Capítulo 16 - The Final Day

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Lexa trincava os dentes enquanto abraçava os joelhos, jogando o corpo de frente para trás. Ela balançava a cabeça freneticamente, acompanhando o ritmo do corpo e sussurrava para si mesma:

- Isso não está acontecendo... Não está acontecendo...

Titus se aproximou de sua comandante, era quase como se ela não estivesse ali, estava semi viva. Ele se agachou à altura de seus olhos e a encarou profundamente.

- Heda... O que faremos agora?

Tentou restabelecer alguma ordem em sua mente e reagrupar os sentidos, por mais difícil que fosse. Faria isso por ela. Enxugou as lágrimas e se levantou abruptamente, o homem acompanhou seu movimento. Lexa respirou fundo antes de responder:

- Qualquer residente de Azgeda não sairá dessa cidade até segunda ordem! Avise a todos.

- Isso já foi feito comandante... Tomamos previdências.

Ela assentiu envergonhada. Seus súditos tinham tomados decisões por ela, que estava incapaz de ordenar algo coerente desde o que acontecera.

- Qual o próximo passo?

- Traga-me a nova rainha de Azgeda - Cuspiu no chão, em protesto ao novo título da mulher, antes de continuar - Eu e minha mãe precisamos ter uma conversa.


Mais cedo naquele dia

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Mais cedo naquele dia...


Clarke e Lexa praticamente não conversaram naquela manhã. Trocaram carícias desde o momento que acordaram até a hora de saírem para o desjejum. Acharam melhor se despedir dessa forma, fazendo amor. Lexa não pretendia treinar antes da luta, aquilo apenas desgastaria seu corpo. Aquela ação carnal com Clarke era muito mais interessante.

As duas tomaram café da manhã em silêncio, junto com Sirius. Até mesmo o menor não tinha coragem de falar. Trocaram apenas poucos comentários durante a refeição. Todos estavam satisfeitos com a  confortável ausência de palavras que se instalou, tinham muito o que pensar. Principalmente Lexa.

O futuro de seu povo sem ela parecia muito incerto. Não confiava em Nia, nem que ela faria o melhor por eles. Afinal, ela não foi a escolhida por seus ancestrais. Cerrou as mãos em punhos ao lado do corpo enquanto observava Polis pela janela de seu quarto. O ar morno que invadia o espaço arrepiava sua espinha. Ela nunca temeu a morte até aquele momento. Admitiu que fora muito injusta com seu povo. Enquanto eles rezavam, apoiavam e faziam seu máximo para ajuda-la a vencer, ela desistiu deles. Desistiu de cumprir seu papel na terra e jamais poderia se perdoar por isso. Prometeu a si mesma que dedicaria a eternidade ao seu povo e faria o máximo por eles, pois mereciam. Rezou aos ancestrais mentalmente o dia todo. Pediu ajuda e apoio, implorou para que não a abandonassem.

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