Capítulo vinte e um

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Passando horas no meu quarto e pensando na minha vida sem graça e...e...e eu não quero mencionar essa palavra que está me atormentando nessas últimas horas.

Essa palavra que preciso ter em mente, e principalmente em minhas ações.

Maturidade.

Em meio à tantos pensamentos depois da minha''conversa''com meu pai, a raiva, as lembranças nada amigáveis, sentimento de mágoa; tudo junto, fizeram com que a fome, que eu não sei se tinha, fosse embora.

Levantei da minha cama e fui para a minha escrivaninha, pegando meu notebook e minha câmera, com a intenção de publicar no Facebook o vídeo que eu gravei às escondidas, quando Luke estava cantando e eu tocando a música do Bruno Mars.

Sei que ele não vai gostar do que eu fiz,mas ele canta bem.
E o seu talento será descoberto.

E como eu já era amiga dele no Facebook, isso  facilitaria.
Eu não iria procurar se não tivesse ele na rede social.

Ao terminar de publicar tal ato criminal, para Luke, bateram na porta.

-Alicy morreu.

Falei.

-Abre logo essa porta!!

Minha mãe gritou.
Outro sermão.
Me levantei e destranquei a porta a abrindo e dando passagem para ela passar.

-Porquê você não foi comer?

Eu aposto que ela não veio para o meu quarto só pra falar isso.

-Eu não estou com fome mãe.

Ela suspirou, fechou a porta e sentou na cama, me chamando para junto à ela sentar.

Obedece quem tem juízo.

-O que foi mãe?

Falei ao sentar.

-Filha...eu não quero que você me interprete como uma mãe chata, dona de sermões chatos.E sim como uma mãe que preocupa-se contigo.
Eu ouvi a sua conversa com seu pai, e...

A interrompi:

-Não mãe, por favor, eu acho que ja ouvi demais sobre esse assunto de maturidade. Isso está me aborrecendo.

-Não era disso que ia falar.O que eu queria falar era quê você não se assustasse, ficasse com raiva ou magoada pelo que ele te disse.Ele está passando por algo que até eu não sei.Seja lá o que for, isso o deixou daquela forma.

-É verdade. Mas o que ele tem? Ele esteve ausente. E também eu nunca o vi falando daquele jeito.

-Eu não sei minha filha.Eu já tentei conversar,mas ele não fala.

Suspirei.

-Tudo bem.

Ela olhou para mim e deu um sorriso, ao mesmo tempo em que me dava um tapa no meu ombro esquerdo.

-Aiiii.O que foi dessa vez?

Falei ao sentir o ardor da tapa.

-Não minta para mim de novo...eu te amo tanto.

Essa é a minha mãe bipolar.

-Também te amo mãe.

Ela sorriu novamente e  se levantou, dizendo que tinha algumas coisas para resolver.

E me encontro de novo no meu solitário quarto.

Peguei na minha mochila em busca do meu caderno.

O peguei, deixando cair uma anotação que estava entre as folhas.

''Provas daqui à duas semanas''

Sempre te ameiOnde histórias criam vida. Descubra agora