- Bom se você tiver algo mais de sua mãe ou família podemos continuar. Os objetos de mais valor e antigos contém mais visões.
Suspiro.
- Era tudo que eu tinha.
- Que droga em! - Ela disse apagando a vela.
- Espera! O quadro!
- Ah não! eu até posso te dar depois mais antes vou derreter a prata da moldura colada nele.
Bufo.
- Tem certeza que você não tem mais nada?
- Tenho - disse desanimada - Não... Espera - ainda tinha algo, algo ue a minha mãe gostava. O brinco de rubi de Bloom! - Tem algo sim mas não vou consegui-lo hoje
- Tudo bem você pode voltar outro dia ou então me ligar! - ela pegou um papel e escreveu seu número - aqui - ela estendeu me entregando. Guardei no bolso da calça.
- Bom agora é a sua vez de me mostrar. - ela sorriu.
Passamos algumas horas acordadas e mostrei alguns feitiços de localização e teletransporte para ela que ficou super animada. Eu não estava as mil maravilhas pois depois dessa noite eu voltaria para casa de Bloom e pegaria os brincos "emprestado" sem que ninguém visse. Enquanto eu ensinava para a animada Roxy decidi que não voltaria para a casa dos meus tios, eu já poderia ver Bloom me enchendo de perguntas e preocupada, Jeff o estranho tio distante da casa me dando bronca, Victor me vigiando ou me entregando de volta para.. Athos. Dou um longo suspiro. Não queria até mesmo ver Cassy ou dar explicações para ela, ela estava animada com toda aquela loucura se achando em um romance proibido mas eu não seria assim tão boba. Cruel? Eu? Até a própria Cassy sabia coisas sobre a minha mãe e nunca me contou. Eu lembro no dia em que estávamos no sofá bêbadas e ela disse que minha mãe era uma ameaça e em seguida dormiu, ela sabia e mesmo vendo o meu visível desespero em saber qualquer coisa sobre minha mãe ela ignorou. Eu não poderia chama-la de amiga, infelizmente não. Na verdade eu não poderia chamar ninguém assim. O único que eu sentia que podia confiar era o Alex. Ele não era um peão de Athos e muito menos se soubesse onde estou diria para ele, eu não sei mas ele foi o único que me contou as verdades, e me disse sobre os Blacks e os Reds, e principalmente sobre minha mãe. Eu podia confiar nele. Apenas nele. Olho para a janela daquele apartamento fresco, as estrelas brilhavam e a lua estava crescente, eu estava deitada e as luzes estavam apagadas, eu dormiria ali hoje, contei para Roxy sobre minha situação. Sei que eu acabara de conhecê-la mas ela me passava confiança, a mesma que Alex transmitia. E como ele ela me deu respostas e verdades, que eu ainda não sabia o quê exatamente significava, mas que eu iria descobrir. Apago naquele sofá.•••
Acordo com o Sol forte em meus olhos e com o delicioso cheiro de panquecas.
- Olha só ela acordou! Eu te disse que tinha um quarto sobrando!
- Esse sofá é tão macio - digo me espreguiçando.
- Sabe Blaire somos parecidas - Ela disse virando a panqueca - Gostamos de verdades, mesmo que elas doam.
Paro por alguns segundos pensando no que ela disse.
- Enquanto eu termino as panquecas você pode tomar um banho e colocar uma roupa minha.
- Eu usar esses couros aí?
- Ah para eu tenho roupas normais né, ontem foi um show de Rock por isso eu estava assim.
Levanto indo em direção ao quarto que ela tinha me mostrado. Sim, eu iria morar com a Roxy, era estranho eu ter conhecido alguém ontem e já morar com ela mas as bruxas quando fazem feitiços juntas leem a mente uma da outra. O que descobri era que Roxy era realmente aquilo que parecia, uma especialista em amuletos que os pais não ligavam por não conseguir fazer feitiços grandiosos. Faço minhas higienes e coloco uma calça jeans, uma blusa cinza e um vans preto. Penteio os cabelos e vou para a sala.
- Come - Roxy aponta para o prato com panquecas na mesa de centro enquanto assistia Tv.
Peguei algumas e uma bolsa.
- Já vai? - Ela perguntou com a boca cheia.
- Já, você sabe. Tenho algumas coisas pra resolver.
- Tudo bem, tenha cuidado e qualquer coisa já sabe, só me ligar.
Saio do prédio e pego o taxi que ontem de madrugada eu tanto esperei.
- St. Amber por favor.
Demorou quarenta minutos e fiquei na esquina do condomínio, eu não entraria pela frente seria óbvio demais além de chamar atenção. Eu caminhava pela mata em passos largos e apressados pude avistar a casa que um dia achei que seria meu lar. Como eu era ingênua a alguns dias atrás. Nenhum sinal de Xavier ou dos empregados. Subo pela árvore e entro pela janela do meu quarto que estava perfeitamente arrumado. Pego todas as coisas que preciso e coloco dentro da mala, minhas roupas, celular e alguns objetos de magia que Victor não tinha sumido. Coloco tudo rapidamente na mala e fecho. Abro a porta devagar e não vejo ninguém.
- Sūriç donjevöur.
Agora eu estava oculta, ou melhor invisível. Entro no quarto de Bloom que estava impecável. Vamos.. Onde eu guardaria uma jóia? Olho para a penteadeira. Abro as gavetas e não acho nada interessante. Abro um porta jóia mas nenhuma jóia era como aquela...Olho para um quadro que estava ressaltado. " Que clichê" penso. Tiro o quadro da frente e avisto o cofre.
- Shirtsöu arverksénhã.
A roleta de combinação do cofre gira lentamente até o último número quando sinto um puxão e sou jogada violentamente contra a parede.
- Sumirets donkar
Apareço respirando alto vendo Alex me olhar sem entender.
- Alex! - O abraço.
- Blaire onde você estava? Você está machucada?
- Não não eu estou bem - pego ar - E por mais que eu queira eu não posso te contar onde eu estava. - seu semblante se entristece - mas Alex - passo minhas mãos em seu rosto - Eu estou bem.
Ele suspira aliviado.
- Pode ao menos me dizer o que está aprontando? - Ele se afasta e aponta para o cofre aberto.
- É que eu preciso pegar algo emprestado, Alex eu não tenho tempo de te explicar mas preciso que confie em mim!
Ele me olha e não diz nada. Abro o cofre e pego uma caixa de jóia que tinha os brincos, olho para o resto das coisas que não são interessantes, dinheiro, carta de território, documentos, a verdadeira árvore genealógica da família Woods. O quê? Quando eu ia fazer qualquer movimento Alex fecha o cofre desconfiado. Eu também estaria se fosse ele.
- Alex.. Eu.. obrigada! Te devo uma. - digo saindo do quarto de Bloom e indo para o meu quarto. Coloco a jóia na mala e saio pela janela quando sou impedida por Alex.
- Mas o quê você está fazendo? - me debato quando ele me põe de frente para ele de volta ao quarto.
- Blaire eu não posso te deixar sair assim.
Suspiro, olhando para aqueles olhos lindos e seu sorriso tira calcinha ri de mim mesma na primeira vez que o vi.
- Senti sua falta Alex. - digo o surpreendendo.
Ele sorri sem mostrar os dentes.
- Eu também senti a sua.
Eu não sei porquê eu tinha dito aquilo assim, mas era verdade. E também não sei porque mas eu queria beija-lo eu não queria deixá-lo assim desconfiado depois de abrir o cofre dos pais dele e sair sem mais nem menos. Eu queria deixar algo para que ele confiasse em mim tanto quanto eu confiava nele.
Me aproximo dele largando a a haste da mala e a deixando cair, minhas mãos sobem contornando seu belo rosto ele olha nos meus olhos vendo a certeza de que eu queria fazer aquilo então ele me puxa pra si selando nossos lábios, seus lábios eram macios e quentes, sua língua passeava ardentemente pela minha boca com desejo de mim e eu não podia negar que eu tinha desejo dele.
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Meu Alfa Original
WerewolfApós a mãe adotiva de Blaire morrer, ela é enviada para a casa de seus tios biológicos que nada mais são do que braço direito da família dos originais puros. Os originais são os primeiros lobos da terra, os mais cruéis e poderosos que já existiram. ...