Fragrância pecaminosa

22 1 0
                                    

Ela entra no banheiro com seu corpo coberto por apenas uma toalha branca. Caminha lentamente até a chuveiro. Enrosquei-a a torneira deixando a água sair, fazendo com que sua frieza seja quebrada. Desprende a toalha com uma das mãos deixando-a cair ao chão. Virasse, ficando frente-a-frente a um espelho que reflete seu corpo nu cheio de curvas e seus longos cachos castanhos que cobre toda as suas costelas despidas. (Admirasse).

Com passos lentos ela se direciona até o chuveiro. Coloca primeiro a perna direita, deixando a água percorres toda sua coxa torneada. Em seguida junta as duas mãos formando uma concha, conduzindo-a até a chuva produzida por aquele chuveiro. Enche toda a sua mão de água e despeja em todo o seu rosto, dando-lhe a sensação de alivio. (Suspira).

Logo após o "suspiro" vem átona um montão de coisa que coisas. Com os olhos fechados ela lembrou do trabalho e do motivo que vinha constantemente a deixando excitada, o seu chefe. Um homem cuidadoso com o seu corpo, cuidadoso com sua aparência. Nem tão velho nem tão novo, na idade ideal. Com uma barba sempre bem-feita e um perfume de tirar qualquer uma do sério. Ela desejou ter seu chefe ali naquele momento, tocando seu corpo, deixando a água escorregar pelos seus corpos despidos, conduzindo-a em uma dança misteriosa que eles poderiam chamar de "sexo".

Ela entrou naquela chuva com a sensação de estar sendo observada, apreciada. Era como se uma presença pausasse as atenções todas para ela. Ela era a estrela daquele espetáculo.

A água do seu corpo escorria lentamente em direção ao chão. Cada gota ia se esquivando das cavidades e com os olhos fechados ela balançava o cabelo como se estivesse em um comercial de shampoo. A água ia tocando seu cabelo e desembaraçando todos os seus cachos, os deixando ainda mais longos. Com a mão direita ela deslizava o sabonete sobre seu busto, seus seios fartos pulavam em câmera lenta e seus olhos os assistia atenciosamente. A mão esquerda arranhava sua barriga em forma de círculos. Com o corpo todo ensaboado ela cantarolava uma música do Caetano "Canção de amor". Seus pensamentos todos chamavam por um só nome, por uma única pessoa, por um único desejo, seu chefe.

A chuva ia caindo e ia limpando todo o sabão do seu corpo, ia tirando toda impureza que estava rente a sua pele. Ela já finalizava o banho e o desejo continua assombrando seus pensamentos. Ela continuava a cantarola a música... enxugou-se, pôs a roupa que já estava a sua espera em cima da cama, penteou o cabelo, colocou seu perfume da sorte e foi embora trabalhar.

Antes de sair de casa fez o sinal da cruz e o primeiro pé a ser posto ao chão da calçada foi o direito. Ela queria que o dia começasse bem. Quem sabe ter a sorte grande de ser notada, ou quem sabe elogiada. O perfume que um dia já foi chamado de "fragrância pecaminosa" tinha que trazer sorte a ela, pois não ela pensou duas vezes quando resolveu despeja-lo todo em seu corpo. O decote que por milhares de vezes já foi muito criticado pelas mulheres e elogiada pelos os homens tinha que trazer alguma sorte a ela também, pois suas ideias já estavam se esgotando e aquele decote era o mais longe onde ela poderia ir. O seu chefe tinha que reparar os atrativos daquela mulher de um jeito ou de outro. A sua libido já não aguenta mais gritar pela atenção daquele homem.

Os quatro cantos da casaOnde histórias criam vida. Descubra agora