25 - Earned It

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Indico ler ao som de Earned It – The Weeknd.. principalmente na parte do Quarto vermelho... sim hoje tem quarto vermelho

Não vou falar mais! Divirtam-se kid's kkkkkkkk

Minha mãe me dá um abraço apertado.

- Faça o que seu coração mandar querida, e por favor, por favor, tente não pensar demais nas coisas. Relaxe e aproveite a vida. Você é muito jovem, querida. Ainda tem muito que viver, simplesmente deixe rolar. Você merece o melhor de tudo – cochicha ela em meu ouvido, suas palavras sinceras soando reconfortante, e beija meu cabelo.

- Ah, mãe.

Lágrimas quentes e inoportunas irritam meus olhos enquanto nos abraçamos.

- Querida, você conhece o ditado. A pessoa tem que beijar um monte de sapos antes de encontrar seu príncipe, no seu caso princesa.

Dou-lhe um sorrisinho torto, agridoce.

- Acho que beijei uma princesa, mamãe. Espero que ela não vire sapo.

Ela dá aquele sorriso mais carinhoso e maternal de amor absolutamente incondicional, e me assombro com o amor que sinto por essa mulher quando nos abraçamos mais uma vez.

- Rach, estão chamando seu voo – diz Bob aflito.

- Você vem me ver, mãe?

- Claro, querida, em breve. Te amo.

- Eu também.

Ela tem os olhos vermelhos por causa do choro contido ao me soltar. Odeio deixá-la. Abraço Bob e me encaminho para o portão de embarque – hoje não tenho tempo para a sala da primeira classe. Apelo para toda a minha força de vontade para não olhar para trás. Mas olho... e Bob está abraçado com minha mãe, e as lágrimas escorrem pelo rosto dela. Não consigo mais conter as minhas.

Abaixo a cabeça e prossigo para o portão de embarque, fitando o piso branco reluzente, fora de foco em meio ao meu pranto.

Uma vez a bordo, no luxo da primeira classe, encolho-me na poltrona e tento me recompor. Deixar mamãe é sempre doloroso para mim... ela é dispersa, desorganizada, mas tornou-se perspicaz, e me adora. Amor incondicional – o que todo filho merece dos pais. Franzo a testa para meus pensamentos rebeldes, pego o BlackBerry e olho para ele desanimada.

O que Quinn sabe sobre amor? Parece que não recebeu o amor incondicional a que tinha direito na primeira infância. Fico com o coração apertado, e as palavras da minha mãe chegam como sopro de Zéfiro em minha mente. Sim, Rach. Do que mais você precisa? Um letreiro luminoso piscando na testa dela? Ela acha que Quinn me ama, mas ela é minha mãe, claro que acharia isso. Acha que mereço o melhor de tudo. É verdade, e, num momento de lucidez surpreende, entendo. É muito simples. Quero o amor dela. Preciso que Quinn Fabray me ame. Por isso sou tão reticente no que diz respeito à nossa relação – porque, no fundo, reconheço em mim uma compulsão arraigada para ser amada e prezada.

E por causa de seus Cinquenta Tons, estou me guardando. O BDSM constitui um desvio da verdadeira questão. O sexo é incrível, ela é rica, linda, mas isso tudo não significa nada sem seu amor, e o que mata mesmo é eu não saber se ela é capaz de amar. Ela nem sequer gosta dela mesma. Lembro-me do seu autodesprezo, o amor de Serena sendo a única forma que ela considerava aceitável. Punida – chicoteada, surrada, o que quer que a relação dela acarretasse – ela acha que não merece ser amada. Por que se sente assim? Como pode se sentir assim? Suas palavras me perseguem: É muito difícil crescer numa família perfeita quando você não é perfeita.

My Dark WordOnde histórias criam vida. Descubra agora