Série Os irmãos Backar- Amor sentido (Milady) -livro EXTRA

Ele Contrariado

Conhecemos o cavalheiro e apaixonado Paulo, agora é a vez do temido Herval que fez por merecer a fama de carrasco que o persegue. Eu tentei apresentar eles a vocês da foma mais natural possível, mas para conhecer profundamente Herval é mais difícil do que eu julguei, ao menos teremos conhecimento da sua rotina e de como ele age em determinadas situações.

Boa leitura!

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Quando saiu do elevador após sua discussão com alguns dos filhos presentes, Herval voltou para a área social e não viu Catarina, contrariado julgou que ela havia ido fazer compras ou algo semelhante e ligou para seu telefone.

Com muita raiva pegou seu carro e foi para a Sex And Sex sem nem ao menos preocupar-se em como ela iria para casa, ela havia saído sem avisar, que sofresse as consequências. Trabalhou durante todo o dia sem descanso e irritado, ao fim da noite saiu do forte em direção a sua mansão na zona norte, Catarina não perderia por esperar.

Dirigiu até a mansão e ao entrar retirou o terno, seguia subindo em direção ao quarto da mulher quando Kátia veio correndo ao seu encontro.

-Ela não está, senhor Backar.

-De quem está falando, mulher?

-Da senhora Catarina, ela não voltou para casa.

Herval parou certo que ouvira errado.

-O que me dizes, Katia?

-Me pediu que o mantivesse a par de tudo sobre sua ex esposa, senhor, ela não veio para casa após sair essa manhã, nem ao menos um telefonema. - a voz dissimulada da sua secretária o irritou, subiu as escadas furioso e já em seus aposentos se despiu e entrou no chuveiro.

Após tomar um longo banho e vestir seu robe de seda azul sobre o pijama de mesmo tecido, ele atravessou o corredor e desceu as longas escadas da imponente mansão em direção ao seu escritório. Serviu-se de uma dose de rum e sentou em sua cadeira de couro enquanto degustava a refinada e forte bebida.

Seu escritório era tipicamente inglês, com as paredes feitas de madeira envernizada, a mesa de centro, as instantes e sua mesa de uma madeira bem lustrosa e escura e todos os sofás, poltronas e cadeiras em estofado de couro vinho. Na parede onde ficava a porta, prateleiras repletas de livros em toda a suma de assuntos, uma única janela em formato ovular com o arco diagonal e do lado oposto a mesma duas portas que davam em uma sala privativa.

Se estava em outro país, não se negaria a ter toda a elegância, conforto e requinte que apenas um inglês sabia ter.

Abriu sua caixa de charutos e cortou a ponta de um deles com uma guilhotina antes de leva-lo aos lábios, o acendeu com um isqueiro a gás e permitiu, somente então, pensar na atitude insolente da sua esposa.

Catarina poderia parecer submissa e obediente aos olhos dos brasileiros acostumados a outros costumes, mas ambos sabiam que ela nunca conseguiu comparar-se a uma esposa inglesa de berço.

Sua rebeldia fora completamente esquecida nos primeiros anos de casada, Herval não sabia bem ao certo, mas ela saiu do seu completo controle e passou a tomar certas atitudes que não lhe agradavam.

-Insolente. - murmurou em sua primeira língua enquanto degustava o gosto penetrante de seu charuto elegantemente. Era um homem tradicional e de certos costumes rústicos, conseguia acostumar-se a certas modernidades que o cercava, mas uma esposa desobediente era algo que ele jamais admitiria.

-Senhor, não deveria deitar-se? Já passam da meia noite. - observou arrogante sua secretária em sua falsa inocência, a camisola indecente com um decote acentuado, seus seios feitos através de plásticas, os lábios pintados de rubros e os longos cabelos loiros. - Gostaria de mais alguma coisa?