O Diário De Uma Aelka

Valentino

Chegando a Simar (aldeia onde estava a tribo)...
Michael- Ora, ora quem finalmente apareceu.
Iris- Michael.
Michael- Onde é que estiveste Íris? Não te vejo á semanas!
Iris- Eu sei mas deixa esse sermão para depois. Agora o que é que queres ouvir primeiro? As boas ou as más notícias.
Michael- Bem... Tu chegaste aqui á pressa, nem me deste um abraço e não tiveste qualquer problema em vir de dragão. Suponho que estás a mentir quando dizes que também temos boas notícias nesta história.
Iris- E tu estás certo mas eu sempre quis usar esta frase.
Michael- Ok. Quais são as más?
Iris- O Luís voltou ao ataque.
Michael- O quê? (arregalando os olhos)
Iris- É isso mesmo. O Luís está de volta e eu vim aqui ajudá-los.
Michael- Entendido.
Iris- Espera. Porque é que tu estás aqui? Eu pensava que não te davas com elfos?
Michael- Bem... Sabes... Eu só vinha deixar uma mensagem.
Iris- Uma mensagem? Para quem?
Michael- Para ti.
Iris- Para mim?
Michael- Sim, para ti! Quem mais seria capaz de fazer um Valentino acelarar os planos?
Iris- Não...
Michael- Não achas-te mesmo que conseguias escapar, pois não?
Íris- Eu acreditei em ti.
Michael- Ninguém escapa ao Valentino.
Iris- Como podes-te trair o teu próprio povo?
Michael- Tu não fazes parte do meu povo! Tu não passas de uma humana insignificante!
Iris- Como é que podes estar do lado dele? Sabes quem é ele? O que ele fez?
Michael- Tens razão, eu não sei quem é ele ou o que é que ele fez. Só sei que me vai pagar muito bem por te levar até ele.
Iris- Isto sempre foi sobre dinheiro não é? Ele contratou-te para me espiares, obteres informações e reportar-lhe tudo sobre o meu dia-a-dia não é?
Michael- Exactamente. Sabes que mais? Ele tinha razão. És bem mais inteligente do que pareces, mas tens as tuas fraquezas.
Iris- Como?
Michael- Como o quê?
Iris- Como é que podes ser tão falso e vazio? És mais parecido como ele do que pensas.
Michael- Talvez, mas tu vens comigo.
Iris- Senão o quê?
Michael- Senão...
Revela a espada e aponta-a ao meu peito equanto Kira se ve amarrada e presa por correntes Gui (Correntes mágicas quase indestrutíveis) e uns 20 homens que apareceram do nada cercando-nos.
Michael- Eu não te quero magoar por isso sugiro que venhas comigo. (sorri)
Sem outra opção eu, a Kira e todos aqueles assassinos, espiões, talvez até simples ladrões mas que tinham sido contratados pelo Luís, fomos pela floresta com destino ao "mundo subterrâneo" dos Valentino.
As paredes, o chão, a música no ar. Tudo exalava luxo extremo e um toque de criatividade macabra com a assinatura explícita dos Valentino.
Luís- Não acredito!
Os homens afastam-se levando a Kira ainda presa com eles.
Luís- O Michael finalmente fez alguma coisa bem. Parabéns!
Michael- Obrigado senhor.
Luís aproxima-se de mim ficando a uma distância assustadora de mim.
Luís- Olá Íris.
Não lhe respondo, apenas observo-o.
Luís- Tive saudades sabes. Nunca me vieste visitar.
Ele tenta tocar-me no rosto mas eu afasto-o.
Luís- Ei! Eu pensava que já tinhas perdido esse péssimo hábito (irritado)
Iris- O que é que queres?
Luís- Não é óbvio? (começando a andar de um lado para o outro)
Luís- Eu quero-te de volta.
Iris- Temos um acordo, lembras-te?
Luís- Eu arrependi-me. Quero-te de volta!
Iris- Eu não vou voltar! Pensava que isso já tinha ficado bem claro quando assinei aquele pedaço de papel que me deixou pedida no meio do deserto de Nebel por dias.
Luís- Oh, vá lá. Era apenas um teste. Eu perdou-o-te por desapareceres.
Íris- Tu perdouas-me? (irônica)
Luís- Claro que perdou-o.
Ele aproxima-se na tentativa de me abraçar mas eu esquivo-me rapidamente.
Luís- Não acredito que ainda estás chateada?
Íris- Chateada? Se ainda estou chateada? (grita incrédula)
Luís arregala os olhos com a minha atitude "inesperada"
Íris- Não Luís! Eu não estou chateada.
Luís- Ótimo, porque eu pensei que...
Íris- Eu estou furiosa! Tu matas-te, turturas-te e vendes-te pessoas inocentes e indefesas, e o pior. Tudo por dinhero.
Luís- Não, aquelas criaturas mereciam morrer.
Iris- Criaturas? A minha família e amigos que foram presos, torturados, mortos e vendidos como objetos, são... Criaturas?
Luis- Eles destruíram tudo. Eles não são pessoas, são elfos e se por acaso alguém quer pagar pelos... Elfos eu ficarei feliz em contribuir, porque eles destruíram tudo o que a minha família batalhou arduamente para ter.
Íris- Como o quê? Admite Luís, vens de uma família que nada mais fez do que perseguir inocentes; inocentes esses que tiveram a audácia de lutara para se defender.
Luís- Não! Isso é mentira! Eles destruíram mesmo tudo, até a ti.
Iris- O que é que estás para ai a dizer?
Luís- Não te preocupes querida, em breve irás recordar-te do quanto me amas.
Íris- Eu não te amo!
Luís- A tua mente só está confusa. Eu vou conseguir reverter o que quer que eles tenham feito contigo, prometo.
Iris- Tu estás completamente louco. Queres fazer uma guerra? Muito bem teremos guerra. Apenas quero ir avisalos de que te aproximas.
Luís fez sinal a Michael para que me prendesse.
Luís segurou-me o queixo.
Luís- Eu não quero uma guerra meu amor, apenas te quero a ti.
Iris- Azar, eu não quero estar com alguém como tu. Ainda não entendes-te que nunca me tiveste, não passas de um assassino que só fez mal a todos que eu amo.
Luís- Íris, querida, diz-me o que queres e será teu. Eu posso dar-te o mundo, apenas te quero a ti.
Iris- Eu não quero o mundo.
Luís- Então o que é que queres? Diz-me.
Iris- Eu... Eu só quero paz. Quero que deixes o mundo em paz.
Luís afastou-se um pouco parecendo pensar.
Luís- E que tal fazer-mos outro acordo?
Iris- Que tipo de acordo?
Luís- Um acordo do tipo... Eu faço as pazes com o mundo e nunca mais faço nada contra ninguém sem o teu consentimento.
Iris- O que queres em troca?
Luís- Em troca, eu quero que tu sejas minha todos os dias, até ao final das nossas vidas. O que achas? (sorri)
Iris- Se eu aceitar tu nunca mais vais magoar ninguém?
Luís- Sim
Iris- E se eu não aceitar?
Luís- Os meus amigos podem ter uma vontade repentina de magoar os teus amigos.
Entre a espada e a parede eu tinha de tomar uma decisão rapidamente.
Eu tenho de deixar de conhecer tipos como este.
Iris- Eu... Eu aceito.
Luís- A sério? (sorri)
Íris- Sim.
Michael solta-me finalmente mas eu acabo novamente presa pelos braços de Luís que não parecia ter qualquer intensão de me largar.