Iris- Ok, eu aceito mas... Com algumas condições. (libertando-me daquele "abraço" incomodo do Luís)
Luís- Como o quê? (arqueando a sobrancelha)
Iris- Como... Se tu não cumprires a tua parte, ao mais pequeno deslize e eu não penso duas vezes antes de desaparecer. Entendes-te?
Luís- Entendi perfeitamente.
Iris- Ótimo! Em segundo lugar, não quero que a Kira continue presa.
Luís- Isso eu não posso fazer. Ela pode magoar alguém.
Suspiro
Iris- Luís, por favor só peço que lhe tires as correntes, não posso vê-la assim.
Ele sorri largamente.
Luís- Muito bem, eu peço aos meus homens que lhe tirem as correntes.
Iris- Obrigada.
Luís- Mas, eu também tenho as minhas condições.
Iris- Tipo o quê?
Luís- Tipo... Em primeiro lugar. Eu posso fazer-te favores como este, quantas vezes quiseres fofa mas ficas a dever-me uma por cada favor ou desejo realizado. Que eu irei descontar como e quando bem me apetecer (sorrindo maliciosamente). Entendes-te?
Iris- Sim.
Luís- Perfeito!
Apenas nos encaramos por alguns segundos.
Iris- Só isso?
Luís- Sim! Eu já te tenho a ti, que mais posso querer? Prender-te nas masmorras? (ri irônicamente)
Iris- Não seria a primeira vez.
Luís- Ohhh... Vamos esquecer o passado meu amor. E viver o presente.
Iris- Viver o presente?
Luís- Sim, viver o presente!
Iris- Muito bem, vamos viver o presente. Mas antes, diz-me. Como é que encontras-te um aelka tão desgraçado ao ponto de estar disposto a fingir ser alguém por quem eu... realmente estava a começar a apaixonar-me?
Luís- Na verdade, ao contrário do que pensas aquela festa não era a verdadeira armadilha. Um capanga "idiota" a fazer-te acreditar que se tinha descaido? Essa sim, sempre foi a verdadeira armadilha.
Iris- Como é que sabias que eu achava que a festa era a armadilha?
Luís- Não consegues adivinhar?
Iris- Claire.
Luís- Bingo!
Iris- Á quanto tempo é que ela está do teu lado? (falo entre os dentes)
Luís- Uns meses, mas tenho de admitir que pensava que alguém como a tua empregadinha não fosse tão cara.
Iris- Uau! Hoje é o meu dia, sem dúvida!(sussurrou irônica)
Luís- O quê?
Iris- Nada, nada.
Luís- Bem... Mas de qualquer maneira valeu a pena sabes, eu tenho-te aqui comigo assim como aquela linda caixa. (sorriu aproximando-se)
Iris- Ela deu-ta. (constatou)
Luís- Sim. Apesar de não entender como é que uma caixa poderia ser a chave para a tua vitória contra quem quer que fosse.
Iris- Talvez seja uma caixa mágica que te pode sugar e prender-te para todo o sempre.
Luís- Uma caixa mágica?
Iris- Sim. Pode ser uma caixa mágica... Ou talvez eu só esteja a brincar com a tua cabeça.
Luís- Desconfiavas á quanto tempo mesmo?
Iris- Mais ou menos desde o início.
Luís- Eu adoro-te por isso.
Iris- Por estragar os teu planos A, B e C fazendo-te recorrer a uma abordagem mais directa?
Luís- Não, isso é um dos teus maiores defeitos.
Iris- Não tenho culpa que os teus planos sejam tão fáceis de identificar.
Luís- Pois, a culpa é minha por ser um idiota ao acreditar que tu não vais decobri-los.
Iris- Tenho de deixar de descobrir os teus planos.
Luís- Porquê?
Iris- Para ver se me deixas em paz.
Luís- Mas esse não é o unico motivo sabes?
Iris- Então á mais?
Luís- Claro que há! Tu sabes extamente onde estás, com quem estás a lidar, quem estás a enfrentar, o que estás a enfrentar... e ainda assim não tens medo do que te possa acontecer desde que aqueles que te são queridos fiquem bem. Isso é outro motivo pelo qual te adoro.
Iris- Uau! Por debaixo dessa pedra gelada á um coração ou é atrás da tua carteira que está alguém que escreveu isso?
Luís- Um pouco dos dois.
Iris- Muito bem. Não mudaste a casa pois não?
Luís- Não, porquê?
Iris- Já é tarde, tenho sono, vou dormir.
Luís- Tens razão já é bem tarde, vamos dormir.
Iris- Vamos?
Luís- Sim, vamos.
Iris- Nem penses! Eu vou dormir e tu vais manter-te bem longe do meu quarto.
Luís- Muito bem, eu vou ficar bem longe do que é teu.
Iris- Obrigada.
Segui caminho para o meu quarto, constrangida por ter o Michael no meu encalço certificando-se de que eu não fugia.
Ao entrar no meu antigo quarto percebi que o Luís não tinha mudado nada. As paredes escuras, a janela com grades e a porta bem pesada porém silenciosa fizeram-me sentir como uma prisioneira, novamente...
Vesti um pijama e deitei-me adormecendo rapidamente na esperança de que tudo aquilo que se tratá-se apenas de um pesadelo horrível.
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O Diário De Uma Aelka
FantasíaAqui estou eu 2 anos mais tarde, de volta para que me possam acompanhar depois de tudo o puderam ler em Agalesia. Ass: Íris