Evelyn Benetti, uma garota de 15 anos, conta como é lidar com o medo de só ter mais um dia de vida. Tendo que conviver com o câncer, ela transforma seus últimos momentos como os mais emocionantes e divertidos que já viveu.
"A vida dela é frágil e a...
Quando meus pais chegaram, eu e Richard estávamos assistindo televisão. Eles trouxeram algumas pizzas e refrigerantes. Foi um jantar agradável e rimos bastante juntos, como se Richard fosse meu namorado há muito tempo.
Todos fomos dormir porque estávamos muito cansados. Tomei um banho de água quente e fui para meu quarto. Vesti meu pijama, desliguei a luz, me deitei na cama e fiquei pensando no que Richard estaria fazendo. O quarto dele ficava ao lado do meu, e eu ouvi alguns barulhos na parede, até que ouvi alguém bater um pouco mais forte.
- Evelyn! - ouvi alguém dizer bem baixo.
- Richard? - perguntei.
- Sim - ele disse do outro lado da parede.
Ouvi alguém bater na porta. Me levantei da cama e fui até lá, abrindo a porta devagar.
- Richard? - perguntei.
- Oi Evelyn - ele disse e sorriu no escuro, só algumas luzes vindas da rua iluminaram um pouco o seu rosto - Quer um chocolate?
- Quero sim - falei.
Saí do quarto e então fomos para a sala. Sentamos no tapete, então Richard me deu um pedaço de chocolate. Ele estava usando uma bermuda escura e uma blusa amarela, um pouco grande para ele.
- Por que você me acordou para comer chocolate? - O encarei.
- Evelyn eu sei que você nem estava dormindo - ele riu.
- Como assim você sabe que eu não estava dormindo?
- Porque - ele engoliu um pedaço de chocolate - você pensa em mim antes de dormir, por horas.
- Que? - Eu dei um tapa de leve nele - nada a ver, eu durmo que nem vejo.
- Mentirosa - ele riu mais ainda - Pode admitir que pensa em mim, porque eu penso em você.
- Pensa é? - Eu olhei para ele e dei um beijo em seu rosto - Seu fofo.
- Um beijo no rosto Evelyn? - ele olhou para minha cara - Já passamos dessa fase.
Ele se aproximou e me deu um beijo, depois me abraçou quando me virei de costas e beijou minha cabeça. Fiz cócegas nele para que me soltasse, mas ele acabou ganhando, já que não sentiu cócegas alguma.
- Sem graça - falei enquanto ele me prendia em seus braços.
- Para mim tem muita graça - Eu virei meu rosto para ver o dele - é maravilhoso abraçar você.
Ri e o beijei novamente. Richard transformava qualquer momento em especial.
- Já está meio tarde - Eu olhei o horário no meu celular, eram 2h34 - melhor irmos dormir.
- Verdade. Nos falamos mais tarde então, namorada - ele falou sorrindo.
- Nos falamos sim, namorado. Eu amo você - sorri.
Ele me puxou pela cintura e me deu um último beijo antes de eu entrar no quarto para ir dormir. Richard era a melhor coisa que tinha acontecido em minha vida.
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