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Parece que Atena aliviou o possível castigo quando soube, por Theo, que eu realmente tinha esse péssimo, segundo ela, hábito de fumar. No dia seguinte ela havia me dado um celular, mas eu não era tola e sabia que tinha um rastreador ou algo assim. Por esse motivo, eu ainda continuei com meu celular antigo.

Mas era sexta finalmente.

E agora eu precisava falar com Nate. Fiz a mesma coisa, sai no meio das aulas, mas desta vez eu avisei que estava saindo da escola e que eu iria para casa sozinha. Fui para a casa do Nate e desliguei o celular.

-sua mãe não ficou muito brava? -ele me atendeu já rindo

-ficou, mas isso não vem ao caso agora!

-entra aí princesinha!

Revirei os olhos com o apelido e entrei. Para a minha surpresa, Nate tinha companhia. E por mais estranho que fosse, Gilinsky estava sentado no sofá, fumando.

Quem era a má influência agora?

-achei que você estava doente. -ele me olhou confuso -Foi o que a Madison falou.

-achei que Mad não falasse com você.

-ela não falou comigo, falou com a turma toda. -dei de ombros

-você deveria estar aqui?

-você deveria? -rebati e ele deu de ombros

-bom, o que posso fazer agora? -Nate interrompeu

-negócios! -falei apontando para o Gilinsky

-ele é meu amigo, pode falar!

-seu amigo, não meu!

-valeu pelo voto de confiança! -Gilinsky falou

-Jack ficará calado. -Nate falou e dei de ombros

-bom, tudo resolvido e a carga chega amanhã!

-você é rápida garota! -Nate sorriu

-negócios são negócios. -sorri -Não me decepcione!

-não irei, princesinha!

Nate levantou e saiu andando pela casa e entrando em um outro cômodo. O ar ainda cheirava à maconha e Gilinsky se mantida no mesmo lugar, embora sua cara demonstrasse que ele estava um pouco bravo.

Mas por quê?

-Angel, -soltou meu nome um pouco baixo- sua mãe iria gostar de saber disso?

Ele me olhou desafiador.

-Jack, -falei mais desafiadora ainda -a cidade iria gostar de vê-lo assim?

-não ligo.

-não liga? Porque eu soube que você era correto, um bom garoto, que não se metia em encrencas. -respirei um pouco deixando-nos em silêncio -Mesmo com um passado um tanto sombrio.

Te peguei Jack.

-você não é diferente, não é mesmo? Talvez até pior! -ele falava sem humor

-aqui vai a diferença, a cidade sabe que eu não sou um bom exemplo, e eu não estou tentando distorcer minha imagem. -encarei-o -E você, Jack?

Levantei e fui embora. Ele era uma farsa, um personagem. Algo ruim fantasiado de bom. A diferença era que eu não tinha propaganda enganosa, todos sabiam quem eu era. Mas eu não iria acabar com o jogo dele, eu só gostei de ter essa vantagem.

Talvez eu tenha soado um pouco a Atena agora.

O que importa é que eu sai com uma vantagem, e que Atena não havia chegado em casa quando eu cheguei.

-você tem que parar com esse seu "hábito"! -ela disse assim que me viu no sofá

-eu sei. -resmunguei

-trouxe comida italiana!

-a cada dia você come algo de um país de diferente?

-sim!

Tinha que ser.

-amanhã eu não tenho aula.

-eu sei disso, te matriculei lá, lembra?

Infelizmente.

-bom, eu achei que...

-que você fosse sair comigo e com as minhas amigas? Eu também achei isso! -ela sorriu sarcástica

Definitivamente não.

-na verdade, eu queria ir ver a Jasmine. -ela me olhou confusa -A garota de cabelo rosa da loja de cd!

-ah, essa Jasmine!

-então?

-posso pensar no seu caso. Aliás, o que você tanto vê naquela loja velha?

Negócios.

-CDs e livros. -dei de ombros

-não sabia que gostava de ler!

-talvez porque você não saiba nada sobre mim!

Ela revirou os olhos.

Angel || Gilinsky (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora