17 - All I Want

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A chama da vela é demasiada quente. Ela treme e dança sobre a brisa morna, uma brisa que não traz nenhum alivio para o calor. Suaves como asas de gazelas batem de um lado para outro na escuridão, polvilhando escalas em poeira das no círculo de luz. Eu estou lutando para resistir, mas estou atraída. E então sou tão brilhante, eu estou voando muito perto do sol, deslumbrada pela luz, frita e derretendo do calor, cansada de meus empenhos para ficar no ar. Eu estou tão quente. O calor… é sufocante, insuportável. Ela me acorda.

Eu abro meus olhos e eu estou envolta em Quinn. Ela está embrulhada ao meu redor como uma bandeira da vitória. Ela está profundamente adormecida com sua cabeça em meu peito, seu braço sobre mim, segurando-me perto, uma de suas pernas está jogada e enganchada em torno das minhas. Ela está me sufocando com o calor de seu corpo. Eu tomo um momento para absorver que ela ainda está em minha cama dormindo, já tem luz lá fora, é de manhã. Ela passou a noite inteira comigo.

Meu braço direito está estendido, sem dúvida em busca de um lugar fresco, e como eu processo o fato que ela ainda está comigo, o pensamento que me ocorre e que eu posso tocá-la. Ela está adormecida. Timidamente, eu levanto a minha mão e corro as pontas de meus dedos sobre as suas costas. Profundo, em sua garganta, eu ouço um gemido fraco, angustiado e ela se mexe. Ela aninha em meu tórax, inalando profundamente enquanto desperta. Sonolenta,  piscando, os seus olhos  e encontram com os meus debaixo de seus cabelos despenteados.

—Bom dia, — ela murmura e franze a testa. —Jesus, até em meu sono eu estou atraída por você. —Ela se move devagar, descolou seus membros de mim enquanto ela se ajeita. Eu me tornei ciente que suas mãos estavam próximas a minha calça. Ela nota a minha reação em meus olhos, ela sorri um sorriso sensual e lento.

—Hmm… isso tem possibilidades, mas eu penso que nós devemos esperar até domingo. — Ela se inclina e fuça minha orelha com seu nariz.

Eu ruborizo, entretanto eu sinto sete tons de escarlate do seu calor.

— Você é muito quente,— eu murmuro.

— Você não é tão ruim,— ela murmura e se aperta contra mim, sugestivamente.

Eu corei um pouco mais. Não foi isso que eu quis dizer.  Ela se escora em cima em seu cotovelo e olha para mim, divertida. Ela inclina-se, e para minha surpresa, planta um beijo gentil em meus lábios.

— Dormiu bem?— Ela pergunta.

Eu concordo com a cabeça, olhando fixamente para ela, e eu percebo que eu dormi muito bem, exceto talvez pela última meia hora, quando eu estava com muito calor.

—Eu também. — Ela franze a testa. — Sim, muito bem.—Ela levanta suas sobrancelhas surpresa e confusa.

— Que horas são?

Eu olho para o meu relógio.

— É 7:30.

— 7:30… merda.— Ela saiu da cama e pegou a sua calça jeans.

Foi minha vez de olhar divertida, enquanto me sento. Quinn Fabray está atrasada e agitada. Isso é algo que eu nunca vi antes. Eu tardiamente percebo que meu traseiro não está mais dolorido.

—Você é uma péssima influência para mim. Eu tenho uma reunião. Eu tenho que ir, tenho que estar em Portland às oito. Você está sorrindo para mim?

— Sim. Ela sorri.

—Eu estou atrasada. Eu não costumo me atrasar. Outra primeira vez, Senhorita Berry. — Ela puxa em seu casaco e em seguida se abaixa e agarra minha cabeça, com uma mão de cada lado.

My Dark WordOnde histórias criam vida. Descubra agora