O Assassino

13 Capítulo

"Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite".
(Clarice Lispector)
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As minhas mãos estavam trêmulas, e a minha mente girava em várias possibilidades, mas não sabia pela primeira vez o que fazer.
Arrependi-me por ser tão fraco naquele momento. Por ter deixado ela escapar pelas minhas mãos, e são tantos inimigos cravados em minhas costas que não saberia dizer quem levou ela, mas aquela voz ainda ecoava nos meus ouvidos.

Sair , e fui procura-la pela floresta , gritando seu nome afim , de que me escutasse.
Se acontecesse algo de ruim com ela ,jamais eu me perdoaria.

"Calma John. Calma!"

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Três dias se passaram. Três dias sem dormir direito. Três dias sem comer direito.Três dias que procurei ela em tantos lugares. Três dias que não há vejo. TRÊS DIAS.

A minha mente está apertada , e me sinto despedaçado. A raiva está aqui presa no meu interior, gritando para se libertar.

Quando abro a porta do quarto , do hotel, as lembranças vêm forte. E a falta dela chega a ser incômodo.
Olho pela janela , e vejo que o dia já está indo mais uma vez. Sinto uma vibração no meu bolso , e vejo que o meu celular toca.

(Ligação)

- Primer !

- Quem é?

- Sua amada , é encantadora.

- Seu desgraçado! Cadê ela ?

- Um avião, estará levando ela as dezenove horas. Não pense que é gratidão Primer , apenas estou entregando-a para ver até onde o seu atrevimento vai. Em breve , iremos se ver!

(Ligação finalizada)

Não sei quem é ele, mas ele deve saber quem sou eu. Acontece, que isso não é importante, o que é realmente importante e vocês devem anotar é que , no dia em que eu me bater com ele frente a frente , eu atravesarei uma adaga em sua cabeça!

Antes de sair do Hotel  arrumo tudo. Pego os meus armamentos e levo em meus ombros.

O ódio circula em minhas veias. Decidido , entro no carro e dou a partida.

Estaciono no aeroporto, e saio do carro com uma faca. Vejo um avião parado , e me aproximo lentamente. Dois homens trajados ,largam algo no chão e sobem para o avião.

Quando chego mais perto , o avião já estava em um local bem alto. Olho para o chão e vejo seu corpo largado , acompanhado de um roupão branco.
Pego-a em meus braços, e sinto o quão é confortável sentir seu calor novamente.

Coloco-a no carro , e sigo o trajeto.
Concentrado no volante, começo fazer uma análise, e percebo que o homen que conseguiu captura-la é de fora do país, e isto deixa em evidência , que ele possui informantes vijiando-me, mas quem é esse homen ?

Interrompo os meus pensamentos, quando encontro um outro hotel para me hospedar. Saio do carro , e a carrego. Depois de passar pela recepção, sigo para o quarto.
Lentamente deposito Líz sobre a cama. Coloco a cadeira perto da cama e me sento.

Olho-a, e percebo que em algumas partes de seu corpo há manchas. Aperto as minhas mãos, e sinto o meu sangue ferver. Isto , não deveria ter acontecido. Ninguém pode tocar nela. Ninguem! Mas alguém tocou nela. Alguém mecheu com a minha Líz, porque eu fui fraco demais. Eu fui levado pelas minhas dores e me tranquei a elas.

Agora estou aqui contemplando o meu erro, mas um dia tentarei acertar o que errei. 

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O sol nasce , e eu permaneço, no mesmo lugar. Nesta cadeira , a espera que ela acorde. Os meus olhos nem descansaram , só para ter certeza de que dessa vez ela estava segura. 

Ela se meche lentamente pela cama , embolando o lençol pelo seu corpo e de repente ela salta. Assustada ,olha para mim e começa a andar de costa.

Líz: Onde esto..ou ? - diz nervosa

John: Calma Líz, sou eu John! - digo e tento me aproximar

Ela olha para mim por um instante e corre para os meus braços.

Líz: Jhon - diz em lágrimas

Aperto ela em meus braços, e sinto suas lagrimas molhando a minha camisa e percebo ,o quão grave foi meu erro ,pois sinto ela tremer levemente.

Líz: Eles... eles - diz em meio ao soluço

John: Shi... descanse , depois conversamos - digo e deposito-a novamente na cama.

Quando ela se ajeita na cama, percebo que a um corte profundo em suas costas, mas está costurado.
E isso , faz-me tentar imaginar o que fizeram com ela.

Cansado , coloco as mãos na cabeça e respiro fundo.

Levanto a cabeça quando escuto o telefone tocar, e resolvo atender.

- Alô?

- Senhor , o seu pedido já está subindo.

- Mais eu não solicitei nada!

...

Entro em alerta e procuro minhas lâminas. Rapidamente analiso , e lembro que Líz se encontra dormindo, então, saio do quarto e fico ao lado.

Vejo dois homens se aproximando, determinados e trajados.
Procuro as lâminas, e no mesmo movimento que lanço uma , um dos homens se abaixa. No entanto , a lâmina atravessa o pescoço de um , em que o mesmo cai na hora.
O outro ao se levantar , olha diretamente para mim. Com duas lâminas em mãos, eu as lanço em sua direção.

Chego mais perto , e ele arranca uma das lâminas e joga ao chão, e vem em minha direção.

Rapidamente , acerto a sua costela e no impulso ele acerta o meu rosto. Certamente , ele acordou o que ainda se encontrava dormindo.

Uma ira , se explodiu dentro de mim e descontrolado e eu dava golpes e mais golpes sem parar, e quando finalmente cansei , o homen tinha o seu rosto deformado no chão.

Arrastei os dois pelos chão, e procurei coloca-los em algum lugar. Volto para o quarto, e ela já não está na cama e sim no banho.

Tiro a minha blusa , e sento na cadeira com as mãos melada de sangue  e o rosto tambem. De repente, escuto a porta se abrir e vejo Líz saindo do banheiro.

Olho para o seu rosto , e vejo os seus olhos cheios de lágrimas. 

John: O que foi Líz? - pergunto

Líz: Você, John. Você me prometeu John. Prometeu que me protegeria , e eu fiquei me perguntando onde estava você, quando aqueles homens me batiam. Onde estava voce John? - Diz gritando e se desaba em lágrimas

Eu não tive reação, apenas paralisei ao ouvir o que ela disse, e fiquei vendo ela jogada naquele quarto, chorando.

Vir a sua última lagrima descer , e ela tocou em seu colar e depois olhou para mim , com os olhos avermelhados.

Líz : Eu vou embora Jhon!- diz  apertando firme o colar que se encontra em seu pescoço.