P.O.V Dylan
Posso até não gostar da Claire, mas o que ela fez hoje devo admitir que foi sensacional. Se não fosse por ela perderíamos o contrato mais lucrativo do ano até agora e por isso senti que ela merecia um aumento.
Tenho me aproximado para saber o que está acontecendo de verdade entre ela e o Bryan, mas ela é tão reservada...o que torna tudo mais difícil. Todas as mulheres que conheci de alguns anos até agora simplesmente adoravam falar, sobre qualquer coisa, sapatos, roupas, envelopes coloridos; enfim. Por que a Claire tem que ser tão diferente?
Enquanto permanecia sentado em minha cadeira , olhava um porta-retrato que sempre carregava comigo, fosse em viagens ou conferências eu não conseguia me separar dessa foto e não queria.
Estava tão entretido em meus pensamentos que nem percebi a presença de minha secretária até ela falar.
-Sr. Kripke? -ela disse receosa
Acordei de meus pensamentos distantes, a olhei e coloquei o retrato novamente em cima da mesa.
-Sim?
-Seu irmão está aqui, posso mandar ele entrar?
-O Bryan? O que ele quer?
-Eu não sei.
-Tudo bem, mande-o entrar.
Ela se virou e andou em direção a porta até desaparecer através da mesma.
Ela é charmosa, tem um andar clássico e elegante. Droga, o que eu estou pensando? É a Claire e eu a odeio, eu tenho que odiar.
-Dylan. -disse Bryan entrando e se sentando na cadeira a minha frente
-O que você quer, Bryan?
-Queria agradecer por ter ajudado a Claire hoje, foi muito gentil.
-Já agradeceu, agora pode ir. -disse sem olha-lo e fazendo um sinal com a mão para que saísse.
-Eu ainda não terminei. -ele disse com um ar arrogante
-Fala logo tudo de uma vez e depois volte ao seu serviço, porque você não é pago para ficar vadiando na minha sala e tirando a minha frágil paz interior.
-Primeiro de tudo, você possui paz interior? Mas indo direto ao ponto, eu sei que não a ajudou porque tem simpatia por ela ou em consideração a mim e eu pensei em milhares de outras possibilidades para você socorre-la e nenhuma delas pareceu aceitável, então fala; por quê?
-Porque é crime não prestar socorro a uma pessoa passando mal, se não sabia disso. -disse deixando transparecer tédio em minha voz
-Ser atencioso também faz parte da ajuda?
-É impressão minha ou você está com ciúmes da Claire?
-E se eu estiver? -ele perguntou me encarando
-Dylan, eu sou seu irmão e jamais me interessaria pela Claire. Ela é minha funcionária e além disso eu não tenho simpatia por ela, sabe disso.
-Sei? Ódio e amor são separados por uma linha tênue.
-Essa conversa está patética até para você. Você pode por favor se retirar? Se você não quer trabalhar, problema seu, mas eu tenho coisas a fazer.
-Não vai falar o que está tramando? Ok, eu vou descobrir de qualquer jeito cedo ou tarde. -ele respondeu se levantando- Só fique longe da Claire e se outro problema acontecer, chame a mim ao invés de ser tão "gentil".
Eu simplesmente não sei dizer o porquê ajudei a garota e gosto de pensar que só fiz isso para me aproximar e colher informações, mas é uma mentira rala e vazia.

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Suporte-me, se puder
Roman d'amourQuando Dylan Kripke assume por hereditariedade a presidência de uma das maiores empreiteiras do país, ele se vê com o dever de ser o melhor em seu ramo corporativo e o pior dos chefes com sua secretária pessoal, já que segundo o mesmo, ela é a razão...