Capítulo três - O Reencontro

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Sebastian

"Sebastian..." – Gabriela disse num sussurro.

Ela estava pálida, por um momento achei que ela iria desmaiar então em passos largos fui ao seu encontro caso ela desmaiasse, mas parei na sua frente incapaz de toca lá.

Gabriela me olhava incrédula assustada e vi seus olhos se enchendo d'água. As lágrimas desceram molhando seu lindo rosto, ela continuava linda, aliás, mais linda que nunca.

Fechei os olhos para sair daquele surto e o que eu me senti fez tremer, sua presença mexia comigo, meu coração estava descompassado e existia um sentimento que eu só conseguia identificar como aflição, angustia ou frustração não sei ao certo explicar.

Então sem que eu esperasse Gabriela me abraçou pela cintura, chorando copiosamente. Eu fiquei congelado não conseguia retribuir nem afastá-la.

"S-e-b-a-s-tian... é v-o-c-ê, não é possível!" – Gabriela chorava tanto que eu não conseguia falar nitidamente aos meios dos soluços, minha camisa estava molhada com suas lágrimas.

Eu tinha que tomar as rédeas da situação o cheiro dela me confundia e não me deixava pensar direito. Eu tinha que me afastar dela. Gentilmente eu soltei os braços dela da minha cintura, afastando a de mim, precisava ficar longe. Caminhei até a janela a ouvindo chorar agora de maneira mais contida. Fechei os para organizar meus pensamentos.

Durante tanto tempo eu ensaiei tudo que eu iria dizer a ela o quanto iria humilha lá, falar o quanto eu a desprezava, mas eu simplesmente não esperava esta reação dela. Como se ela realmente tivesse sentido minha falta. Respirei me acalmando procurando resgatar todo meu ódio para poder repudiar aquela mulher.

"Sebastian, fala alguma coisa! Por favor, me explica o que aconteceu por que você foi embora do nada? Por que não me procurou?" – Sua voz era desesperada.

"Chega!" – Foi o que eu consegui dizer.

"O que? Como "chega"? Você não tem idéia do que eu passei!"

"Já disse chega!" – Desta vez minha voz saiu alta.

Gabriela se calou e ficou me olhando assustada, eu nunca tinha falado nada mais ríspido com ela nunca. Mas eu não ia deixar ela me manipular novamente me cegar. Ela iria me pagar por ter me usado da maneira que ela me usou.

"Sebastian, por favor, explica o que esta acontecendo!"

"Isto tem que acabar!"

"Isto o que Sebastian?"

"Este seu teatro! Você fingir que não sabia o porquê eu fui embora" – Pronto meu ódio voltou. Agora sim eu conseguiria fazer o que me propus.

"Mas do que você esta falando?" – Por um minuto o desespero da voz dela quase tocou meu coração, mas eu tinha que ser forte.

Aquele Sebastian morreu. Agora eu não deixo mais ninguém me fazer de idiota. Tornei-me implacável e agora meu ultimo xeque mate esta na minha frente.

"Olha eu não sei o que você pensa de mim, mas Já que insiste em fingir que não sabe de nada sobre o que aconteceu há seis anos, vou entrar no seu jogo." – Fiz sinal para que ela se sentasse, Gabriela olhou para o sofá e depois para mim e com os movimentos lentos e confusos se sentou no sofá. Olhando de longe imaginaria que ela estava confusa. Suspirei e sentei ao seu lado mantendo certa distancia, ela me distraia muito. - " Então eu irei explicar o que aconteceu nos últimos seis anos."

Por um momento pude a avaliar e realmente parecia abatida, surpresa, aquilo não parecia fingimento. Mas quando ficamos juntos quando ela se entregou para mim também não parecia fingimento. Que tipo de pistoleira entrega sua virgindade ao homem que vai roubar?

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