P.O.V Claire
A reunião estava um fiasco. Dylan por mais que seja ótimo no que faz, ainda não sabe lidar com esse tipo de situação como o seu pai sabia.
Eu estava fazendo minhas anotações sobre a situação atual da obra no Central Park, quando o senhor Jhonson dirigiu-se a mim.
-Senhorita Bailey, você frequenta muito o parque?
-Eu? -questionei surpresa com a minha participação inesperada
-Sim, você.
-As minhas visitas não são rotineiras, mas quando tenho tempo as vezes vou até lá. Por quê?
-O que acha dos protestos que as pessoas têm feito contra a obra?
-Na minha opinião -disse me ajeitando na cadeira- que os dois pontos de vista são compreensíveis. -nesse instante pude ver a cara de Dylan nada satisfeita e ficando cada vez mais tensa- Quero dizer, eu realmente acho que a obra do coreto é uma ótima ideia e que daria um diferencial ao parque, porém não é muito sustentável por conta da grande quantidade de árvores que serão cortadas. O parque é o coração da cidade, e com tantas pessoas atentando para o "pedido de socorro" que o planeta está dando, não é sábio ignorar os protestos.
A sala ficou em silêncio por alguns segundos e então senti uma voz dentro da minha cabeça gritando me chamando de louca, burra e dizendo que eu seria demitida.
-Hum... E você tem alguma outra ideia que possa vir a solucionar o problema?
-Senhor Jhonson, com todo o respeito, não acho que a minha secretária seja a pessoa mais qualificada para opinar nesse projeto.
-Pelo que eu saiba, senhor Kripke, ela têm mais tempo nessa empresa do que você. Ela faz parte do público e sabe o que as pessoas querem. O governo não irá disponibilizar a pequena fortuna que a sua empreiteira está cobrando para em pouco tempo o coreto ser depredado. Continue por favor, senhorita.
-O meu chefe está certo, eu não sei se eu sou a pessoa certa para opinar. Como eu disse, eu nem frequento tanto o parque.
-Você é a única pessoa desta sala que não está diretamente ligada a obra, portanto você é a representação do povo e se eu não puder saber como solucionar esse problema, terei que cancelar a obra.
Soltei todo o ar dos meus pulmões e então me levantei. Vi os olhos de Dylan se arregalarem enquanto me direcionei até a maquete do parque que se encontrava em frente ao telão dos slides.
-Tudo bem. Pensando agora com mais clareza, e se mudássemos o coreto de lugar?
-Não sei se solucionaríamos o problema. O parque é repleto de árvores. -Dylan disse óbvio
-Pense diferente. E se o coreto não ficasse na terra e sim na água? -nesse momento peguei o coreto da maquete e o coloquei em cima do lago que fica bem no centro do parque.
-E como faríamos isso? -perguntou Jhonson
-É bem simples. Uma plataforma de metal em baixo suportada por vigas aguentaria o peso e então uma outra passarela de metal até o lado externo do lago, com um revestimento em pedras. Eu sei que é louco, mas pode funcionar. O projeto sairá mais barato, pois o metal está em queda em comparação com a madeira e não teríamos que tirar nada; sem contar que ficaria algo romântico e alternativo.
-Bom, vendo por este ponto é um projeto muito bom. Eu vou reunir o conselho e perguntarei o que acham e então entraremos em contato. Bom trabalho srt. Bailey.
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Suporte-me, se puder
RomansaQuando Dylan Kripke assume por hereditariedade a presidência de uma das maiores empreiteiras do país, ele se vê com o dever de ser o melhor em seu ramo corporativo e o pior dos chefes com sua secretária pessoal, já que segundo o mesmo, ela é a razão...