O Assassino

Bônus - Líz Abrantes

"E silenciando a voz, a alma e o coração, (falou): "Estou amando". E eu, cego, (vi) e não percebi...
(Jailson F. De Oliveira)
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Eu vejo o quanto os problemas te deixam sufocado. Da para ver em seus olhos , a agonia e o desespero de finalizar a situação que se encontra. Tantos problemas em conjunto.

Naquele momento em que saímos da empresa , eu sentir que algo estava errado. Obtive a certeza, quando vir vários homens armados ao nosso redor. Olhei para John e seus olhos estavam vidrados nos homens, é como se ele calculasse cada passo. De repente, ele olha para mim.

John: Quando eu falar "Já" , eu quero que você corra, apenas, corra e se esconda. Sei que lida com armas,assassinato, mas acredite, isso aqui é bem pior do que você já viu - diz bem baixo

Olho em seus olhos por um instante, logo ele desvia os deles.

John: Já ! - grita

Ao escutar a curta palavra, eu corro. Como agente, sou investigativa em questão de avaliar o caso, como assassinatos mas não essa situação.

Com a respiração ofegante, apoio a mão esquerda no joelho e a direita em meu peito. Assim que me posiciono , vejo um homem marchando em minha direção. Sinto um pequeno suor se formando em minha testa.

"Usa o que aprendeu em seu treinamento"

Minha mente alerta - me , e em automático lanço um golpe fazendo a arma ser afastada. O homem me olha de uma maneira que faz um calafrio percorrer o meu corpo. Ele segura o meu pescoço levantado - me , sinto o ar escapando dos meus pulmões. De repente, vejo uma lâmina cravar em seu ombro e nesse momento ele me larga.

Olho para John, mas só consigo ver fogo ao seu redor, da cabeça ao pés. Eu via fogo saindo dele a cada lâmina lançada e cada facada que ele dava no homem. Raiva. Raiva era o que consumia-o.

Quando vir o sangue jorrar do pescoço do homem, é como se eu tivesse levado um choque.

John me chama e meus pés andam automaticamente.

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Já faz três horas que ele dirige e finalmente encontrou um lugar "adequado" para passarmos a noite.

Quando entro no quarto, o meu corpo só pedia um banho. Tão aflita pelo o que os meus olhos presenciaram, o meu pensamento levou - me longe.

Quem é esse homem ?

Eu não encontrava a definição para ele.

Em transe, desço lentamente a alça do sutiã. A minha alma divaga. Os meus seios fartos davam sinal de vida. Sentia minha região queimar.

Entro no chuveiro, com as duas mãos cruzadas sobre a parede , a cabeça baixa e a água deslizando sobre o meu cabelo , fazendo uma trilha até os meus pés.

Sinto a minha pele queimar.

John: Será que seu corpo é tão macio quanto a sua boca - diz malicioso

A sua voz faz com que eu perca todos os sentidos.

Desligo o chuveiro , e viro - me. O meu peito sobe e desce de antecipação, ao pensar em como será a sua mão em meu corpo.

John: Será que o sabor do seu corpo é melhor , principalmente do seu mel ? - dizo rouco em meu ouvido e eu arfo

"É isso mesmo que você quer?"

Meu subconsciente pergunta. A verdade é que eu nunca tive tanta certeza como tenho agora. Nenhum homem fez com que o meu corpo traísse o meu cérebro , como ele faz. Um desejo intenso se mistura entre nós. Sinto a distância , apenas com um único olhar.