40 - Fase 2 - 13 - Dreaming With a Broken Heart

429 9 2
                                    


RACHEL POV

- Você falou com ela hoje? – pergunto a Quinn enquanto esperamos pela Mrs. Robinson.

- Falei.

- O que você disse?

- Falei que você não quer se encontrar com ela, e que eu entendo os seus motivos. Falei também que não gosto que ela aja pelas minhas costas – responde ela, o rosto impassível, sem revelar nada.

Bom.

- E o que ela respondeu?

- Ela me dispensou de um jeito que só Charlize é capaz de fazer. – Ela franze os lábios numa linha fina.

- Por que você acha que ela veio aqui?

- Não tenho ideia. – Quinn dá de ombros.

Puck entra na sala de estar de novo.

- A Sra. Theron – anuncia.

E aqui está ela...

Por que tem de ser tão atraente? Está toda de preto: calça jeans justa, uma camisa que realça o corpo perfeito e o cabelo numa moldura brilhante e sedosa.

Quinn me puxa para junto de si.

- Charlize – diz, a voz soando intrigada.

Ela me olha boquiaberta, paralisada. E pisca por um instante antes de encontrar o que dizer.

- Desculpe. Não sabia que você estava acompanhada, Quinn. É segunda-feira – diz ela, como se aquilo esclarecesse por que está ali.

- Namorada – responde Quinn à guisa de explicação, inclinando a cabeça para o lado e abrindo um sorriso despreocupado na direção dela.

Um sorriso lento e radiante, dirigido inteiramente a ela, abre-se no rosto de Charlize. É tão irritante.

- Claro. Oi, Rachel. Não sabia que você estaria aqui. Sei que não quer falar comigo. Aceito isso.

- Aceita? – questiono calmamente, fitando-a e surpreendendo a todos nós.

Franzindo a testa de leve, ela avança mais para dentro do cômodo.

- Sim, já entendi a mensagem. Não vim aqui para ver você. Como eu disse, Quinn raramente está acompanhada durante a semana. – Ela para. – Estou com um problema e preciso conversar com ela a respeito.

- Ah? – Quinn se ajeita. – Aceita uma bebida?

- Sim, por favor – murmura ela, agradecida.

Quinn serve uma taça de vinho enquanto Charlize e eu permanecemos de pé, encarando-nos desconfortavelmente. Ela brinca com um anel grosso de prata no dedo médio, e fico sem saber para onde olhar. Por fim, ela me lança um sorriso contrito e se aproxima da bancada da cozinha, sentando-se no banco da ponta. Obviamente conhece bem o lugar e se sente à vontade na casa.

Será que eu fico? Ou devo me retirar? Ah, isso é tão dificl. Meu inconsciente faz a cara mais hostil que pode na direção dela.

São tantas coisas que quero dizer a essa mulher, nenhuma delas é agradável. Mas ela é amiga de Quinn – sua única amiga -, e mesmo com todo o ódio que sinto, sou educada por natureza. Decido ficar, e me sento no banco que Quinn desocupou com o máximo de elegância de que sou capaz. Quinn serve mais vinho em nossas taças e se senta no banco entre nós duas. Será que Quinn percebe como está situação é embaraçosa?

My Dark WordOnde histórias criam vida. Descubra agora