150 anos atrás...
Novembro de 1865 - século XIX
A noite estava agradável, repleta de estrelas e a lua em grande destaque no céu noturno. Mas nem esta bela visão era capaz de conter a ansiedade carregada no coração do homem que estava a andar de um lado para o outro em seu quarto e que, enquanto admirava a noite, mal podia esperar pelo surgimento da aurora do grande dia que estava por vir.
Esta, com certeza, era a noite mais longa da vida do Lycan Eric Alexandrino, que após a morte repentina e misteriosa do seu pai, Lucian Alexandrino, um grande e bem sucedido nobre da corte, mas que, na verdade, era o primeiro de uma raça de imortais, os Lycans, lobisomens que tinham a capacidade de controlar suas transformações independentemente da fase da lua, porém ganhando mais poder e vitalidade quando esta estava em sua fase cheia.
Eric teve que assumir sua responsabilidade como filho primogênito e tornar-se, assim como o pai, líder e soberano da raça.
Contudo, este não era o motivo dele estar tão nervoso esta noite. O real motivo era que dentro de poucas horas ele iria tomar por esposa, sua companheira, a Mortal Catherine Lerman, o que gerou grande surpresa entre os seus, mas era praticamente impossível não ver o amor que nutriam um pelo outro. Catherine e Eric eram amigos e confidentes desde a infância, estavam sempre juntos. Eric, ao completar 18 anos, que é quando um Lycan de sangue puro, ou seja, aquele que não foi mordido, sofre sua última transformação para se tornar um macho adulto, e também quando seu lobo interior escolhe sua companheira e lhe marca como sua. Aquela era uma noite que ele iria lembrar para sempre, ela estava linda, sentada no jardim admirando as estrelas pelas quais ela era apaixonada desde sempre, com sua camisola azul que era sua cor preferida. Ela estava tão calma que nem viu ele se aproximar e assim que notou sua presença, não se assustou. Ela olhou para aqueles olhos e reconheceu imediatamente aquele tom de azul, embora ela soubesse o que ele realmente era. Ela jamais o tinha visto transformado, ele era um lobo majestoso de pelos brancos e olhos do mais claro azul, segundo ele em uma das muitas conversas que tiveram. Por algum motivo inexplicável, só a família dele tinha os pelos brancos. Quando Catherine se aproximou, ele imediatamente voltou à forma humana. Ele, naquele mesmo dia, mais cedo, tinha dito à ela sobre importância daquela última transformação. O coração de Catherine tinha se afundado em tristeza pois, apesar de serem amigos de infância, os sentimentos que nutria por aquele homem em nada eram fraternos. Só de pensar nele sendo de outra mulher, a tristeza tomava-lhe conta, era demais para o coração da moça. Então, ao ver aquele lobo agora homem, em sua frente, significava que ela era a sua escolhida. Seria ela a companheira dele por toda a vida, nada podia ser usado para explicar a alegria que ela sentia no momento, e a nudez dele não a incomodou pois, apesar de ser recatada, ela tinha sonhado várias vezes com aquele corpo e, a visão que tinha em sua frente era ainda melhor do que em seus sonhos.
Eric tinha os cabelos bagunçados, seu olhar de puro desejo fazia acender nela um fogo que ardia em partes que ela nem sabia que existia e, antes que pudesse perceber, ela já estava em sua frente e sem conseguir conter as palavras que saíram de sua boca:-- Me leve para casa.
Ao ouvir isso, ele entendeu que ela não estava falando da casa dela, e sim da casa dele. Ela estava o aceitando por completo. Sem mais palavras, ele a pegou no colo e levou à sua casa que, em breve, iria ser deles. Guiado pelos seus instintos, deitou-a em sua cama onde tirou sua camisola, tendo a visão do corpo nu de Catherine. Ele não pôde descrever, nunca tinha visto uma criatura mais linda e ela era somente dele. Beijou todo o seu corpo, sentiu o cheiro de Catherine, era inebriante. Seu membro já estava duro e latejando, desejoso para estar dento dela e então, ele a possuiu.
Eric não lembra de ter tido sensação melhor que estar dentro de Catherine, de sentir o sabor dos beijos quentes e urgentes que ela lhe dava em meio aos gemidos de puro prazer, amaram-se por toda a noite. Entre suspiros e juras de amor, aquela tinha sido a noite mais perfeita na vida de ambos.
Assim que acordaram, Eric levou Catherine para receber a marca de união que simbolizava que ela era a fêmea dele. O brasão dos Alexandrino era uma lua metálica retorcida ao lado de uma estrela solitária, brasão esse que era a marca de ligação que unia e selava a alma dos dois. Antes que houvesse algum escândalo na corte, trataram de marcar imediatamente a data do casamento. Deram uma Festa de noivado onde reuniram todos os membros da alta sociedade. Foi nesse dia que Eric deu à Catherine um medalhão no formato de lua com uma pedra de safira, dentro dele uma pequena pintura dos dois juntos e na parte de trás da jóia uma inscrição com o lema que adotaram e sempre diziam:"Sempre e para sempre um do outro "
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Sempre E Para Sempre(COMPLETO)
RastgelePara Helize Chastheline, sair da casa dos pais, seria um grande passo na sua vida. Agora, depois de ter conseguido o tão desejado avanço, ela encontra-se numa vida que sempre sonhou: uma boa faculdade e morar com sua melhor amiga Maya. Só não imagin...