Mais um dia...

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Acordei com o som incômodo de batidas repetitias na porta.
Michael- Levanta-te! Depressa!
Iris- Michael? Estás encarregado de me acordar é? (irônica)
Michael- Exatamente. Agora levanta-te se não obrigas-me a entrar e tirar-te da cama á força!
Iris- Podes dizer-lhe que eu entendi o recado, já vou.
Levantei-me assim que o ouvi a afastar-se da porta.
Ao abrir o guarda-roupa deparei-me com apenas um conjunto de roupas.
Iris- Ele só pode estar a gozar comigo.
Respirei fundo e como não tinha mais nada ali que eu podesse vestir e eu estava de roupa interior vesti aquele vestido de boneca de porcelana japonesa e quanto aos saltos alto...
Fico muito bem descalça!
Desci seguida por dois guardas.
Chegando á sala de estar...
Iris- Eu pensava que estava claro que tínhamos um acordo.
Luís- Está claríssimo.
Iris- Então porque é que eles me seguem para todo o lado?
Luís- Simples. Eles são guarda-costas e o dever deles é proteger as tuas costas.
Iris- E eu posso saber o que é que me vai atacar? Para além de ti claro.
Luís- Não penses assim, eu jamais te iria atacar.
Iris- A sério? Então explica como é que este vestido horrível foi parar ao meu quarto, e onde é que foram parar as minhas roupas?
Luís- Aqueles trapos? Nunca mais terás de ver aquilo á frente.
Iris- Ainda não disses-te tudo.
Luís- Tu nem imaginas o quão bonita ficas nesse vestido... Mas onde é que estão os sapatos? (apontado para os meus pés descalços)
Iris- Queres que eu seja uma boneca ambulante. Bem... Esta boneca não precisa de sapatos com o dobro da altura do pé.
Luís- Mas assim ias ficar perfeita.
Iris- Não voltes a entrar no meu quarto durante a noite. É muito estranho, até para ti.
Luís- Tu sabes perfeitamente que eu não confio assim tanto nos meus empregados.
Encaro-o.
Luís- Para além do fato de que tu ficas linda enquanto dormes.
Iris- Tu és completamente louco.
Luís- A minha loucura não é para aqui chamada.
Iris- Muito bem, vamos mudar de assunto. Onde está a Kira?
Luís- Está lá em baixo. Juntamente com os outros dois.
Iris- O quê?
Luís- Eu não te tinha contado?
Iris- O que é que tu lhes fizes-te?
Luís- Eu? Eles é que me deixaram com uma bela de uma cicatriz e tu estás preocupada com aqueles... Monstrinhos?
Iris- Não brinques Luís, o que é que tu lhes fizes-te?
Luís- Mandei os meus homens irem buscar-los e acorrentei-os nas catacumbas.
Iris- Mas... Tu prometes-te que...
Luís- Eu prometi libertar a Kira das correntes, nenhum de nós disse nada acerca do Ik e do Ravi.
Iris- Como é que sabes os nomes deles?
Luís- Eu tenho muitos olhos e ouvidos naquele castelo.
Iris- A Claire não é a única?
Luís- Claro que não! Quando foi a última vez que eu deixei algo a meio?
Iris- O que é que queres dizer com isso?
Luís-Não te faças de desentendida, tu entendes-te perfeitamente o que eu quis dizer.
Iris- Não...
Luís- Sim...
Iris- Tu es, sem dúvida nenhuma a pessoa mais horrível, desprezível e manipuladora que eu conheço.
Luís- Awww para. Assim vou corar.
Iris- Liberta-os!
Luís- Muito bem! Eu liberto-os.
Iris- A sério?
Luís- Claro. Mais um desejo teu, mais um desejo meu.
Fiquei estática ao ouvir aquilo uma vez que tinha a certeza de que Luís Valentino era o tipo de pessoa que cumpria os seus acordos e não deixava dividas por pagar.
Luís- Vemo-nos esta noite mi lady.
Ele pegou na minha mão, beijou-a e saiu da sala.
Claire- E eu que pensava que ele só era assim comigo.
Iris- Como é que podes estar do lado dele?
Claire- Eu preciso de dinheiro e ele precisava de informações.
Iris- Tu não tens nem uma restima de consciência a dizer-te que isto está errado?
Claire- Na verdade tenho, mas é uma questão de subserviência.
Iris- Podias ter-me pedido ajuda.
Claire- Talvez mas ...
Iris- Tu assinas-te um acordo não foi?
Claire- Eu não sabia, juro.
Iris- Eu acredito em ti.
Claire- Acreditas?
Iris- Acredito! Não foste a única a cair na sua armadilha.
Claire- Tu também...
Iris- Sim, eu também cometi esse erro.
Claire- Mas como posso eu redimir-me?
Iris- Podes ajudar-me. (sussurro)
Claire- Como?
Iris- Falamos no meu quarto. (sussurro)
Claire- Sim... (olhando á sua volta)
Seguimos para o meu quarto.
Chegando lá, entramos, eu tranquei a porta e falamos bem baixo uma vez que eram os mesmos tipos que me seguiam para todo o lado que vigiavam a porta do meu quarto.
Claire- Como é que eu te posso tirar daqui?
Iris- Tu não me vais tirar daqui.
Claire- Mas tu disses-te... (confusa)
Iris- Eu preciso da tua ajuda, mas para que os meus planos resultem eu preciso de continuar aqui.
Claire- Como é que tu já tens um plano? Estás aqui á um dia!
Iris- Tempo mais que suficiente para fazer um plano. Posso contar contigo?
Claire- O que é que queres que eu faça?
Iris- Tu podes sair daqui não é?
Claire- Sim.
Iris- Ótimo! Este lugar está escondido por isso eu quero que hoje vaz até á grande torre vermelha no centro de Urra e entregues uma carta ao feiticeiro Sima. Ele fará a sua parte. A viagem é curta e ninguém dará pela tua falta, mas se isso acontecer a história é... Tu saíste para me comprares um tecido que eu queria muito mas não o encontras-te e eu fiquei muito chateada contigo, entendes-te?
Claire- Sim! Mas o que é que ele fará exactamente?
Iris- Isso não interessa. O que precisas saber é que a carta que lhe vais entregar está num código que só ele conhece. Se tudo correr bem amanhã já estaremos na segunda fase do plano.
Claire- Segunda fase?
Iris- Sim.
Claire- E como é que eu vou para lá?
Iris- Tens aqui um mapa. (entregando-lhe um velho mapa)
Claire- E a carta?
Iris- Aqui tens a carta. (entregado-lhe uma carta selada)
Claire- Posso saber quando é que tiveste tempo de escrever isto?
Iris- Eu tinha a intenção de ir avisar os elfos. Sou preocupada ao ponto de levar um plano de fuga comigo em caso de necessidade.
Claire- Parece que a tua paranóia te salvou.
Iris- Podes crêr...
Claire- Eu vou conseguir tirar-te disto. (com o semblante sério)
Iris- Obrigada.
Claire- De nada.
Iris- Agora esconde isso e parte o mais depressa possível.
Claire- Sim.
Saímos as duas do quarto a sorrir fingindo que estávamos apenas a ter uma conversa aleatória qualquer que fizesse parecer que tínhamos apenas estado a ter uma conversa entre amigas.
Ela saiu e eu dirigi-me á cozinha para comer alguma coisa antes que o meu estômago parasse de roncar e começasse a gritar.

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