Torta de limão.

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-Onde estava?- Anabeth entrou em sua frente.- Estava te procurando.

-Estava na cozinha, fui pegar um pouco de água.

-Tinha água em cima da mesa.- apontou para a grande mesa posta no centro do jardim.

-Não tinha visto.- deu de ombros.

-Sei que viu.

-Já falei que não vi a droga da água!- lágrimas começaram a cair de seus olhos.- Eu não vi, tá legal.

-Nick, o que aconteceu?- sentaram-se no sofá.- Vocês...- soltou um suspiro.- Vocês não eram apenas amigos, não é?

Nicholas olhou para a morena, depois para as próprias mãos. Então alguém tinha notado o clima pesado entre eles.

-Não sei o que éramos.- secou algumas lágrimas solitárias que ainda caíam de seus olhos.

-Pelo o que Alex me contou, você o machucou e não foi pouco.

-Ele disse foi?- riu fraco.

-Sim.- concordou.- Mas não disse que era você.

-Porque não?

-Não sei.- brincou com os anéis em seus dedos.- Ele já parecia magoado o suficiente, então não queria ficar perguntando os detalhes.

Nicholas olhou para o retrato de família que ficava pendurado em cima da televisão e finalmente para Anabeth.

-Nunca fiz as escolhas certas.

-Como ter escolhido casar-se comigo?- Nicholas sentiu o olhar triste de Ana.

-Isso...- juntou suas mãos.- Nenhum de nós teve escolha Ana.

-Nunca pensou na possibilidade de tentar fazer isso dar certo?

-Para falar a verdade, sim. Seria tudo bem mais fácil.

-Mas do seu jeito, mesmo não sendo um dos melhores, ainda ama o Alex.

-Sim.- seus olhos voltaram para o retrato.- Ele contou que tinha um irmão gêmeo?

-Sim, bom, mais ou menos.

-Antes de tudo o que aconteceu, nós estudávamos na mesma escola, ele era meu melhor amigo.- respirou fundo.- Passávamos a maior parte do tempo juntos e acabei me apaixonando por ele, mas nunca tive a chance e nem a coragem de contar isso para ele.- começou a brincar com seus dedos.- Quando soube que Lex tinha morrido, por um momento, meu coração parou e eu não sabia o que fazer.

-Nicholas...

-Quando olhei para o Alex, passando pelos portões da faculdade, eu não consegui me controlar, porque até aquele momento, era ele quem matou a pessoa que eu amava.

-Então escolheu ser um babaca com ele.

-Não foi uma escolha, foi uma forma de defesa.

-Continua sendo uma escolha.- deu um meio sorriso.- Mas e então, o que vamos fazer?

-O casamento ou o Alex.

-Os dois.- apertou a almofada que estava em cima de suas pernas.- Pode deixar que eu converso com meus pais sobre o casamento.

-O que pretende fazer?

-Não sei ainda.- colocou a almofada em cima do sofá e levantou-se.

-Ana.- a chamou.- Não deixe de ser amiga do Alex, ele não tem culpa de absolutamente nada.

-Isso nunca passou pela minha cabeça. Se nossa amizade acabar ou não, isso vai depender dele.

-Ana, desculpe por tudo e obrigada por ser uma amiga tão maravilhosa.- Anabeth deu um sorriso fraco e saiu da sala.

Alexander (Romance Gay) (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora