XVI

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— Não sei se isso é uma boa ideia. — sussurro no escuro.

— Shhh, Eva. — Alex segurar minha mão firme enquanto nos guia por um lado do convento desconhecido até mesmo por mim. Ele entrar em uma salinha mas escura, em seguida estamos na rua. Isso pareceu meio com Nárnia, entrar por uma porta e sair em outro mundo.

— Posso saber o motivo do sorriso? — Alex pergunta.

— Tava pensando no filme de Nárnia.

— Você já assistiu Nárnia? — ele parece surpreso.

— É claro que eu já assisti Nárnia. — coloco as mãos na cintura e o encaro. — Pensou que quando criança, eu ficava só assistindo filme relacionada a Bíblia?

— Sim.

— Idiota. — Eu tinha uma queda pelo rei Pedro.

— Ei, desculpa por mágoa seu ego infantil. — rir.

O ignoro e olho para a rua vazia.

— Vamos ficar na calçada mesmo?

— Entre.

— Aonde?

— No carro. — olho novamente para rua e não vejo carro nenhum. Na verdade, havia sim um carro e bastante chique por sinal. Como não conhecia muito de carro, não conhecia exatamente nada, deduzir que aquele não era o de Alex.

— No carro invisível só se for.

— Tem sorte de ser tão linda Eva. — ele pega minha mão e atravessamos a rua indo em direção ao carro azul.

— Esse é o seu carro?

— Não, é alugado.

— Mas, mas ... porquê não uma moto? — iria perguntar outra coisa, mas fiquei martelando em minha cabeça de onde ele tirou tanto dinheiro para alugar um carro desse porte.

— Não gosto de moto. — ele abre a porta para mim, e eu entro.

— Moto seria mas fácil de esconder e seria menos chamativa. — ele entra no carro e ligar.

— Não curto moto, desde de criança, meu lance é carro. Você precisar ver o que eu tinha  antigamente.

— Não é mais seu?

— Não. — o carro estava em movimento mas eu não estava sentindo nada.

— Você é rico ou coisa do tipo?

— Porque? Está pensando em me dar o golpe do baú?

— Já falei o quanto você é um imbecil hoje? — viro meu rosto sem ser em sua direção. — Só espero que o dinheiro com que você alugo esse carro não seja roubado.

— Pegou pesado, doçura. — apenos levanto o dedo do meio para ele e continuo com o rosto virado. — Eu não sou rico, no entanto meu pai.

— E onde está seu pai?

— Morto. — olho pra ele. Não pelo o que ele disse, e sim pela felicidade como sua voz saiu quando disse.

— Não senti saudades?

— Não.

— Você é filho dele.

— E eu me envergonho disso. — uma pitada de medo me invade, nunca vi Alex dizer tantas palavras com tanta convicção. Ainda concentrado na estrada, ele diz: — Por isso não vou ter filhos, não vou da continuidade ao sangue dele, já basta eu carregar esse veneno em minhas veias.

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