Sentimentos a flor da pele

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Herval foi tomado por uma emoção intensa quando despertou naquela manhã. A sensação do calor e das formas femininas de encontro ao seu corpo, os longos cabelos dela sobre seu braço e peito e a respiração suave em seu pescoço lhe provocavam um estremecimento.

Não havia nada entre os dois e sentir a pele cremosa e macia lhe trazia uma sensação completamente diferente de todas e assustadoramente agradável. Ele imaginava que era a tal felicidade, mas não importava o nome, apenas o que o levava a sentir.

Suspirou acariciando as costas nuas esguias com as palmas e encostou o rosto no dela tocando a profusão bagunçada de cachos com um sorriso.

– Hm. – ela exclamou sonolenta.

– Não era minha intenção acordá-la, Anjo.

– Bom dia. – ela respondeu suavemente e ele sentiu a mão delicada acariciar seu peito. – Quem imaginaria que seria tão agradável dormir com você?

Ela brincou e ele sorriu tocando a cintura fina.

– Anjo, o que é a felicidade?

Perguntou incerto e sentiu ela afastar o rosto.

– Um estado de espirito elevado, estaria ligado ao bem-estar físico e emocional, a satisfação e a plenitude.

– Reconheço partes disso em mim, então acho que isso é sentir felicidade, verdade?

Ainda confuso questionou e sentiu os lábios macios em sua bochecha.

– Acredito que sim, Herval.

– É se sentir eufórico, pleno, agitado, completo?

– Eu acredito que pode colocar tudo isso na caixinha da felicidade.

– Apenas sinto isso com você. – sussurrou.

– Muito obrigada, mas precisa encontrar outros modos de viver além de mim também.

– Entendo.

Não ia discutir com ela e estragar o momento, mas sabia que ela era toda e unicamente sua felicidade e nada mais.

– Eu vou precisar ir trabalhar.

– Sei.

Confirmou subindo suavemente pelas costas femininas, a sentiu arrepiar-se sob seu toque e sorriu.

– Fala em trabalho mas continua completamente voltada para mim.

– Hm, arrogante.

Ele riu e sentiu os lábios nos seus, subiu a mão até os cabelos cheios e a manteve ali enquanto a beijava profunda e lentamente.

– Vou precisar de ajuda no banho. – soou o mais inocente que pôde.

– Você é impossível.

. . .

Depois de ajuda-lo com o banho – que verdade fosse ele daria conta sozinho – e tomar o seu, ela o fez sentar na tampa do vaso e com calma passou a cortar sua barba diminuindo no volume. Ele a sentia concentrada, por isso subia e descia as mãos pelas pernas femininas vagarosamente, apertando as coxas e a trazendo para mais perto.

– Eu estou com uma tesoura muito perto do seu rosto, você que sabe se deve continuar a me distrair. – ela o alertou .

Ele sorriu levando as mãos as carnes firmes da bunda e a trazendo para o calor do seu corpo.

Ela inspirou.

– Eu juro que deixo sua barba incompleta se continuar a fazer isso.

– Termina então, Anjo, não quero desconcentrar você. – sorriu descaradamente.

Série Os irmãos Backar- Amor sentido (Milady) -livro EXTRAOnde histórias criam vida. Descubra agora