Capítulo 26

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Eu estava na mesa com a Juliana, mas queria ir ao banheiro falar com a Natacha. Eu nem sabia o que falar, estava com raiva dela, mas queria ir. 

Juliana vendo minha apreensão não hesitou.

- Vai la falar com ela, te espero aqui. – Juliana

Levantei quase em um pulo e fui.

Quando entrei no banheiro ela estava apoiada na pia com a cabeça baixa na frente do espelho e quando ouviu o barulho da porta levantou a cabeça me olhando.

Seu olhar que antes era doce, me olhava com raiva.

Ela se virou e ficamos em uma troca de olhares. Era dessa maneira que conversávamos nos últimos dias, duelando com o olhar.

A bebida já fazia o efeito dela me deixando relaxada, corajosa, excitada.

Caminhei até ela com pressa e a beijei com pressa, raiva, desejo.

No inicio ela hesitou, mas não demorou muito para e entregar ao beijo que começou rápido, intenso, com raiva, mas muito desejo e foi ficando lento, apreciado, saboreando o gosto da saudade que sentíamos e depois de um tempo nos separamos com um selinho demorado.

- Eu sabia que você não tinha me esquecido. – eu

- Por que você fez isso, Camila?

- Por que eu não aguento mais ficar longe de você, Natacha. Eu te am...

- Não desperdice uma palavra tão bonita com um sentimento que você não tem,. – vi em seus olhos a raiva voltando

- Eu não to te entendendo. Depois de tudo que você fez eu estou aqui disposta a perdoar pra gente tentar de novo e você ainda não acredita nos meus sentimentos?

- HAHAHAHAHAHA Me perdoar Camila? Você faz cagada, viaja e me deixa aqui pra fazer mais merda e você que tem que me perdoar, da licença.

Ela já ia andando para a porta, mas eu a segurei.

- Eu não fiz nada. Mas você não perdeu tempo não é?

- Do que você esta falando?

- Natacha, ta tudo bem ai? – olhei para a porta e era a Sara.

Eu fiquei com tanta raiva que toda aquela vontade de querer me reconciliar foi por água abaixo.

- É disso que eu estou falando. Mas acho que não vale a pena brigar por isso. Não sei mais quem é você, Natacha.

Sai do banheiro as pressas e as duas ficaram la.

Cheguei na mesa, peguei minha bolsa e fui para a rua procurar um taxi.

Quando eu já estava do lado de fora a Juliana aparece segurando o meu braço.

- Calma, onde a senhorita pensa que vai sozinha?

- Desculpa Juliana, mas não to muito afim de conversar. Estou indo pra casa.

- Eu vou te levar em casa.

- Não precisa, eu pego um taxi.

- Nada disso, me comprometi a levar você em segurança. Vem comigo.

Acompanhei ela até o estacionamento do bar, entrei no carro dela e fomos.

Fomos em silencio todo o caminho, eu só falei quando disse a ela onde eu estava hospedada.

Quando chegamos ela estacionou e ficou me olhando.

- Esta entregue.

- Obrigada Juliana. – eu já ia saindo do carro e ela me chamou

Pra todo fim, um recomeço.Onde histórias criam vida. Descubra agora