Série Os irmãos Backar- Amor sentido (Milady) -livro EXTRA

Ele Insistente

Texto sem quaisquer revisão!

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"Os sonhos mais lindos sonhei

De quimeras mil um castelo ergui

E no teu olhar, tonto de emoção

Com sofreguidão mil venturas previ

O teu corpo é luz, sedução

Poema divino cheio de esplendor

Teu sorriso prende, inebria e entontece

És fascinação, amor"

--­ Fascinação, Elis Regina

-Mas as gêmeas precisam gravar uma demo ainda essa semana, Antônio conversou comigo na terça, ele acha que Ana e Angélica deveriam gravar uma música própria e cantar as outras cinco de outros artistas, assim seria mais fácil ficarem conhecidas no ramo.

-Faça o que achar melhor.

-Você só sabe repetir isso há duas horas amigo, o que você tem? – Eduardo o questionou com um sorriso divertido, Paulo desviou os olhos claros para a deslumbrante vista de toda São Paulo pelas paredes de vidro elegantes do restaurante Terraço Itália. – Não te vejo assim desde a faculdade.

-Ele com certeza está lembrando de alguma mulher. – Samanta Braga, que até aquele momento trocava mensagens com as amigas, inclinou-se divertida. – Homem quando para de dá atenção ao trabalho só há um motivo: mulher.

-Não é nada disso, só estou cansado.

-Você cansado? – o Vagner riu alto do amigo. – Você não para de trabalhar nem na véspera de natal, passa as férias todas falando de projetos e planos para o trabalho e dorme sonhando com gráficos e estatísticas. Posso começar a concordar com Sam?

-Não seja chato. – Paulo reclamou esfregando a testa e os olhos. – Mal tenho tempo para almoços de negócios, como arranjaria tempo para encontros? Deixo isso para os mais jovens, meu tempo de correr atrás de pernas de saias já passou.

-Credo homem, nem o velho Estevão fala assim. – Eduardo voltou a rir imaginando o pai ouvindo as lamentação do Gandia, sem sombra de dúvidas seu velho riria muito. – Mas que eu me lembre, não foi quarta passada que Jonathan Backar nos procurou para irmos a Space Dance ouvir a mãe dele tocando? Você foi no meu lugar, não é mesmo?

-Fui. – respondeu sem apresentar detalhes.

-E então, cara, a prima do meu pai é mesmo boa? Ele me disse que ela encantava a plateia com sua voz incomparável, eu não queria ter perdido. – Eduardo lamentou e sorriu para Samanta que o encarou de canto.

-Acredite, você não sabe o que perdeu. – Paulo comentou cruzando os braços e inclinando-se sobre os mesmos, seus olhos vagavam pelos picos dos prédios e arranha-céus da cidade, mas sua mente vagava em mares negros, mares pertencentes a olhos inesquecíveis. – Ela é... indescritível, nossa, ela é maravilhosa.

-Maravilhosa? – Eduardo esforçou-se para manter-se sério – Estamos falando da voz ou da aparência de Catarina?

-Da voz, obviamente. – Paulo pigarreou recostando-se no encosto da cadeira e tomando a taça de vinho entre os dedos e a levando aos lábios.

-Espera, vocês estão atrás de Catarina Backar?

-Dias. – Paulo corrigiu Samanta e voltou a pigarrear desconfortável.