Capítulo 36

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E nos beijamos cada vez mais intensamente. O desejo já era evidente, e a vontade que ela queria me fazer sentir com o beijo veio rápido.

Fui conduzindo ela até a cama, e sem demora ela foi tirando a minha roupa e eu a dela.

O desejo dos nossos corpos era o mesmo, a vontade de nos entregarmos e sermos uma da outra também era a mesma.

Sem desviar os olhos dos meus ela me amou e eu a amei até nossos corpos exaustos pelo cansaço físico não deixarem mais a gente saciar da nossa vontade e matar daquela saudade que demoraria muito tempo pra passar.

Ter a Natacha toda entregue pra mim outra vez, me olhando com aquele olhar de que me diz tudo, me dando aquele sorriso que sempre vai ser o meu raio de sol, eu me senti viva, mais viva do que nunca me senti.

Por mais que eu já tivesse certeza eu constatei que era ali que eu queria e deveria ficar pro resto da minha vida. Só nos braços dela o meu coração não fazia sua função normalmente e teimava e querer tocar uma escola de samba e me deixar sempre nervosa.

Só ela conseguia isso e eu sei que eu também causava o mesmo com ela.

Ela me olhava com tanto carinho, com um alhar tão doce que não tinha como não se emocionar com a cena.

Ela estava deitada sobre os meus braços ouvindo meu coração e notou o descompasso dele. Sorriu e me perguntou.

- E esse coração?

- É seu, e esta batendo assim por você.

E foi a vez dela se emocionar. Seus olhos se encheram de lagrimar e ela voltou a se deitar sobre mim.

Como eu queria que tudo fosse mais fácil, que tudo fosse rápido de ser resolvido e que não existisse gente ruim no mundo.

Abracei ela entre meus braços com força e ficamos ali por muito tempo. Quando notei que a Natacha havia pegado no sono, me senti um pouco de Deus, eu tinha ali o meu mundo inteiro em minhas mãos.

Eu não consegui dormir e algum tempo depois ela acordou.

Linda, linda, tanta beleza em uma mulher que eu nem sabia se isso era possível.

Me olhou, deu aquele sorriso maravilhoso que ilumina quarteirões e me deu um beijo.

- Como é gostoso acordar assim. - Natacha

- Qualquer coisa ao seu lado e bom de mais.

- Acho que estou com fome, que horas são?

Alcancei o celular no criado mudo e vi que já eram 14:00.

- Meu Deus, como o tempo voou, já são 14:00 hrs.

- Vem, eu vou fazer alguma coisa pra gente comer então.

- Não vai dar, eu preciso ir, tenho milhares de coisas pra fazer hoje.

Eu já estava levantando e colocando uma roupa e ela fez uma cara de triste que eu não aguentei.

Voltei pra cama e comecei e encher ela de beijos e fazer cocegas.

- Para Cah... – falava com dificuldades entre as gargalhadas

E que gargalhava mais gostosa.

Já falei que sou apaixonada pela gargalhada da Natacha?

Gente, é uma coisa surreal de como ela pode ser contagiante e mudar o dia de uma pessoa.

- É assim que eu gosto, tem que ficar sorrindo. Seu sorriso é maravilhoso.

- Eu queria ficar com você mais um tempinho.

Pra todo fim, um recomeço.Onde histórias criam vida. Descubra agora