Pela manhã...
Matt- Bom dia tia!
Íris- Ah... Bom dia Matt (sonolenta)
Sentei-me na cama.
Íris- O que é que tu fazes aqui?
Matt- O papa disse que hoje é um dia muito importante.
Íris- Ai é? Porquê?
Matt- Ele disse que era uma surpresa para a tia.
Íris- Uma surpresa? Mas eu nem faço anos, o que é que o teu pai andará a tramar?
Matt- Não sei.
Íris- Eu já vou ter com ele, não te preocupes.
Matt- Ok, adeus tia. (deixando um beijo na minha cara)
Apesar da idade aquele miúdo já andava e falava muito bem.
Vesti uma roupa qualquer e fui em direção ao escritório do Raul.
No escritório...
Henrique- Sim acho que...
Bato á porta duas vezes.
Íris- Posso?
Raul- Entra irmã.
Henrique- Bom dia.
Íris- Bom dia. Querias falar comigo Raul?
Raul- Sim, senta-te.
Henrique- É a minha deixa.
Raul- Na verdade, Henrique, também deve ficar já que é sobre o assunto sobre o qual acabamos agora mesmo de discutir.
Íris- Que assunto?
Henrique- Eu criei um acordo que irá beneficiar ambos os reinos.
Íris- E porque é que eu tenho de estar presente nesta reunião?
Raul- Porque tu és minha irmã.
Íris- Sim e tu és o Rei. Sejam sinceros, eu estou no meio desse acordo não é?
Henrique- Sim.
Íris- Eu sabia.
Henrique- Entende querida, ambos devem beneficiar com a paz e união dos reinos.
Íris- Então troquem mercadorias, ouro, joias... apenas vos pedi que não me pusessem no meio do vosso acordo.
Henrique- Tarde demais.
Íris- Como assim?
Raul- Já assinamos o contrato.
Íris- O que?!!! (furiosa)
Henrique- Tem calma.
Íris- Calma? Vocês assinaram algo que tem o meu nome no meio sem o meu consentimento e queres que eu tenha calma? (nervosa) Afinal o que é que eu estou a fazer ai no meio? Deixem-me ler o contrato!
Raul- Aqui. (entregando o contrato)
Raul sai cabisbaixo.
Sentei-me e li o contrato duas vezes quase sem acreditar no que estava lá escrito.
Íris- Tu.
Henrique- Sim querida?
Íris- Não me chames querida. Tu crias-te este acordo. Porquê, como?
Henrique- Primeiro, sou um futuro rei, posso te chamar como bem me apetecer. Segundo, porque reconheço alguém como tu a quilômetros.
Íris- Como?
Henrique- O meu irmão. Ele também é um dos vossos.
Íris- Quem é ele?
Henrique- Saberás mais tarde.
Íris- Muito bem. Mas não prometo nada.
Henrique- Não é assim tão mau. Mas sabes que o teu nome só está ai porque foi ele que pediu.
Íris- O meu irmão?
Henrique- Não. O meu irmão. Acho que ele gostou de ti.
Íris- O teu irmão? Afinal eu conheço-o?
Henrique- Sim. Agora se me das licença tenho de ir.
Íris- Ok.
Fiquei ali a olhar para aquele pedaço de papel por mais algum tempo. Felizmente não era a clássica união dos reinos mas agora eu teria de aturar quem quer que fosse o irmão daquele idiota do Henrique.
Kira- Íris! Vem cá, depressa....
Íris- Estou a caminho Kira....
Sai dali a correr em direção aos estábulos.
Nos estábulos...
Íris- Kira! (gritei)
Kira- Estou aqui....
Encontrei Kira e Ravi perto do Huil deitado no chão e que parecia estar ferido.
Íris- Huil! (preocupada) Como é que isto aconteceu? (olhando para o ferimento que este tinha na pata)
Kira- Uma cobra mordeu-o mas tu podes cura-lo, certo?....
Íris- Como?
Kira- Usa a tua magia....
Íris- Magia?....
Kira- És uma Aelka. Tens magia, é através dela que te consegues comunicar comigo, mas essa magia também pode cura-lo. Só precisas de te concentrar....
Íris- Tens a certeza Kira?....
Kira- Absoluta!....
Juntei as minhas mãos perto do ferimento, fechei os olhos e concentrei-me o mais possível na imagem do Huil acordado, livre e saudável.
Abri os olhos com receio de não ter resultado, mas quando afastei as mãos, vi que o ferimento já não estava lá. Huil estava a começar a levantar-se e os dois dragões ao meu lado celebravam o meu feito incrível.
Íris- Resultou!
Kira- Sim, eu sabia que irias conseguir!....
Íris- Como?
Kira- Essa magia vem dos teus antepassados e de todos os outros Aelkas vivos ou mortos....
Íris- Agora entendo a que é que se referem quando dizem que o destino de um Aelka é proteger. Espero não desapontar ninguém....
Kira- Não vais....
Íris- Como podes ter assim tanta certeza do que dizes?
Kira- Íris. Eu leio os teus pensamentos, e foste tu que eu escolhi, lembras-te? Nunca te esqueças....
Íris- Nunca irei esquecer....
Raul- Íris.
Levantei-me e encarei-o.
Raul- Mana, eu sei que não devia ter assinado antes que soubesses dos termos, mas por favor perdoa-me.
Íris- Raul, eu sei que fizes-te o melhor para Agalesia. Estás perdoado.
Raul- Obrigado mana. (abraçou-me)
Íris- Eu nem me importo assim muito de visitar Regen de vez em quando.
Raul- És a melhor irmã do mundo.
Íris- E tu és o melhor rei que Agalesia poderia desejar.
Raul- Acho que devíamos celebrar.
Íris- Claro. Quem não gosta de uma boa festa?
Raul- Ótimo. Hoje vamos comemorar a paz.
Íris- Os de Regen não deveriam estar presentes também?
Raul- E vão estar. O Henrique encarregou-se de convidar alguns membros da sua família para a festa.
Íris- Espera? Vocês para além de assinarem aquilo ainda enviaram convites para uma festa, tudo isto enquanto eu dormia?
Raul- Eu bem tentei acordar-te mas não consegui, por isso depois da nossa reunião pedi ao Matt para te acordar.
Íris- Por falar em acordar, estou cheia de fome.
Raul- Também eu, vamos almoçar.
Íris- Apoiado.
O almoço foi animado apesar de tudo. A festa, ao que parece, ficou marcada para daqui a 2 dias.
Fui para o jardim onde passei algum tempo a dormir numa cama de rede com a Kira e o Ravi a fazerem-me companhia.
Visitei os elfos e ainda me encontrei com Michael, um velho amigo, ele é um metamorfo por isso é raro encontra-lo nas ruas da grande cidade de Aul. Em suma passei o resto do dia fora das paredes do castelo e quando regressei adormeci rapidamente.
Mas amanhã será a festa e para além de descobrir quem é o irmão do Henrique vou aproveitar para treinar com ele para os jogos, já que ele ao que parece também é um Aelka, eu tinha de aproveitar.
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O Diário De Uma Aelka
FantasíaAqui estou eu 2 anos mais tarde, de volta para que me possam acompanhar depois de tudo o puderam ler em Agalesia. Ass: Íris