Capitulo 8

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Eric Alexandrino

Saí daquela sala ainda rindo da cara envergonhada da novata, como era possível uma criatura como aquela me tirar do sério? Não consigo entender nem controlar o que sinto quando estou perto da novata Helize Castheline, provoca-la havia se tornado meu esporte preferido, adorava vê-la corando, as caretas que fazia me divertiam bastante, quando a vi pela primeira vez não estava em um bom dia pois foi quando soube que Nora viria estudar aqui. Nora é minha meia irmã, após a morte do meu pai minha mãe dedicou se exclusivamente a mim para que eu assumisse meu lugar de direito e me tornasse um bom líder e se manteve comigo em todos os momentos. Quando perdi Catherine, ela foi meu chão, impedindo que eu fosse à loucura, após seculos minha mãe se apaixonou novamente por um humano durante o tempo em que fez aulas de artes plásticas na década de 60, deste envolvimento nasceu minha irmãzinha, o pai dela não suportou o processo de transformação, alguns humanos não conseguiam, principalmente quando já se tem idade avançada e o Marcos tinha 40 anos, minha mãe ficou desolada e se culpou bastante. Mas após o nascimento de Nora, minha mãe passou a viver para ela tal como havia feito comigo, ficamos muito preocupados com a pequena mas ela mostrou ter o gene predominantemente da nossa espécie. Sua primeira transformação foi aos 10 anos, mas apesar de ter a capacidade de se transformar,
nora não é tão forte como um puro como eu, o que sempre foi motivo de preocupação para nós, porém ela sempre foi capaz de se defender sozinha pois como ela brinca, força não é superior à estratégia e nisso ninguém superava minha irmã. Mas fiquei furioso em saber que ela viria para cá, certamete vai querer me aranjar amigos e querer me enturmar, tentar me convencer a desistir de encontrar a reencarnação da minha amada. Nora achava absurdo eu não ter tido outras mulheres após Catherine e tentou por diversas vezes me arranjar namoradas, mas a verdade é que nenhuma outra mulher me chamava atenção, nenhuma era capaz de mexer com minha cabeça, nenhuma tinha o cheiro tão marcante capaz de empreguinar em minhas narinas e fazer com que eu o reconhecesse a metros de distância. Ninguém, até a dois dias atrás, quando vi aquela menina com os cabelos castanhos longos, lisos ondulados, vestido azul floral, em contraste com os olhos verdes esmeralda que no mesmo momento me lembraram os da minha Catherine. Havia conhecido várias outras mulheres com olhos do mesmo tom dos de Catherine, mas nenhum despertou o reconhecimento que os daquela garota e o cheiro dela era um aroma de lavanda e hortelã que me
tiraram do sério. Fiquei sem saber como agir perto de uma mulher, algo que não me acontecia a 150 anos, acabei por descontar nela minha irritação e frustração que sentia portando-me de forma ríspida, mas não nego ter ficado admirado com a forma que ela me enfrentou. Após sair do nosso breve encontro, orei aos céus para que não precisasse vê-la novamente pois as emoções que sentia perto dela me deixavam inquieto, sentia-me mal pois ao sentir atração por aquela mulher era como se eu tivesse traindo Catherine, mas o pedido parece ter sido em vão.
Assim que cheguei à minha casa (pois é, eu sou o dono na faculdade na verdade, ninguém sabe disso, mas esse fato dá a mim algumas vantagens como a de não precisar dividir quarto com ninguém), pedi que Nora se hospedasse em minha casa mas ela insistiu em ter uma experiência completa como universitária, porém eu resolvi que iria até o apê onde ela morava para ver quem eram as companheiras dela, assim que bati a porta fui recebido por uma morena alta, bastante animada que se apresentou como Maya, logo em seguida Nora veio e me fez entrar, disseram que a outra colega de quarto estava dormindo pois tinha descarregado sozinha as malas do carro. Estávamos todos conversando, ouvi passos vindos do corredor meus olhos quase saltaram das órbitas quando a mulher que era um demônio conjurado diretamente do meu inferno pessoal apareceu com uma regata folgada cinza, short branco com estrelas azuis e cabelos num coque desarrumado, ela estava ainda mais bonita ela me encarava como se tentasse resolver se estava sonhando. Lembro que tive que sair rapidamente pois o cheiro dela estava me levando a loucura, cheguei em casa e tive que tomar um banho frio para pôr minha mente no lugar, tratei de investigar a ficha das alunas novas, levaria no mínimo umas duas semanas para ler as fichas e os documentos de todas as alunas, mas eu iria achar a Lerman que seria a reencarnação de Catherine. Porém enquanto lia as fichas, olhava as fotos daquelas garotas e só lembrava dos olhos verdes de Helize e o cheiro dela que não saía da minha mente, resolvi dormir e acordei cedo, sabia que provavelmente uma das minhas aulas seria com ela, havia me preparado psicologicamente para isso e estava decidido a tratar ela com cordialidade, mas quando a vi entrar por aquela porta e o cheiro dela invadir minhas narinas, me senti novamente sem controle fiquei com uma ira descomunal. Quando o Rogério resolveu que as duplas seriam permanentes por todo o ano acabei por mais uma vez agir como um animal para com ela, assim que me viu ela fechou a cara e assim se passaram os minutos, eu sempre provocando ela quando tinha oportunidade para poder ver as caretas e me divertir com as respostas rápidas que ela tinha, mas assim que ela fez menção a chegada de Caleb senti o chão sumir aos meus pés, Caleb era como um irmão para mim, após à morte de Catherine se tornou meu representante no conselho e responsável por me passar informações dos meus e passar minhas ordens, e o fato de Caleb ter vindo aqui pessoalmente a minha procura significava que algo de muito grave havia acontecido. Certamente as notícias que viriam não seriam em nada agradáveis, passei como uma sombra entre os jovens universitários em direção a minha casa, sabia que certamente Caleb estaria à minha espera.
Assim que abri a porta não me surpreendi ao encontrar Caleb sentado no meu sofá, me aguardando.

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