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Foi bom conversar com Jack e Jasmine. Jack me contou o que ouviu nos corredores da escola, e bem, eu não tenho uma boa fama. Tinha gente que nem sabia que Atena tinha uma filha. Alguns sabiam que para eu não morar com ela, eu não deveria ser boa. E a cada pessoa eu ganhava um nome diferente, como metida, rebelde, vadia, drogada, fugitiva. Esses foram só alguns dos nomes que Jack citou.

Mas foda-se.

Por isso, no segundo dia de aula, quando encontrei a Emily fui direto ao assunto.

-Nate está em casa?

-eu não sei, não coloquei um rastreador no amigo do meu irmão! -ela disse quase rindo, talvez do meu estado de quase desespero.

-mas você sabe onde é a casa dele?

-sei, mas por que você quer saber?

-preciso falar com ele!

-e você vai fazer isso agora?

-vou! -disse com certeza

-como acha que vai fazer? Pulando o muro da escola e indo até lá? A escola vai notar que você saiu e sua mãe vai atrás de você!

-ela não vai me achar, eu consigo me virar com isso! Vamos Emily, não estou pedindo para me levar lá!

-o Nate vai me matar por isso! -ela parecia travar uma luta interna

-confie em mim.

Ela suspirou e me passou o endereço. E sair dali foi basicamente fácil, o mais complicado foi achar a casa dele. Quando cheguei lá, ele me atendeu com uma cara confusa e um pouco brava.

-o que faz aqui? Não deveria estar na escola?

-oi Blue, entra! -disse irônica

Ele olhou para a rua vazia e me deu passagem para entrar.

Medo?

-foi fácil convencer a Emily?

Então ele já sabia.

-não tanto. -dei de ombros

-uma hora ou outra você apareceria. -sorriu -Confesso que foi mais tarde do que eu esperava!

-então você já me esperava?

-desde que soube que vinha para cá.

Há quanto tempo minha vinda para a América estava planejada?

-em que posso ajudar, princesinha da gangue?

Princesinha de gangue?

-primeiro tirando esse apelido horrível! -ele riu -Segundo, me situando aqui na região.

-você é rápida nos negócios!

-preciso de dinheiro!

-pede emprestado a sua mãe!

Isso foi uma piada?

-até parece que Atena ia me dar o que eu preciso!

-você não ganhava bem lá em Londres?

-ganhava, mas meu pai confiscou tudo!

-e como você pretende fazer negócios assim?

-contatos!

-olha Blue, eu não trabalho com isso, só pego para mim e para os meus amigos...

-não conhece ninguém que queira sem ser seus amigos?

-conheço, mas quando eu disse que todo mundo te conhece, eu não estava exagerando. Todos, Blue!

-e é por isso que eu preciso da sua ajuda! Então, quer expandir o seu negócio?

-e aonde você acha que vai conseguir fornecedor? Ninguém aqui quer concorrência!

-eu vou achar um fornecedor, te passo a carga e fico com setenta porcento!

-não.

-sessenta?

-cinquenta.

-cinquenta e oito.

-cinquenta e cinco!

-cinquenta e cinco! -sorri

-carga de que?

-do que você quiser! -ele ficou pensativo -Direto do fornecedor para você, nem vai passar por mim. Você lucra, eu não corro risco de ser presa, Atena vai ficar orgulhosa de si mesma, eu saio de cena, te passo o fornecedor e o resto dos lucros vão só para você. O que me diz?

-você é bem esperta!

-meu tempo está acabando! -disse sorrindo

-feito! -estendeu a mão

-você não vai se arrepender! -disse apertando-a

-eu sei que não. Mas está na hora de você ir.

-eu sei. Foi bom fazer negócio com você!

-foi bom fazer parceria com você!

Sorrimos ao mesmo tempo e sai da casa de Nate, voltando à escola.

Angel || Gilinsky (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora