Capítulo 19

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Acordamos cedo, tomamos banho e logo fomos ao hospital.
Tris estava com a gente. Chegamos lá e ficamos esperando notícias na recepção.

- Belinda Parker. Diz o médico.

-Seu pai passa bem. Diz ele dando um sorriso. Que alívio ! Não suportaria a dor de perder meu pai.

- O tiro pegou bem nas costas. E infelizmente ele não vai mais poder andar, perdeu os movimentos das pernas. Derick me abraça forte pra mim não cair dura no chão, mas ele estava vivo e isso me confortava.

Tris logo em seguida me abraça dizendo que vai ficar tudo bem. Eu agradeço muito por ter encontrado Tris e Derick, por eles participarem da minha vida, sem eles eu não teria me tornado metade de quem eu sou. Graças a Tris eu conheci o lado bom da vida, dei as melhores risadas, ganhei a irmã que nunca tive. E Derick me fez amadurecer em relação a forma com que via o mundo. Eu apenas via festas, roupas de grife, dinheiro, holofotes os estudos que me cansavam. E ele me fez entender que a vida não era somente isso, tinha um mar de amor por trás disso, tinha a sensação do frio na barriga só por ver alguém chegar, os arrepios pelo toque de um alguém, um universo muito distante desse, quando o beijava. Eu venci meus medos, sai da toca da menina meiga e mimada e passei pra menina forte e decidida. Eu mudei nesse tempo. Eu amava mais, eu enfrentava mais eu vencia mais.

- Derick. O chamo.

- Diga, tá melhor? Ele pergunta com aquele rostinho preocupado.

- Obrigado. Eu o agradeço.

- Obrigado, por não ter me entregado a Julian, por arriscar tua vida pela minha. Ele sorriu sem mostrar os dentes e fez que sim com a cabeça olhando diretamente em meus olhos.

- Obrigado Belinda. Por ter entrado na minha, sei que não foi da melhor forma, mas obrigado por eu ser uma pessoa melhor graças a tua existência, por depois de 2 anos vivendo aquela tortura eu tive coragem de fazer algo, de enfrentar tudo aquilo.
Disse ele beijando minha testa. O melhor de nós dois era a gratidão que um tinha pelo outro. Percebi que Tris olhava de canto toda a cena e sorria, ele via o quanto eu gostava dele.

(...)

O médico chega e diz que um das 3 pessoas pode entrar pra visita. No caso eu que vou.

- Pai? Entro no quarto do hospital.

- Filha. Você está bem. Diz ele sorrindo sem fazer muito esforço ele ainda estava se recuperando.

- Pai eu te amo tanto eu não iria sobreviver sem ti. Digo enchugando as lágrimas que já caiam em meu rosto.

- Eu vou ficar bem. Não vou viver igual a antes por não poder mais andar. Mas eu não vou te deixar filha. Não era minha hora de te deixar. Diz ele e percebo as lágrimas rolando.

- Pai. Eu não vou te abandonar tá? Eu sempre vou está aqui cuidando de ti, te dando muito orgulho. Digo acariciando seu rosto.

- Eu sei filha, sua mãe partiu mas deixou o maior tesouro da minha vida, ela nos deixou muito cedo mas entendemos que tínhamos que cuidar um do outro e assim vai ser sempre. Ele diz fazendo com que eu chore mais. Eu amo meu pai com todas minhas forças, cuidaria dele até meu último suspiro.

(...)

Meu Sequestrador (Em Revisão) (Querem 2° Temp. ?)Onde histórias criam vida. Descubra agora