•Promessa•

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Não sei quanto tempo passou, eu esperei por ele. Pensei até em andar pelo o quarto para conhecer mais sua personalidade. Mas quando vi que já passava de meia hora que tinha entregado o bilhete, o meu coração começou a murchar.

Rolei na cama, sentido o cheiro másculo do seu perfume empreguinado nos lençóis macios. E depois dormir, sim, adormeci com uma tristeza enorme.

Ao acordar, olhei para todos os lados e vi que já era a noite. O quarto permanecia escuro, mas a janela que mostrava um pouco de claridade já não clareava mais.

Ao perceber que fui abandonada, e fiquei feito boba em seu quarto, lágrimas rolaram dos meus olhos. Eu não queria que aquilo acontecesse, mas a dorzinha no coração insistia em machucar cada vez mais.

Nua, levantei-me caçando minhas roupas que estavam ao pé da cama. O quarto estava em silêncio, o meu corpo tremia um pouco de frio... Minha alma estava congelando cada dia mais, com cada rasteira que levava.

Droga, será que amar era sofrer? Chorar?

Eu não queria isso!

Quando era criança, Karina lia histórias tão belas, de pessoas que conheciam o amor e eram felizes. Eu queria ser igual aquelas pessoas, ser iluminada para ter algo grande.

Poderia ser considerada louca, sem juízo.... Mas no fundo, eu tinha um coração, era uma mulher que queria ser amada.

Coloquei minhas roupas rapidamente, passei a mão no rosto e limpei qualquer lágrima que passou por ali. Andei até a porta quase correndo.

- Aonde pensa que vai? - a voz soo alto o suficiente para o meu corpo perder a compostura e tremer.

Claramente não era um sonho, ele estava no quarto. Mas como não o vi?

Virei tentando não parecer afetada. Ainda muito escuro eu vi uma sombra sentada em uma cadeira do outro lado da cama.

Estava tão perdida na minha humilhação, que não o vi ali.

- Perdeu a língua? - André falou se levando e vindo em minha direção.

Suspirei com uma respiração tremula, tentei falar, mas estava paralisada.

Oh deus, eu não tinha imaginado seduzi-lo assim. Por que ele sempre estragava todos os meus planos?

- Quando tempo está aí? - minha voz saiu mais dura do que eu imaginava.

- Faz um tempo...

- Por que não me acordou?

- Preferir ficar admirando como você é bela dormindo, parece um anjo.

- Deveria ter me acordado - resmunguei e me dele.

- Por que? Pensei que estivesse com saudade do seu tio? - droga! Ele tinha que soltar aquela risada sexy de canalha? Eu era perdidamente apaixonada.

Infelizmente, como uma sobrinha fraca que sou, deixei meu riso sair e misturar com a sua risada.

- Oh, mas você demorou...

- Tive que despistar a Luciana... Ela foi embora só uma hora depois e os outros convidados também.

- Droga, esqueci que era seu noivado hoje. Acho que foi o sono - falei indo em direção a porta.

- Luz?

- Oi?

- Por que você insiste tanto na gente?

Eu não esperava essa pergunta.

- Por que eu vejo que você gosta também, mas tem medo. Por que meu coração palpita só de ouvir seu nome ou sua voz. Por que na maioria dos meus sonhos você sempre é o protagonista. Por que mesmo de longe eu tento cuidar de você, saber como você está. Por que eu sei que meus olhos ficam alegres quando te ver. E que você fica nervosa como estar agora, só porque minha mãos estão encostando em seu rosto. Eu definitivamente não sei o porque desse sentimento por você, mas ele é o mais intenso e verdadeiro que eu sentir por alguém.

Confessei sem medo, cada palavras fiéis aos átomos que existia em meu corpo. Mesmo no escuro vi os olhos do André brilharem.

Ele se aproximou e tocou meu rosto. Deixei ser tocada suavemente, como se fosse quebrar.

Deixei ele passar seu nariz pelo o meu rosto, e depois encacha-lo em meu pescoço. Suas mãos brincaram com o meu cabelo. Logo depois sentir seus lábios selando os meus.

Cada célula do meu corpo entrou em combustão. Meu sangue ferveu e minha deusa estava dançando bang da Anitta de tanta felicidade.

Aquilo era mesmo real?

Deixei para pensar depois.

Encostei meu corpo no seu, subir minhas mãos para sua nuca e com as mesmas balancei seu cabelo loiro.

Não desgrudávamos, como se o encanto fosse acabar a qualquer momento.

Meu corpo começou a esquentar, e um gemido escapou dos meus lábios.

Sem falar nada, puxei sua blusa pela a cabeça. Suas mãos foram para os meus seios, mas eu afastei.

Beijei seu ombro, depois desci por sua barriga definida deixando rastros de mordidas e chupadas, sua cabeça estava jogada. André parecia estar em outro mundo.

Tirei sua bermuda sem deixar de beijar, e acariciar. Dei um beijo em cima da sua cueca branca.

- Meninaaa - ele alertou com aquela voz rouca.

- Calma, titio!

Desci a cueca e lambi os lábios com a visão que tive. Senhor, André era o pecado em pessoa.

Seu pênis era tamanho médio, mas era grosso e rosado, suas veias estavam visíveis. Era uma coisa bonita de se ver.

Sem falar, passei minha língua por toda a extensão. Assim suas mãos foram para o meu cabelo, ele não me guiava, apenas tinha apoiado elas ali.

Lambi seu membro devagar, sem pressa. Só escutando seus gemidos baixos.

Depois chupei a cabeça, sem deixar de acaricia-lo. Estava deixando meu tio louco da vida.

Suas mãos começaram a puxar meus cabelos com força, e eu estava altamente excitada.

- Jesus - ele silabou quando comecei a chupa-lo rapidamente.

Meus movimentos continuavam.

- Luz, pare!!- ele pedia, mas eu não queria.

Até que eu sentir o jato quente em minha garganta. Engoli e depois guardei o meu brinquedo pecador favorito.

Sorrindo, levantei e beijei seus lábios calorosamente. O fogo estava aceso em mim.

Sentir suas mãos puxarem o meu vestido, mas o parei.

- Não! - disse.

- Por que não? - perguntou confuso.

- Você está noivo.

- Luz, você acabou de fazer uma coisa e eu já estava noivo.

- Você me ama? - perguntei.

- Que pergunta é essa? - perguntou passando a mão no cabelo.

- Ótimo, já sabia que não ia responder. Quando você finalmente deixar de medo, e conseguir demonstrar seus sentimentos, eu entrego meu corpo mais uma vez para você. Mas agora, você só terá o que eu quiser dar - falei acetímetros do seu rosto.

Ele arregalou os olhos.

- Vou me casar daqui a seis meses, Luz.

- Por amor?

André se afastou e colocou a camisa parecendo derrotado.

- Então esperarei você. Se durante esses seis meses você não mudar de ideia, eu deixo você ir. Mas eu vou lutar por você, André.

- Mas Luz.

- Nada de Luz, você só me terá por completa quando dizer as palavras mágicas.

Aquilo era uma promessa.

Beijei seu rosto e fui embora, não queria ouvir mais nada. Estava decidida. Era nossa última chance, e eu lutaria por ela, mesmo que fosse sozinha.

Bela Reconquista.Onde histórias criam vida. Descubra agora