Capítulo 9 - I don't trust You

10.8K 928 787
                                    

Deixo acima o vídeo que fiz sobre o episódio três, espero que gostem :)

Me sigam no twitter: MsScodders
Youtube: https://www.youtube.com/user/MsScodders  

▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪     

Clarke.


Lexa e eu passamos o resto da noite conversando sobre coisas banais e de vez em quando, arrancando risadas uma da outra. Parecia até que éramos normais. Regressamos aos nossos quartos juntas e reparei uma biblioteca no caminho. Antes mesmo de perguntar, Lexa me disse que poderia utiliza-la quando quisesse.
Fiquei apenas de calcinha, assim que deitei na cama, nada poderia ser mais confortável do que aquilo. A não ser, talvez, a cama de Lexa... Como a mesma tinha mencionado. Ri para mim mesma lembrando do comentário. Quanto mais tempo passava com ela, mais notava o quanto senti sua falta. Ela acima de tudo era minha amiga. Sua traição corroeu minha alma mas o que realmente me afetou, foi ter quebrado minha confiança.

Quando acordei já era dia, saltei em um pulo. Estava morrendo de fome e curiosidade pela tal biblioteca que tinha visto. Me vesti apressadamente com qualquer roupa que encontrei e abri a porta, perguntando para meus guardas aonde poderia comer. Tinha esperança de tomar o café com Lexa mas eles me informaram que a comandante estava ocupada com o treino, o que de certa forma me deixou feliz. Não queria que estivesse despreparada.

Me serviram no quarto. Comi em silêncio e em seguida pedi para visitar a biblioteca. Quando cheguei ao local, não fiz muita cerimônia e corri diretamente aos livros como uma criança. Sempre fui fascinada por eles, ainda mais por não termos tido muita diversidade na arca. Normalmente eram todos relacionados à vida espacial ou fins educativos e eu ansiava por um diferente. Fiquei feliz por ter me esforçado tanto para aprender a língua de Lexa pois todos os livros estavam escritos em trigedasleng. Um nome em particular me chamou atenção "Trigedakru - A brana houd" Talvez esse livro me contasse um pouco mais de como surgiu a cultura deles. Me aprofundei em palavras, com certa dificuldade em alguns momentos porque meu conhecimento da língua ainda não era perfeito. O sol aos poucos deixava o céu, o que me alarmou pois não percebi que o tempo havia passado tão rápido. Isso era um traço meu, me perder dentro de um livro. Já me preparava para me retirar quando Lexa apareceu ofegante na porta da biblioteca.

- Lexa? - Perguntei preocupada. - Está machucada?

- Não, estou bem. - Forçou um leve sorriso. Estava claramente exausta e talvez machucada. Foi então que caminhou até o interior do recinto com certa dificuldade, apoiando o corpo na perna esquerda.

- Lexa, é óbvio que não está bem. Venha aqui, deixe-me olhar sua perna! - Corri ao seu encontro. A fiz sentar em um dos bancos e comecei a massagear sua perna, em busca de dor. - Dói quando aperto aqui? - Falei ao apertar seu calcanhar. Ela dispensou a pergunta com a cabeça.

- Clarke, já disse que estou bem. É apenas um formigamento. - Disse ao retirar sua perna de cima da minha contra minha vontade.

- Desconcentração. É esse seu diagnóstico, Wanheda. - Indra apareceu do nada na porta, me fazendo levar um susto.

- Indra, saia já daqui! Suas palavras me ofendem! - Lexa disse entredentes mas a mulher não pareceu se importar, estava decidida à dar uma lição de moral na mais nova.

- Sairei, Heda. Mas se pretende vencer Nia, sabe que precisa se esforçar muito mais do que isso. - Antes de retirar-se, Indra fez uma pequena pausa. Se virou para Lexa com um olhar frio - Deveria chamar sua mãe por uns dias, talvez ela traga de volta sua sanidade. - E partiu. Pelo olhar de Lexa considerei que falar sobre sua mãe fosse uma coisa que a machucasse profundamente, pois parecia arrasada.

The WanhedaOnde histórias criam vida. Descubra agora