Capítulo IV

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Um motorista foi nos pegar no aeroporto, o trajeto até a nossa nada humilde residência no Jardim Europa, foi tranquilo, o portão foi aberto pelo segurança e o carro estacionado no subsolo. Eu adoro essa casa. Sinto falta daqui. Seguimos para o térreo e entramos na sala de estar, achei que minha mãe pudesse está num dos dois sofás grandes, que ficam de frente um pro outro. Observei ao redor, me sentindo em casa. Nunca fui nostálgico, nem tenho idade para ser, mas a ampla sala com a maioria das paredes de vidro me fizeram senti saudade do perigo de poder está sendo vigiado enquanto estava com alguma menina na piscina. Elas fingiam que não queriam, mas ficavam loucas ao sentir meus dedos invadindo seus biquínis, disfarçadamente.

— Chegamos! — gritei.

— Discreto — meu irmão falou.

Minha mãe apareceu, saindo da cozinha. Sorriu imensamente ao nos ver. Foi até a Thalita primeiro.

— Querida! Estava com saudades, tudo bem? — Beijou seu rosto.

— Tudo ótimo. A senhora cada vez mais linda. Os filhos tem a quem puxar.

— Obrigada, cunhada. Mãe, pode largá-la por favor? Soube que estava morrendo de saudades de mim — ela beijou o rosto do meu irmão antes de me abraçar.

— Filho ingrato. Como pode esquecer que tem mãe desse jeito? — ela me apertou com força. Seu cheiro de rosas me fazendo sorrir.

— É o trabalho, mãe — ela me bateu.

— Só tem uma semana que você é presidente! Além disso, eu soube que esteve em São Paulo no fim de semana passado...

Como ela descobre essas coisas?

— Ah, então era aqui o seu céu? — Fernando me encarou.

— Mano, leva sua gata pro quarto. Ela ta com cara de quem quer...

— Descansar — Thalita me interrompeu — obrigada por notar, Felipe.

— Subam! O pai de vocês deu uma saída, mas volta já. Estou vendo as coisas pro jantar, depois que a Nanda me levou a Dita ainda não achei ninguém para ser mordomo e coordenar as coisas. Depois do jantar a gente poderia ouvir você Lipe... sinto falta do seu barulho, mais ainda da sua voz.

— Nunca ouvi você cantar, Felipe!

— Meu irmão ficou com medo de te perder para mim, aí proibiu que eu abrisse o bico — pisquei — Hum, combinei uma balada mãe...

— Felipe achei que você tinha vindo ficar comigo — choramingou.

— E vim, mas a Gabi disse que tava sem companhia e eu me ofereci. Prometo que acordo cedo e fico com a senhora — beijei seu rosto.

— Seu pai não vai gostar dessa saída...

— A Thalita distrai ele para mim, né cunhada?

— Eu?

— Vamos levar nossas coisa lá pra cima, descemos já, mãe.

— Eu ajudo a senhora na cozinha... — a advogata se prontificou.

— Não precisa querida, as meninas estão dando conta, eu só estava inspecionando e conversando sobre as receitas.

Fui até o elevador e apertei o botão, fazendo a porta abrir.

— Fedelho sedentário.

— Vai de escada então atleta — fechei a porta do elevador quando a Thalita entrou e o deixei do lado de fora.

CARPE VITA - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora