-não vai me dar uma última chance? -perguntei ao meu pai despachando a mala
-chega de chances Blue, eu desisto de tentar te ajudar.
-então, por que está aqui?
-para garantir que você pelo menos entre no avião. Não quero arriscar que você fuja.
-de novo. -terminei sua frase
-filha, eu sei que rebeldia é...
-parte da adolescência, mas você já passou dos limites. -falei imitando-o
-preciso repetir também o porquê de você estar indo morar com sua mãe?
-não, não precisa. -segui ele até uma cafeteria
-ótimo. Você quer? -assenti -Um café com leite grande e um cappuccino médio. -fez o pedido
-você pode me colocar em um internato.
-vou conseguiria sair de lá, eu te conheço.
-e o que te faz achar que eu não fuja dos Estados Unidos?
-nada. Obrigado -agradeceu a atendente
Pegamos os pedidos e fomos nos sentar.
-do jeito que as coisas estão piorando, será capaz de você ser procurada pela Interpol.
-olha, isso seria uma grande honra para mim!
-e uma grande decepção para mim!
Me calei um minuto, tentando achar mais argumentos.
-eles estavam errados, não foi tráfico de drogas.
-e o que foi então?
-eu apenas estava usando, só que comprei um pouco a mais dessa vez.
-isso não diminui o seu erro.
-você fuma, e cigarro também é considerado uma droga!
-uma droga legalizada.
-é droga do mesmo jeito! -ele não respondeu- Qual é pai, eu estou me sentindo uma deportada.
-não que isso nunca tenha acontecido com você.
-você sabe o quão difícil é conseguir um visto para a Rússia?
-não.
-então você não pode me julgar!
-não estou lhe julgando.
-claro que não! Está me expulsando de casa e me empurrando para a Atena, -refiro-me a minha mãe- típico de pais separados.
-não fale assim, de certa forma eu estou lhe dando uma chance!
-uma chance de suicídio.
-olha Blue... -ele foi interrompido por uma mulher anunciando o voo -eu só quero o melhor para você!
-então me deixa ficar!
-não, nós já decidimos.
Suspirei e ouvi a mulher novamente chamar meu voo.
-então é isso, tchau pai. -ele me abraçou
-tchau filha, vou sentir sua falta, te amo -apenas assenti, não sou de demonstrar sentimentos e ele sabe disso.
Ele me levou até o portão de embarque e eu entrei sozinha. Depois do longo corredor, entrei no avião, achei minha poltrona e me acomodei. Coloquei meus fones e dei play em uma música qualquer.
Então é isso. Tchau Londres, tchau Europa, tchau vida.
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Angel || Gilinsky (hiatus)
FanfictionObrigada a ir morar com sua mãe em uma cidade pequena do Estados Unidos, Angel (ou Blue, como ela prefere) precisa achar uma maneira de voltar à cidade grande sem comprometer sua ficha criminal. O único problema é como ela fará isso... "É um belo no...