Alexander (Romance Gay) (EDITANDO)

Reencontro

Alexander estava encarando o rosto do rapaz a sua frente. Ele ainda não tinha absorvido o que ele tinha falado. Seus olhos ardiam e a vontade de chorar era enorme. Bem que Stacy, sua mãe, sempre dissera que era um bebê chorão.

-Eu não matei meu irmão.- sussurrou.- Eu nunca mataria ele, nunca.

-Tem certeza?- ele levantou uma das sobrancelhas.

-É claro que tenho!- Alex o olhou indignado.

As pessoas que antes estavam assistindo, agora já estavam de volta a suas respectivas mesas, comendo e conversando, como se nada tivesse acontecido antes.

-Eu o amava, ele era a única pessoa que se importava comigo.- sua voz saiu embragada.

-Então porque foi preso?- Nicholas ainda mantinha o sorriso em seu rosto, o deixando com um ar assustador.

-Aquilo foi um engano. - Alexander começou a balançar a cabeça de um lado para o outro- Não fui eu.

Seu coração estava apertado, e em sua garganta já se formava um bolo. Não conseguiu mais controlar suas lágrimas, e logo as mesmas molharam suas bochechas rosadinhas.

-Você está chorando?- o rapaz soltou uma risada debochada.

Alex passou as mãos no rosto para tentar secar as lágrimas.

-Por quê? Eu não posso?- ele perguntou entre soluços.

-Não, um assassino não chora pelo crime que cometeu.- levou suas mãos para o rosto delicado de Alexander e secou as lágrimas.

O mais baixo assustou-se com o contato repentino. As mãos de Nicholas eram frias, como seu coração, mas mesmo assim, sentiu seu coração bater mais rápido.

-Vá embora, por favor.- Alex olhou nos olhos de Nicholas, e notou que ele tinha os olhos azuis mais bonitos que ele já vira.

-Está me expulsando?

-Não, você pode voltar amanhã, ou o dia que você quiser.- ele tirou as mãos de Nicholas de seu rosto- Mas por hoje, eu quero que você vá embora.

Nicholas voltou para a mesa, apenas para pegar sua mochila. Passou ao lado de Alexander apenas para sussurar palavras horríveis.

-Até mais, assassino.

☼•☼•☼

Alexander já tinha perdido a conta de quantas vezes já tinha suspirado. Seu coração estava batendo muito rápido e sentia calor, apesar do dia frio e nublado. Apertou a pasta que segurava contra o peito e respirou bem fundo. Não sabia o porquê de estar nervoso, mas estava.

Passou pelos grandes portões que ficavam na entrada da faculdade, e em passos um pouco apressados, passou pelo grande campus antes de entrar dentro do grande estabelecimento. Algumas pessoas o encaravam, talvez por causa de seu passado, outras apenas apressadas de mais para reparar em sua presença, o qual ele agradeceu por ser a maioria.

Lynn o ensinara o básico, mas o suficiente para fazer uma prova, e tirasse notas boas para entrar em uma faculdade. Não era uma faculdade famosa, mas era o suficiente. Alex escolheu gastronomia , estava incerto ainda, mas era o que sempre quiz desde criança, espera que se saísse bem.

Deu leves batidas na sala da diretoria e logo escutou uma voz feminina o mandando entrar.

-Alexander!- a mulher esguia levantou-se da cadeira e andou até Alex- Estava a sua espera!

A mulher o abraçou, e Alex retribuiu timidamente.

-Imprimi uma folha com seus horários desse mês, espero que ajude.- ela se sentou novamente e entregou uma lhe entregou a folha.

-Muito obrigada.

-Bom, se não ir agora, vai perder a primeira aula.- ela sorriu- Não vai ser difícil, tem plaquinhas e mapas em todo o lugar. Caso se perder, pergunte a alguém, e aproveite para fazer amizades. Estarei aqui se precisar de algo.

Alexander agradeceu mais uma vez e deixou a sala da diretora e apertou o passo quando viu que não tinha quase ninguém no corredor.

Para sua sorte, a sala que precisava ir, era no primeiro andar, e não demorou muito para que ele chegasse.

Agradeceu a todas às santidades, quando viu que a aula ainda não tinha começado. Procurou com os olhos, e achou um lugar vazio na fileira de cima, ao lado da janela. Sentou-se e colocou o a mão no peito, esperando que aquilo de algum modo, o acalmasse.

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Depois de longas horas escutando e prestando atenção nas aulas, Alex concluiu que, gastronomia não era nada fácil. Na verdade, era sim fácil, mas até ele se acostumar com o novo ambiente, com pessoas da sua idade, iria demorar um pouquinho, só esperava encontrar um amigo.

Juntou todas as suas coisas e as colocou dentro de sua surrada mochila, era a mesma que levara consigo para a prisão. Ele poderia até jogar fora, mas era única coisa que ainda tinha de seu falecido pai.

Saiu da sala e começou a andar até a refeitório.  Estava quase se juntando à parede, sentia medo de ser atingido por alguma daquelas pessoas que passavam apressadas pelo enorme corredor. Alex estava começando a estranhar a pressa dessas pessoas, parecia que ele estava sempre atrasado.

O referendo era grande, com mesas espalhadas. Para a sua surpresa, ele estava praticamente vazio.

Sentou-se em uma mesa aleatória, e de dentro da mochila, tirou o sanduíche que Carlos fez para si. De acordo com ele, era para dar sorte, e bom, até agora estava dando certo, e ele essperava que continuasse assim.

Escutou o barulho de algo chocando-se com mesa. Olhou para cima, e podia dizer que se arrenpera na hora. Era ele. O rapaz do restaurante, sentado à sua frente. Estava mais bonito que nunca, suas vestimentas era simples, mas era o suficiente para deixá-lo ainda mais bonito.

Seu coração começou a bater mais rápido e sabia que suas bochechas tinham ficado ruborizadas.

-Nunca pensei que te encontraria aqui.- sorriu ladino.

A voz dele saiu fria e cortante, isso fez Alex se arrepiar.

-Não sabia que assassinos estudavam.

-Pare de me chamar assim.- Alex suspirou- Já disse que não matei meu irmão.

Nicholas revirou os olhos.

-Isso está ficando repetitivo e cansativo.- ele tomou um gole de seu suco- Você poderia apenas assumir os seus erros.- ele deu de ombros.

Alex estava começando a pensar que sua sorte tinha acabado agora, nesse momento.

demorei pacas, mas cheguei e ja to vazando
bjus