Kissed by an Angel

Do what you have to do

*P.O.V. Taylor Chandler*

Tudo estava calmo, calmo até demais. Os casos apareciam, mas Sam e Dean sempre cuidavam deles. Os anjos estavam quietos, os Demônios estavam quietos, algo não cheirava bem. Dean havia me dado um colar com um pentagrama que impedia que eu fosse possuída por demônios e o Bunker era impossível de rastrear até para os anjos.

Há algumas semanas atrás uma bruxa, aparentemente muito poderosa, matou alguns demônios. Descobrimos que seu nome é Rowena.

Eu e Cass precisávamos de um tempo, sem e Dean acharam uma boa ideia e Crowley disse que dava conta de Rowena junto com eles. Achei que seria uma boa ideia levar Cass a uma praia... a praia dos meus pais. O sobrado branco foi construido em uma praia deserta logo depois do meu nascimento. Por ser uma praia escondida da sociedade, ela acabou se tornado nossa. 

Cass insistiu em me acompanhar nas comprar o que, na verdade, foi bom. Eu não era muito de sair comprando tudo que via pela frente, mas quando eu ia para comprar eu falia os meus pais. Depois que eu fiz 18 anos e comecei a faculdade eu não tinha tempo para me dedica a qualquer trabalho, então, sim, meus pais ainda me sustentam. 

Eu passei quase metade do dia fazendo compras com Cass. Tenho que admitir que ver ele experimentando roupas era bem divertido. 

  Casa na Praia dos Chandler, Miami Beach

10:35 AM

Eu nem sentia minhas pernas quando chegamos lá. Eu disse para Cass que nós poderíamos pedir uma carona para Mark, piloto do helicóptero dos meus pais, mas ele insistiu que fossemos de carro.  

Faziam quase 5 anos desde a última vez que passei um final de semana naquela casa. Sinta falta dela.

-Uau! Esse lugar é lindo.- Diz Cass ao entrar.

-Eu costumava vir aqui quando era pequena, meus pais construíram para logo depois que eu nasci.- Digo pendurando as chaves na no porta-chaves.

-Eu nunca fui a uma praia.

-Você vai adorar, acredite.

  Eu estaria mentindo se dissesse que não havia nenhuma segunda intenção naquela viagem, eu e Cass eramos um casal. Amor não é e nem deve ser baseado em Sexo. Tanto que Cass se apaixonou por mim sem nem nunca ter me beijado, assim como Crowley. Eu sabia de toda essa coisa de "casamento vigem", mas quando é a pessoa certa o casamento é apenas uma burocracia. 

Eu não sabia o quanto ia durar, eu queria que fosse para sempre, mas eu sabia que, um dia, eventualmente, ele retornaria o céu. Não poderia pedir que ele se rebelasse por. Eu o amava, por isso não podia ser egoísta.

-Cass, quando você vai voltar?- pergunto com medo da resposta

-Voltar para...?

- Paraíso, céu, seu habitat natural...

-Nunca pensei sobre isso, mas acho que depois que minha graça acabar eu vou voltar como um humano.

- Eu não vou te deixar morrer, Cass.- Digo colocando as mãos em seu rosto e ele me encaram com seus grandes olhos azuis

-Taylor, já conversamos sobre isso. Eles precisam de mim.- ele coloca suas mãos sobre as minhas

-Quando você vai começar a se preocupar com você mesmo? Quando vai perceber que a cada dia que passa minha agonia é maior? Não pode ser leal a eles a esse ponto, Cass. 

-Eles são meus amigos, Taylor.

-E quanto a mim? Não se importa com a minha dor quando você se for?- pergunto com lágrimas nos olhos

- Eu penso nisso a cada minuto de cada dia, amor, mas você não entende.

-então me explica.- sinto as lágrimas molharem meu rosto.

-Um anjo é programado para ser leal, nada mais que um soldado. Mesmo depois de se rebelar e desenvolver vontade própria, parte de nós ainda é cegamente leal. No meu caso eu sou Leal aos Winchester por tudo que passamos juntos, sou leal a você também, mas ainda sei diferenciar o certo do errado.

-Cass...

-Eu vivi por tanto tempo, Taylor. Eu tenho mais de 7 bilhões de anos. Minha vida ganhou um propósito depois que eu te conheci, mas eu não posso ser egoísta ao ponto de querer viver mais, não sem a minha graça.

-Você não precisa! podemos tirar isso de você e termos uma vida juntos! uma vida humana.

-Eu não posso... Claire? aquela pobre garota? eu tirei tudo dela, não posso fazer o mesmo com você.-ele se vira.

- Você não vai.- digo o abraçando.- Promete uma coisa?

-Qualquer coisa.- ele diz me puxando para mais perto

-Quando você que sua hora está chegando você vai me avisar.

-Eu prometo.

Eu não podia deixa-lo morrer, eu, simplesmente, não podia. Sam e Dean eram meus melhores amigos e eu morreria por eles também, mas Cass não está se sacrificando por eles, ele estava entregando sua vida a eles. Se fosse para ele morrer, que fosse por um motivo. Eu tinha que tomar medidas estremas, então chamei Balthazar. Pedi a ele que tirasse a Graça de Cass. O que ele estava fazendo não era heroico, era, apenas, triste. 

-Eu sinto muito, Cass.-digo ainda abraçada a ele.

-Pelo que?

-Eu não posso deixar que faça isso.- Me solto dele e Balthzar o apaga.- Obrigada, Balthazar, não sei como te agradecer.

-Apenas o mantenha a salvo, ele pode não entender, mas o que fez por ele foi um grande favor.- ele diz após tirar a graça dele e curar o corte no pescoço do meu namorado.

eu sabia que era egoísmo demais o que eu havia feito, mas não via outra alternativa.

Um bar qualquer, Dakota do Sul.18:47 PM

Enquanto Taylor e Castiel se divertiam na praia, Crowley acabava de descobrir uma das coisas mais chocantes. A bruxa que vinha matando seus súditos era, ninguém mais, ninguém menos, que sua mãe.   

Por mais terrível e ausente que ela tinha sido para o pobre Fergus, ele não conseguia mata-la. Afinal de contas, ela era sua mãe, sua família, seu sangue. 

Rowena vinha causando caos e mortes no inferno, e Crowley cada vez mais disposto a deixa-la entrar. Meg o avisa todos os dias que sua mãe não passava de uma vadia do mal, mas ela havia o trazido para esse mundo. Sua vida ele devia a ela.

- Talvez você tenha mesmo amolecido.- Diz Dean- Eu mudei também.

- Ela é família, meu sangue.

- Uma vez me disseram que família não se trata de sangue, se trata de lealdade. Você sente isso na sua querida mamãe.- ele diz logo depois Crowley desaparece.

 Crowley retornou ao seu palácio sabendo o que devia fazer e a quem devia desculpas.

-Pegue suas coisas.- Diz ele entrando no quarto de Rowena

-Eu sou a sua mãe e eu te amo!

-Ah, Rowena, me diga: Você teria perdido seu tempo com a sua conversa fiada se eu não fosse o rei do inferno?-pergunta passando a mão sobre sua bocheca- Você pode ter me posto nesse mundo, mas você nunca foi e nunca será minha mãe.

-Você não pode fazer isso.

-Eu posso fazer o que eu quiser quando que quiser, EU SOU O CROWLEY.