O jantar.

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-Alex.- a morena o cutucou.- Acorde, já estamos quase chegando.

Alexander abriu seus olhos e espreguiçou-se. Não sabia ao certo quando tinha pego no sono, só sabia que sentia-se cansado.

-Desculpe.- ajeitou-se no banco.- Acabei pegando no sono.

-Imagina meu amor.- Anabeth sorriu.

-Fiquei ajudando meus pais a preparar as coisas para hoje.

-Agora sou eu quem tem que se desculpar.- estacionou o carro.- Praticamente te arrastei.

-Menina, eles quase me expulsaram de casa.- sorriu.

-Eu sei.- Ana gargalhou.- Eles me disseram que se eu não conseguisse te tirar do quarto, eles dariam um jeitinho.

-É a cara deles.- Alexander sorriu com ternura.

-Eles são um amor.

-Sim.- concordou.- Nenhum dinheiro, ou qualquer coisa no mundo, vai conseguir pagar o que eles fizeram e ainda fazem por mim.- segurou sua vontade de chorar.- Sou muito grato por tudo, foram eles que conseguiram me tirar do fundo do poço.

-Mas e seus pais biológicos?

Alexander olhou para as pessoas que estavam espalhadas na grande praça e então olhou para Anabeth novamente.

-Meu pai morreu quando eu tinha nove anos de idade.

-Sinto muito...- a morena colocou a mão no ombro do mais novo.

-Eu também.- soltou um suspiro.- Ele era uma uma pessoa maravilhosa, sofri muito quando ele morreu, na verdade, eu ainda sofro.

-Sua mãe também é falecida?

-Não.- riu soprado.

Ana franziu o cenho.

-É uma longa história.

-Não se preocupe, temos o final de semana inteiro meu bem.- tirou o cinto.- Vem, vamos achar um lugar para almoçar, então você vai poder me contar essa história direitinho.

-Sim, estou morrendo de fome.- colocou a mão no estômago.

Os dois saíram do carro, e entraram em um pequeno restaurante italiano, o qual Anabeth dissera que tinha aberto a pouco tempo, mas que já estava fazendo muito sucesso, o chefe era um jovem italiano muito simpático que estava conquistando o coração das senhoras. Pediram comida de mais para duas pessoas e uma boa garrafa de vinho tinto.

-E então,- encheu sua taça e a de Alexander.- o que aconteceu com a sua mãe?

Ele tomou um longo gole de seu vinho, era suave e tinha um sabor incrível.

-Stacy nunca me amou.

-Nossa, já começamos muito bem.- mordeu um pedaço de seu pão.

-Vai por mim, só fica pior.- encheu novamente sua taça.- Ela sempre me escondeu de tudo e todos, ninguém sabia que eu existia. Stacy me mantinha trancado em casa, limpando, passando e cozinhado.

-Parece até que está me contando um conto de fadas.

-Pois é, a Cinderela da vida real.- revirou os olhos.- Ela fazia tudo para o meu irmão. Eram passeios em parques de diversões, festas de aniversários e brinquedos, tudo para ele e nada para mim.-Alex limpou uma lágrima teimosa.- Não consigo lembrar de nenhuma palavra carinhosa que ela tenha falado para mim, muito menos que me amava e isso ainda machuca muito.

-Alex...

-Ela veio me procurar algumas vezes, depois de tantos anos, como se nada tivesse acontecido.- deu de ombros.- Mas está tudo bem, tenho Lynn e Carlos, eles são mais do que eu poderia pedir.

Alexander (Romance Gay) (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora