Love can Hurt

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A verdade é que: A felicidade é para todos, mas apenas algumas pessoas a encontram. Meus pais eram uma dessas raras exceções. Eu? Acho que não. Depois de 25 anos de casados, quando eles se vêem seus olhos brilham e os corações aceleram como da primeira vez. Eu sonhava com isso, um amor épico, desde pequena, mas não acreditava que ia conseguir... não como eles conseguiram. Meus pais eram mais que marido e mulher, eram amantes, confidentes, melhores amigos. Eles eram duas almas unidas em um só coração.

Olhando para  a minha vida no momento atual, era difícil me imaginar casada com alguém que eu amo tanto quanto eles. 

Talvez eu nunca conseguisse um amor épico, mas assistir o deles não tinha preço e era tudo que precisava.

Cass estava nervoso, com o coração acelerado, e eu tentava a todo custo acalma-lo, mas parecia uma missão impossível. Nós estávamos no meu antigo quarto, eu mostrava um pouco do meu mundo e ele observava com atenção como se sua vida dependesse daquilo. Cass tinha me deixado louca, mas, ao mesmo tempo, tinha me feito um bem que superava qualquer erro que ele poderia cometer no futuro. 

-Senhorita Taylor?- Diz Gordon, o mordomo, do outro lado da porta.

-Pode entrar, Gordon.

-Desculpe interrompe-los, mas seus pais estão a sua espera na sala.

-Obrigada, Gordon, diga a eles que estaremos lá em um minuto.- Gordon sai do quarto.

Cass estava bem mais tenso do que antes, eu podia sentir seu coração batendo forte ameaçando sair pela boca, eu sentia o mesmo. E então, em um piscar de olhos, ouço um bater de asas e Cass some. 

-Cass?Cass!-Me sento na cama- Droga, Cass! Eu sei que você está nervoso, e, se ajuda em algo, eu também estou. Mas não tem com o que se preocupar, meus pais vão amar você. Prometo. Então, por favor, volta aqui. Eu não consigo sem você. Por favor. 

Eu não sabia ao certo o motivo do meu nervosismo ou o por que eu estava apresentando Cass para os meus pais, mas eu me sentia bem com aquilo. As borboletas no meu estomago me faziam bem. Cass me fazia bem. Ele era o anjo que minha mãe sempre disse que estava cuidando de mim, o anjo do meu ombro que me impediu de fazer besteira muitas vezes, meu anjo da guarda.  

-Me desculpe.- diz Cass depois do clássico barulho de asas.

-Está tudo bem se não quiser ir...

-Não, vamos fazer isso. Juntos- diz ele pegado minha mão.

Saímos do quarto e descemos as escadas com nossos corações batendo no mesmo ritmo, na mesma  sintonia. Podia sentir a mão de Cass soada e tremendo enlaçada a minha. Então, lá estavam meus pais, sentados abraçados no sofá olhando velhas fotos.

-Mãe? Pai?

-Taylor, querida- diz minha mãe vindo me abraçar seguido do meu pai.

- Esse é Castiel, aquele que eu falei o outro dia.

-É um prazer, Castiel.-diz meu pai apertando a mão de Cass.

Eu posso estar ficando louca, mas vi uma leve mudança de expressão no rosto de meu pai quando sua mão encostou na de Cass. Minha mãe olhou desconfiada, mas deu um abraço caloroso nele assim que eu sorri para ele. Me senti aliviada. Eles tinha se dado bem. 

Passamos horas conversando e meus pais convidaram Cass para ficar até o jantar. Sabia que Cass diria "Isso não é uma ideia sábia", mas ele iria me agradecer depois. 

Pouco antes do jantar, meus pais saíram para caminhar no jardim. Isso significava que eles iriam discutir sobre Cass, se ele era uma boa pessoa e se me faria bem. Eles sempre fizeram isso com todos os meus amigos e, felizmente, quase todos passaram no teste. Era fofo, mas, ao mesmo tempo, embaraçoso para uma garota com 20 anos nas costas. Eu respeitava muito a opinião dos meus pais, eles, geralmente, estavam certos.

-O jantar está servido.- Diz Margie, uma das ajudantes da cozinha.

-Obrigada, Margie.- Diz meu pai.

Eu sempre amei as comidas de Margie, ela era uma das pessoas mais doces, gentis e leais que eu já conheci. Lembro-me de quando era pequena, ela atendia a todos os meus pedidos, desde o mais simples até o mais complexo doce. Margie era parte da familía, ainda é.

-Então, Castiel, Com o que você trabalha?- pergunta minha mãe.

-Eu sou um anjo do senhor, anjos não trabalham.

- Muito engraçado.-diz minha mãe com um pequeno sorriso.- Mas falando sério.

-Ah, eu estou falando sério.

-Mãe, para. Por favor.-peço

-E como você espera sustentar a minha filha, anjo do senhor?

-Não tenho certeza se entendi a pergunta.

-Você acha mesmo que falar essas bobagens vai ajudar Taylor?! Desde que você chegou ela tem agido estranha, não é mais ela mesma!

-Catherine...- diz meu pai a repreendendo

-Você não vê, Dylan? Esse maluco quer acabar com a nossa filha!

-Mãe, chega!

-EU NÃO CRIEI MINHA FILHA PARA SER LUNÁTICA!!- grita minha mãe.

-Catherine, Basta!- diz meu pai alterado- Não é sua decisão a tomar, é a escolha dela.

-Não consigo acreditar que sou sua parente!- digo e puxo Cass para fora daquela casa.

O jantar tinha sido um total fracasso. Nunca me senti tão envergonhada na minha vida, e nem sabia porque. Assim como meu pai mudou de expressão, minha mãe se alterou. Nunca tinha os visto daquele jeito. Durante a volta para casa, pensei nas palavras de meu pai "É a escolha dela!". Que escolha? 

Quanto mais eu procurava por respostas, mais perguntas apareciam. Eu estava tão confusa. Eu só queria que meus pais conhecessem meu amigo, mas alguma coisa não estava certa e eu era a única que podia consertar.

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Notas Da Autora:

Hey, Hunters de plantão!

Bom, o vídeo lá encima é uma mistura de tudo que Cat e o Dylan passaram no Set e na vida real. Não fui eu que fiz esse, só para deixar claro. Meus parabéns a criadora desse vídeo, porque ela conseguiu fazer um suor hétero cair do meu olho. Pra quem quiser saber, é um video homenagem a Emma e Hook/Killian da série "Once Upon a Time". Desculpem se o capítulo ficou pequeno, mas eu estou planejando coisas para um futuro não muito distante. 

Bjos de gliter e até o próximo capítulo *3*    

Kissed by an AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora