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-então, você e o Nate?

-nada.

-tudo bem se não quiser me contar, mas eu tenho certeza que tem algo.

-ele me deu um fora. -falei irritada

-Nate não te deu um fora. -falou sem acreditar

-ele falou algo de um amigo, e que não queria se envolver comigo por isso.

-talvez tenha mesmo.

-quem? -perguntei retórica

-Nate só falaria isso se tivesse realmente alguém!

Suspirei.

-e você mal chegou já está pensando em ir?

-não é exatamente pela cidade, é até uma cidade considerável, sabe? Mas eu me dou melhor em cidade grande, eu sei como ganhar dinheiro e sei me virar. Eu poderia fazer isso aqui, mesmo não ganhando tanto dinheiro como antigamente, mas tem todo esse rolo da Atena aqui e viver com ela.

-como assim ganhar dinheiro? O que você faz?

-digamos que eu consiga coisas que as pessoas querem, mas que podem ser difíceis de achar.

-resumindo, você é traficante?

-prefiro o termo visionária!

-e por que você veio morar com a sua mãe?

-na verdade, eu...

O celular dele tocou.

-desculpa, se importa se eu...

-atende. -nem deixei ele terminar a frase

-e aí G? -ele falou ao atender -Estou próximo a sua casa. Não posso, estou levando a Blue em casa. Certo. -e assim desligou

Em silêncio, seguimos uns poucos minutos até a casa de Atena.

-obrigada.

-sempre que precisar!

Sai do carro e vi minha mãe abrindo a porta de casa. Ela olhou para o carro e depois para mim. Se aproximou, enquanto eu ia na direção dela.

-olá Angel. -ela falou

-oi Atena, esse é o Jack. -falei direcionando meu olhar ao loiro no banco de motorista, e ele saiu do carro.

-prazer Jack, sou Atena, mãe da Angel. -eles apertaram as mãos

-bom te conhecer também, senhora Atena. -ele tentou ser formal

Eu segurei muito o meu riso.

-só Atena. -ela sorriu para ele

-tchau Jack, obrigada. -falei

-tchau. -ele falou sorrindo

Ele entrou no carro, e eu e Atena íamos para a casa.

-Jack parece ser um menino legal!

-ele é.

-então, ele é a tal carona de ontem?

-talvez.

(...)

Sábado tinha chegado, e a semana até que havia passado rápido. De todo jeito, a festa estava planejada para hoje. E pelo que pude acompanhar no decorrer da semana, eles se esforçaram mesmo. Mas, eu nem podia chegar perto do local, ou deixar Atena saber se isso acontecesse.

-Angel. -Atena falou ao me ver na sala vendo TV

-que?

-você está tão quieta ultimamente.

-isso que dá viver em cidade pequena, nunca tem nada interessante o bastante.

Ela tentou sair silenciosa como chegou.

-algum problema? -perguntei

-nenhum.

-você está agindo estranho.

-impressão sua.

-deixa eu adivinhar, você achou que seria difícil conviver comigo? Algo como me trancar no porão para eu não cometer algum crime talvez?

-claro que não!

-ótimo, porque eu fiquei com vontade de invadir alguma propriedade, sei lá.

-definitivamente não!

-é estranho ser da área da justiça e a filha ser uma criminosa, não é? Tão contraditório.

Ela respirou fundo.

-chega Angel! -gritou -Só queria ter certeza de que você não ia na festa do Nathan.

-agradeço por ser direta. Voltando ao assunto, que festa?

-fiquei sabendo que ia ter uma na casa do tal de Nathan Maloley. Que adiantando, também quero que fique longe dele.

-nem eu sabia disso. Como você soube?

-eu mantenho alguns contatos.

A campainha tocou e eu fui abrir. Vi Johnson na porta sorrindo.

-oi, posso falar ou... -ele olhou para Atena

-pode falar!

-vai fazer alguma coisa?

-nada em mente ainda, por quê?

-achei que podia sair comigo. Vai ter uma festa, e queria que você fosse.

Angel || Gilinsky (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora