are you coming back?

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Depois de uma semana que eu tinha "conhecido" Castiel, todos achavam que eu tinha ficado louca. E, para falar a verdade, eu também.
Ele prometeu que ia voltar, mas não voltou, ele não era real. Era tudo coisa da minha cabeça.
- Pois é, Pixy.-digo para minha cadelinha- Às vezes a gente se ilude. Castiel não é real.
Deixei ela deitada no sofá e fui até meu celular mandar uma mensagem para Carol:
"Care, aqui em casa. Agora"
Uma das coisas que eu mais amava nela era o fato de ela sempre estar lá quando eu preciso. Eu e Carol tínhamos essa linguagem só nossa. Só pelo tom de voz ou das palavras nós sabíamos exatamente o que a outra estava sentindo.
- Taaaaay! - diz ela ao entrar na sala
Ela me consolou, mesmo sem eu pedir. Carol era uma pessoa incrível, minha melhor amiga no mundo todo. Carol era a irmã que eu nunca tive.
No dia seguinte decidi fazer uma visita a Dona Cat e o Senhor Dylan. Meu pais eram meu refúgio, sempre foram.
Era uma alegria toda vez que eu ia para lá. As empregadas era eram parte da nossa família, era como se eu tivesse várias tias.
- Mãe? - digo entrando no quarto dela
- Entre, querida.- ela me olha sorrindo, mas logo percebe minha expressão triste- aconteceu alguma coisa?
- Mãe, eu tive...Eu não sei se foi um sonho ou se eu estou ficando loucas, mas... Semana passada eu conheci alguém.
- Problemas com homens?
- quase isso. -me sento ao seu lado- esse alguém era totalmente pirado e me mostrou coisas que eu não posso descrever. Ele prometeu voltar, mãe.
- Oh, meu amor, nem sempre o sapo virá um Príncipe.
- ele era um anjo, mãe.
- Você gostava mesmo dele.
-Não, mãe, ele era mesmo um anjo. Seu nome era Castiel.- faço uma breve pausa é sua voz ecoa na minha cabeça "Meu nome é Castiel, eu sou um anjo do senhor"- eu não acreditei nele e ache que ele era louco, mas ele pegou a minha mão e me levou em uma aventura. Foi... mágico.
- Taylor...
Minha mãe só me chamava pelo nome em duas situações: Quando ela estava muito brava ou quando estava preocupada comigo.
- Mãe, eu juro que vi...
- O que acha de irmos a doutora Collins amanhã?
Doutora Collins era uma velha amiga de minha mãe. Durante um tempo minha mãe entrou em depressão e a Doutora Collins foi a psicóloga dela por anos. Eu nunca tinha tido uma consulta de verdade com ela. Minha mãe estava preocupada ao ponto de quer marcar uma consulta.
- Mas, mãe. Eu sei que a senhora acha que eu estou louca ou usando drogas, mas eu juro por Deus que isso realmente aconteceu.
- querida, você está passando por uma fase....
- Basta! Se a senhora não acredita em mim, tudo bem, mas não fale que eu estou passando por uma a se difícil! Nem a senhora nem ninguém faz a mínima ideia do que estou passando de verdade!
Ao sair do quarto de minha mãe eu desabei. Eu sabia lidar com muitas coisas, mas brigar com a minha mãe me destruía por completo.
- Oh filha, o que foi?- pergunta meu pai com seu jeitinho doce de ser
- Ah pai, é que... A mamãe ela não acredita em mim, Acho que nem o senhor ia acreditar.
- Bom, só vamos descobrir se você tentar, não é mesmo?- diz ele se sentando ao meu lado no chão
- É que eu conheci um cara, Castiel, ele apareceu do nada e me disse que era um anjo. Eu não acreditei, mas ele me mostrou coisas... acho que eu gosto dele.
- Um anjo?
- viu? Eu disse que o senhor não ia acreditar.
- Você conheceu o Anjo Castiel?- pergunta meu pai surpreso
- O senhor...?
- Sim, filha, eu acredito em você. - ele me olha sorrindo- lembra quando você era pequena e eu te contaca as histórias de Michael e Lucifer?
- Lembro, mas...
- Castiel era o terceiro irmão.
- Então, O senhor conhece Castiel?
- Minha mãe me contava histórias sobre eles. Os irmãos Michael, Lucifer e Castiel, o bastardo.
- Obrigada, Pai.- digo o abraçando.
Era reconfortante saber que alguém acreditava em mim.
Eu era muito parecida com os meus pais. Herdei as lindas mechas douradas da minha mãe junto com os olhos azuis de ambos. A personalidade de meu pai era muito parecida com a minha, pelo menos é o que dizem. Meu pai me entende, acredita nas minhas loucuras. Minha mãe me ensina a ser forte, a nunca desistir. Mas o que eu realmente reconheço é que eu tenho o mesmo brilho dos olhos de minha mãe e o sorriso gentil do meu pai.
Voltei para minha casa aquele dia querendo me jogar na cama e morrer ali mesmo e eu o fiz. Mais uma vez aquela sensação de paz me tomou, mas,desta vez, antes que eu adormecesse. Abri meus olhos e vi Castiel me olhando.
- Cass? - digo sonolentq
- olá, Taylor.
- Então, essa sensação é a sua presença?
- Sensação? Que sensação?
- Todo os dias quando eu vou dormir eu sinto essa paz.
- Isso é estranho. Deus é o único capaz de dar essa sensação aos humanos.
- Você fala como se fôssemos inferiores.
- Jamais acharia isso. Os humanos tem sido mais leias do que os anjos ultimamente. - ele se leva da minha cama e eu vou atrás.
- Cass?- ele me olha e seus olhos brilham, acredito que tanto quando os meus.
Eu o abracei. A sensação era indescritível. A paz que eu vinha sentindo? Não chegava aos pés daquele momento. Eu sentia, sentia que tudo ia ficar bem, que tudo era possível. Eu sentia... ele.
- Você vai voltar?- pergunto ainda aninhada ao seu peito.
- Eu te prometi isso. Anjos não quebram promessas.
- eles acham que eu fiquei louca, sabe?
- Eu te garanto que eles mudaram de ideia em breve.
Solto dele e, novamente, ele some. Minha sensação de paz sumiu com ele. As preocupações voltaram. Se eu estivesse sonhando não queria que ninguém me acordasse.
Ele era real...

Kissed by an AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora