Humano

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P.O.V Claire

Ficar no mesmo elevador que Dylan me sufocava. Sua presença deixava o ambiente pesado e parecia que eu não conseguia respirar; ao mesmo tempo, parecia que o meu coração ia sair pela boca.

Contei os segundos para a droga da porta abrir, mas parecia que quanto mais eu tinha pressa, mais devagar a viagem ficava. 

Dylan me analisava sem dizer nada e isso me intrigava. O que será que ele está tramando? Quando eu estava prestes a perguntar o motivo de tanta atenção em mim, a porta se abriu e eu "corri" o mais rápido que pude para fora dali.

Fui almoçar com Bryan em um restaurante perto da empresa e ficamos jogando papo fora. 

-Sabe, Claire, você provavelmente foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. 

Ao escutar essas palavras senti uma pontada no coração, principalmente por não saber o que responder. 

-Olha, eu sei que você não sente o mesmo, mas eu queria que soubesse disso. -ele completou

-Bryan, cada vez que você fala essas coisas super fofinhas e eu não sei o que te responder, eu me sinto um monstro. 

-Não precisa se sentir assim, essa é você; e um dia eu ainda vou quebrar essa sua muralha que você construiu em torno do seu coração. 

Dei um sorriso fraco e então continuamos a comer. 


(3 semanas depois...)


Cheguei na empresa e fui passar um café. 

-Bom dia. -disse Dylan parando do meu lado enquanto botava um croissant no microondas 

-Já chegou? Bom dia. -perguntei assustada com a sua presença tão cedo na empresa

-Sim, digamos que tenho tentado chegar antes de você. 

-Bom, está funcionando. -disse pegando o meu café- Licença. 

-Espera. -ele disse e imediatamente eu parei e me virei 

-Algum problema, sr. Kripke? 

-Já começou a organizar a festa beneficente?

-Sim, vou ver o salão hoje a tarde. 

-Com o Bryan? -ele perguntou curioso 

-Não, sozinha.

-Você não deveria andar sozinha. Nova Iorque é perigosa e você é tão... -eu o interrompi

-Por favor não diga "frágil" e, olha, eu moro na parte perigosa do Brooklyn. 

-Eu sei, mas eu me sinto meio responsável, já que eu te pedi pra organizar os preparativos da festa. Vamos fazer o seguinte? Nós vamos juntos. 

-Você tem muito trabalho. Eu posso cuidar disso sozinha. 

-Eu quero ir. -ele disse me encarando com aqueles olhos verdes claros perfeitos e então pela primeira vez tremi na base. 

-B-bom, nesse caso uma companhia não vai fazer mal. -disse e então dei um pequeno sorriso. 

-Ótimo. Agora eu tenho umas coisas pra fazer, mas a gente se vê. Até daqui a pouco. -ele disse pegando o croissant e dirigindo-se até a sua sala. 

Eu fiquei um tempo parada ali tentando entender toda aquela loucura. Eu estava completamente pirada ou o meu coração bateu mais forte quando o sr. Arrogância encarou a minha alma com aqueles olhos maravilhosos?

Suporte-me, se puderOnde histórias criam vida. Descubra agora