto quanto grande que ele também encontrou lá no depósito para ligar o braço e ela também possuía um fio vermelho e um preto, então ele fez o que era o mais óbvio a se fazer, grudou o vermelho com o vermelho e logo após ele foi ligar o preto do braço com o preto da bateria.

- Oi! Me atrasei? - indagou Luísa rindo

- Oi Luísa! Estou tentando fazer esse braço aqui funcionar, vou começar a testar ele agora, você liga esse fio preto com esse aqui para mim? - disse ele mostrando os fios que deveriam ser ligados.

Na hora que Luísa encostou os dois fios o braço começou a balançar desenfreadamente sem controle nenhum então ela logo afastou os dois fios.

O menino logo reparou que os fios que saíam do ombro para o corpo que estavam todos soltos, embolados e encostando um no outro, então ele afastou e isolou cada um certinho.

- Luísa liga aí de novo pra ver o que acontece.

- Ta bom!

Desta vez o braço não se mecheu, pelo jeito era culpa dos fios que estavam embolados e agora não estão mais.

Com os fios ligados na bateria o menino começou a encostar alguns fios de onde ele havia ageitado nos outros e percebeu que o braço se mechia com facilidade e desta vez ele não fazia movimentos desenfreados e sem controle, o menino conseguiu dominar o braço e entendeu o que ele fazia e como ele funcionava.

Como um braço já estava funcionando ele só tinha que fazer outro igual ou tentar achar outro igual no depósito. Como ele não era muito experiente na área ainda, então ele preferiu ir novamente para o depósito outro dia para procurar outro braço igual.

Já que ele entendeu o princípio, ele foi testar a perna que ele havia pegado no depósito também para ver o que ele conseguia fazer.

Ele desembolou os fios que ligavam a perna à cintura e os isolou. Pegou os fios preto e vermelho e os ligou a bateria, e novamente não fez nada, logo após isso ele foi ligando alguns fios uns aos outros e foi conseguindo o movimento que ele queria na perna, era só ele procurar outro braco e outra perna e ele já tinha um começo de seu robô.

- Então Luísa, quer ir comigo amanhã de novo para o depósito pegar mais partes do robô? - perguntou o menino empolgado

- Quero sim, a gente vai se encontrar aqui de novo antes de ir?

- Sim, me encontre aqui que vamos.

- Beleza.

Eu estou cansado, vamos guardar e ageitar tudo aqui e vamos dormir?

Já era quase meia noite e eles tinham que trabalhar muito no dia seguinte ainda.

- Tudo bem, vamos.

Eles acabam de ageitar toda aquela bagunça na cabana e vão abraçados em direção a tenda de Luísa para ela dormir.

Novamente a mãe dela está a esperando ansiosa sentada em sua velha cadeira de balanço.

Chegando lá o menino cumprimenta a senhora de idade, da um beijo em sua amada e se vai para a sua tenda descansar um pouco, afinal aquela foi uma noite muito cansativa para os dois e eles precisavam repor suas energias pois no dia seguinte iria vir mais trabalho pela frente.

Em busca de um final felizOnde histórias criam vida. Descubra agora