Cap 4

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Acordei antes do Sol nascer, coloquei uma legging preta e um casaco cinza de moletom, um vans cinza e uma grande bolsa com as coisas necessárias, amarrei o cabelo e pronto. Ótimo look para se entrar no meio da mata em busca de elementos estranhos, o lado bom era que eu ainda lembrava dos ingredientes. Sai pela sacada do meu quarto que ficava no segundo andar, pulei e comecei a correr, pulei os portões de trás e adentrei na floresta. Eu não podia me transformar em loba pois tinha que carregar minha bolsa que tinha objetos delicados, além de não querer que ninguém sinta o meu cheiro.
A mata ficava mais escura à medida que eu adentrava, achei o primeiro ingrediente, água de nascente, também achei o segundo, lágrimas de macaco, tudo bem que não foi fácil pois o bicho não parava de pular pra lá pra cá, mais parecia um canguru do que um macaco mas consegui, pega-lo, faltavam apenas dois, pétalas de petúnia e uma pena de corvo. O Sol já estava subindo, então vi pássaros voar na direção contrária que eu estava, algo os havia assustado mas o quê?
Então vejo um corvo pousado na árvore. Usei um truque para deixa-lo em transe e consegui  arrancar penas o suficiente para várias poções. Agora o que me afligia eram as pétalas de petúnia, aquela flor não era natural dali... E se eu achasse seria mais mata adentro, não que eu estivesse com medo mas, aquela mata ficava mais escura e silenciosa a cada passo.

Loba: Volte
Eu: Não!
Loba: Você nunca me escuta

Mas eu não podia desistir agora que estava tão perto, eu precisava daquelas poções para minha sobrevivência. Para que não descobrissem... Está decidido! Vou seguir em frente!
Ando por mais ou menos uma hora, eu estava morrendo de sede e já estava pensando em sentar quando avisto um riacho de águas cristalinas, e na margem adivinhem? Algumas petúnias! Sorrio pela sorte que eu tivera ao encontrar aquelas flores, coloco dentro da bolsa que já estava pesada e deixo ao meu lado. Olho para as águas cristalinas que mostram meu reflexo e agacho-me para passar uma água no rosto, a água estava tão fresca, pego um pouco nas mãos e tomo fecho os olhos ao sentir minha sede ser saciada. Agora apenas faltava ir para casa antes que dessem conta da minha falta, qualquer coisa eu diria que estava correndo, de repente um calafrio me toma, então sinto uma presença que nunca havia sentido antes. Abro os olhos e me choco com a imagem que o pequeno riacho refletia, um lobo enorme encarava-me sem emoção, não era um lobo comum, nem mesmo um crino, era maior era... Era... Um original. Seu pelo negro como à noite brilhava com os raios de sol que o pegavam, seus olhos eram vermelhos como o sangue fresco. Tento não fazer movimentos bruscos mas aquela besta me assustara. O que eu faria agora? Não conseguia nem mesmo erguer o olhar para vê-lo, ainda o via por reflexo, pisco e então aquela imagem desaparece, olho diretamente para margem e para os lados e não vejo nada? Teria sido uma alucinação, ou algo da minha cabeça? ... Não eu estava certa do que vi, mas ninguém sumiria assim! Quer saber eu vou embora agora. Pego minha bolsa e me viro dando de cara com a besta.
— Corre, eu gosto de brincar com minhas presas — uma voz grossa e diabólica sai de sua boca e me arrepio toda.
Antes que eu faça qualquer movimento para fugir sua pata imensa me derruba e ele a coloca por cima de mim, suas garras crescem e as sinto perfurar minha garganta. Faço força mas não conseguia resultado algum, sua boca cheia de dentes aproxima-se de meus ouvidos.
— Tão fraca, tão inútil.
Uma raiva cai sobre mim, junto minhas forças e me debato, vejo uma saída e consigo sair de suas garras mas ele me puxa, rapidamente minhas unhas crescem e consigo arranhar seu rosto, ouço o seu rosnado e sinto um frio em minha espinha, pego minha bolsa e em um piscar de olhos não paro de correr, mantenho o ritmo o mais rápido que eu posso por alguns minutos, olho para trás e para os lados, não vejo nada. Diminuo o ritmo, eu estava cansada. Ainda não conseguia me transformar em loba por completo, pelo jeito a poção durava mais que o esperado. Então ouço alguns passos em volta de mim... Merda! Uma silhueta surge no meio da neblina, um homem maravilhoso aparece, aquele meu amigo era um pecado que valia a pena! Seus músculos eram saltados e seu tanque era perfeito, seu rosto era de deus grego e ele transbordava masculinidade, cabelos loiros combinando com seus olhos caramelados claro, então ele os fecha e ele abre seus olhos e... Aah ficaram vermelhos! Ele estava apenas com um short largo que deixava à amostra a barra de sua cueca branca. Ele tinha tatuagens tribais que o deixavam incrivelmente ainda mais sexy. O cheiro daquele homem era inigualável, e.., espera não não não não! O cheiro?!
Estava tão distraída que mal percebi que estava  sendo sufocada, com apenas uma de suas mãos ele me sufocava, ele me deu uma banda e eu caí  expirando o maior número de ar possível, ele me chutou e subiu em cima de mim deixando-me de frente para ele, meus cabelos agora soltos estavam todos em minha face.
— Alguns minutos de prazer antes de morrer presa  — sua voz rouca e sexy ecoa em minha mente e sinto-o rasgar minha blusa, ele prendia minhas mãos no alto, me debati o máximo que pude e percebi que não saia do lugar, sinto seu membro já duro por baixo do Short, eu precisava fazer algo, consigo soltar uma de minhas mãos e coloco um dedo em seu peito ele me olha sério.
— Huyken Sawuska.
Um brilho azul surge e joga ele contra a árvore, me levanto e pego minhas coisas, corro o mais rápido que pude e dessa vez não olho para trás apenas corro sem direção, sem rumo, com apenas um objetivo, fugir dele. Ainda correndo sinto garras perfurarem minhas costas, a dor era inacreditável, caio e grito de dor, o solo arranhava meu rosto.
— Você é veloz comparada às minha outras presas. Talvez eu a mate mais rápido. — ele me olha como se eu não fosse nada.
  Eu não conseguia mais fazer nada, estava cansada e ferida. Foi quando minha loba voltou  meu corpo se transformou e consegui sair debaixo dele.
Ele me olhou com ódio.
— NÃO PORRA! — Ele socou a rocha com tanta força que cheguei a ficar com pena, ela se partiu em pedaços, ele omeçou a chutar e quebrar as coisas, aproveitei o momento de raiva do homem e peguei minha bolsa de volta olhei para o caminho.
— Nem ouse vadia.  — ele disse grosso, seu olhar se voltou para mim me deixando amedrontada.
Ele passou as mãos pelo cabelo e parecia estressado, foi quando minha ficha caiu e pude escutar minha loba falar.
"Companheiro".

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