Daughter of Prophecy

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BatCaverna, Bunker
Um ano Depois...

Muita coisa aconteceu naquele um ano, mas o que eu posso dizer para resumir é: "escuridão". Aquela coisa, fumaça... o que quer que aquilo seja, tomou conta do mundo. Estamos em um segundo apocalipse, mas de uma doença. Eu e Cass estávamos melhor do que nunca, estávamos juntos. Sam e Dean davam conta do trabalho, mas, ás vezes, eu e Cass dávamos uma ajudinha. Eu ficava o tempo todo na BatCaverna, porque Cass achava muito perigoso para mim ir junto com eles. Eu até que gostava, aquele lugar tinha muitos livros e eu amava. Crowley falava comigo ás vezes, mas acho que ele estava muito ocupado com Rowena e Meg.

Cass e Crowley chegam juntos ao Bunker com expressões não muito boas. Crowley e Cass jamais iriam se dar bem, eu tinha aceitado isso, mas essas expressões me assustaram de verdade.

-Cass, Crow, Alguma coisa errada?

-Nós precisamos conversar.- Diz Cass. 

Merda. Eu odiava quando ele dizia isso, nunca era nada bom quando ele queria conversar comigo.

-Nós descobrimos uma coisa.-Diz Crowley se sentando ao meu lado.

Eles me explicaram o mais calmamente possível para eu não enlouquecer com o que tinha acabado de ouvir. Meus avós paternos eram anjos, isso eu já sabia, mas os meus avós maternos eram demônios. O que fazia de mim a aberração mais escrota do mundo. Uma antiga profecia dizia que o amor proibido entre os descendentes das trevas e da Luz resultaria na filha da profecia que daria a Luz a gêmeos humanos, mas aos 18 anos eles seriam escolhidos. Um pela Luz e o outro pelas trevas, herdando o paraíso e o inferno. Um dos meus filhos tomaria o lugar de Crowley e o outro colocaria ordem no Paraíso. Eu só não entendia por que eu, de tantas mulheres no mundo, Por que tinha que ser eu?!

- Esse seu filho, o que for escolhido pelas trevas, vai ser pior que Lucifer, ele vai destruir a terra. A única solução é não ter filhos. Temos que fazer o possível para evitar...-Cass percebe meu olhar e para de falar.

-Sobre isso... Nós temos que conversar, Cass.

-Você está grávida?!-Pergunta Crowley.

-Me desculpa...-digo sentindo as lágrimas embaçarem minha visão.

-Não tem pelo que se desculpar-Diz ele me abraçando.- Você não sabia disso, e, até onde eu sei, você não fez esses Bebês sozinha.

-Não era para ter acontecido assim, eu ia...

-Tudo bem, tudo vai ficar bem.-Ele diz me puxando para mais perto.

Eu havia descobrido a minha gravidez no dia anterior. Eu me lembro de quando eu tinha 13 anos e minha mãe me explicou que se você se sentir tonta ou algum enjoo a primeira coisa a se fazer é um teste de gravidez. Eu sempre segui a risca as orientações de minha mãe. Então, o teste deu positivo. Ninguém sabia, eu queria contar para Sam e Dean primeiro, porque não fazia ideia de como dizer isso para Cass.

-Eu quero falar com Sam e Dean.-Digo e os dois me olham surpresos.- Cass, eu sei que você quer ajudar, mas acho que, no momento, Sam e Dean serão as melhores opções. Eles já foram Ruins e já foram bons...eu só preciso conversar com um humano agora. Sem ofensas.

-Não ofendeu.-Os dois dizem juntos.

Por um segundo, eu desejei ter a Carol ali comigo, mas esse segundo passou quando eu me lembrei que ela Odiava Cass. 

Esperei que Sam e Dean voltassem eu conversei com eles, chorei no ombro dos dois e tive uma crise, mas os dois ouviram e compreenderam. Essa era uma das coisas que eu mais amava nos dois. 

Eu era totalmente contra o aborto e, sabendo que um dos meus filhos se tornariam o rei mais cruel que o inferno já teve, o orfanato não era uma boa opção. Eu os amei no minuto que soube de suas existências. Agora eu entendia minha mãe. Você quer proteger, cuidar e amar aqueles pequenos fetos. Eles eram, de certa forma, o simbolo do nosso amor, não só meu e de Cass, mas de todos nós como um família. 

Eles seriam criados como caçadores, e ensinados que o mal nem sempre é ruim quanto parece, ás vezes é só uma pessoa tentando fazer a coisa certa. Eu sabia que eu os amaria incondicionalmente, mesmo depois que as trevas escolhesse um dos dois.

Rowena passou pela minha mente.Como uma mãe pode ser capaz de não amar seu filho? Aquela pequena criaturinha inocente que não tem culpa pela sua irresponsabilidade. Crowley não lidou muito bem com essa rejeição da mãe em vida, mas ele se redimira depois de transformar o inferno em um lugar passivo. 

E mais uma vez, minha vida voltava a ser incerta, mas eu tinha meus amigos, o amor da minha vida e, agora, os frutos de um amor épico. Se isso era o que o destino guardava para mim, então eu não o temia mais. 

Talvez eu ainda fosse aquela menininha confusa que queria, acima de tudo, ajudar os outros. Eu ainda o faria, mas de um jeito muito mais legal que psicologia.   



Kissed by an AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora